quinta-feira, 26 de abril de 2012

A caçada do Rei de Espanha

Alberto de Freitas
Na opinião publicada e mesmo neste blogue, surgiram reações às críticas ao Rei de Espanha, pelo seu comportamento. Em especial: a “caçada”. À parte discordar que se mate por razões lúdicas, mesmo que em caso de controlo da espécie – pois não me consta que elefante seja um espécime cinegético. É como que ao aceitar-se que alguém, por não suportar o sofrimento opta-se pela eutanásia; e já que a pessoa se vai suicidar, aproveitamos, para nosso prazer, mover-lhe uma “caçada”.
Não atendendo a tal opinião, resta analisar o comportamento de quem está no Poder. E ao se guindar ao topo, limita-se a liberdade. Ao Poder está interdita a liberdade do cidadão comum: é um preço a pagar.
No caso da Espanha, o mesmo Poder que determina ou avaliza sacrifícios à população, não deve ter um comportamento dissemelhante. Mesmo que seja sem custos para o erário público, pois tal prerrogativa deve-se ao ser Poder.
Em Espanha, tal como em Portugal, atravessamos uma crise de “guerra”. Indiferentemente à procura de responsáveis, temos que ultrapassar as dificuldades, fazer um “luto” e, não é suposto um familiar direto da falecida (a “boa” vida), ser apanhado na farra.
Criticar o Rei de Espanha, ou os excessos de velocidade de Mário Soares, sendo níveis diferentes, incluem-se no mesmo âmbito: o desfrute do poder. Algo que não provocando a perda do mesmo – o Poder – provoca a perda do respeito.
Título e Texto: Alberto de Freitas


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