quarta-feira, 27 de setembro de 2017

[Para que servem as borboletas?] À lingua solta...

Valdemar Habitzreuter

Foi um nocaute de dimensões devastadoras a carta de Palocci dirigida à presidente do PT, Gleisi Hoffmann, desvinculando-se do partido do qual foi um dos principais fundadores. É evidente que o conteúdo da carta contém verdades incontestáveis incriminando o ex-presidente Lula. Sem dúvida, Palocci quer fechar um contrato de delação premiada para evitar uma prisão de muitos anos, mas é patente a lógica de sua carta de conteúdo altamente incriminador e da maior gravidade, envolvendo o ex-presidente.

Palocci não será apenas mais um delator, se for aprovado, nos processos que tramitam na Lava-jato relativos à corrupção capitaneada pelo PT e partidos aliados no Governo Lula/Dilma, ele será a flecha que se cravará no ponto central do círculo e evidenciará quem é quem no quadro da quadrilha assaltante da República.

É fácil entender isto: Palocci era o cérebro das ideias diretrizes da política do PT; o próprio Lula o elogiou nesse sentido como o intelectual mais qualificado dentro do quadro do partido. Portanto, Palocci tinha relações diuturnas com Lula e sabia o que era tramado nos bastidores.

Certamente, não passava pela cabeça de Lula que um dia seu legado político e sua colheita de bons frutos de seu governo – da semeadura de FHC - estariam apodrecendo na lama da corrupção que acumulou ao longo de sua gestão. Não cogitava que suas falcatruas um dia viessem à tona.

Pobrezinho do Lula! Se ao menos tivesse tido a oportunidade de ler algum livro de ficção policial e tirado a lição de que não há crime perfeito...  haverá sempre algum indício, alguma testemunha à língua solta...
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 27-9-2017  

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