Valdemar Habitzreuter
Foi um nocaute de dimensões
devastadoras a carta de Palocci dirigida à presidente do PT, Gleisi Hoffmann,
desvinculando-se do partido do qual foi um dos principais fundadores. É
evidente que o conteúdo da carta contém verdades incontestáveis incriminando o
ex-presidente Lula. Sem dúvida, Palocci quer fechar um contrato de delação
premiada para evitar uma prisão de muitos anos, mas é patente a lógica de sua
carta de conteúdo altamente incriminador e da maior gravidade, envolvendo o
ex-presidente.
Palocci não será apenas mais
um delator, se for aprovado, nos processos que tramitam na Lava-jato relativos
à corrupção capitaneada pelo PT e partidos aliados no Governo Lula/Dilma, ele
será a flecha que se cravará no ponto central do círculo e evidenciará quem é quem
no quadro da quadrilha assaltante da República.
É fácil entender isto: Palocci
era o cérebro das ideias diretrizes da política do PT; o próprio Lula o elogiou
nesse sentido como o intelectual mais qualificado dentro do quadro do partido.
Portanto, Palocci tinha relações diuturnas com Lula e sabia o que era tramado
nos bastidores.
Certamente, não passava pela
cabeça de Lula que um dia seu legado político e sua colheita de bons frutos de
seu governo – da semeadura de FHC - estariam apodrecendo na lama da corrupção
que acumulou ao longo de sua gestão. Não cogitava que suas falcatruas um dia
viessem à tona.
Pobrezinho do Lula! Se ao
menos tivesse tido a oportunidade de ler algum livro de ficção policial e
tirado a lição de que não há crime perfeito...
haverá sempre algum indício, alguma testemunha à língua solta...
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 27-9-2017
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