sexta-feira, 27 de abril de 2012

Ditadura no Vasco: clube censura MARCA BRASIL por causa de foto (e a resposta do CRVG)

Rio - Fala sério, Vasco. Proibir os repórteres do MARCA BRASIL de fazer entrevistas com os jogadores dentro e fora de São Januário por causa da publicação da foto do Carlos Alberto fazendo xixi perto da estátua do Romário é, no mínimo, um atentado à liberdade de imprensa. É a volta de um autoritarismo característico do clube nos tempos do presidente Eurico Miranda.
A decisão de impedir os repórteres de entrevistar os jogadores partiu do diretor de futebol Daniel Freitas, um funcionário de carreira do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, tendo sido nomeado assessor do deputado Roberto Dinamite na Alerj em 2010.
Em momento algum o MARCA BRASIL denegriu a imagem do Vasco. Pelo contrário. É uma foto jornalística e, no texto da capa, pede respeito ao estádio, que naquele dia completava 85 anos. Até hoje todas as formas de censura acabaram se voltando contra a instituição, e Dinamite precisa tomar cuidado porque esse tipo de proibição é prejudicial à tentativa de democratizar o Vasco.
Texto de Helio Cícero, editor do MARCA BRASIL , 27-04-2012 

A foto publicada de Carlos Alberto fazendo xixi que causou a atitude do Vasco,
foto: Marcelo Regua/Agência O Dia
A resposta:
Diante das inverdades publicadas - inclusive na primeira página -, na edição desta sexta-feira (27/4) do Marca Brasil, o Club de Regatas Vasco da Gama vem a público prestar os devidos esclarecimentos. Em momento algum qualquer jornalista do referido veículo ficou impedido de exercer suas atribuições, dentro das dependências de São Januário. Aos profissionais do Marca, como a qualquer outro jornalista credenciado, estão franqueadas as entrevistas coletivas e os treinamentos da equipe de futebol profissional. A proibição a que o veículo se refere restringe-se única e exclusivamente à produção de conteúdos exclusivos.
Outra inverdade que precisa ser esclarecida é o fato de que a decisão foi tomada por conta da foto publicada de Carlos Alberto fazendo xixi em um dos pilares de nosso placar eletrônico. O problema, caro Hélio Cícero, editor do Marca Brasil e do suplemento Ataque, de O Dia, não foi a foto em si, mas, sim, o tratamento dispensado a ela, retratando o jogador quase como um criminoso, justamente na véspera da semifinal de Taça Rio, contra o nosso maior rival. Por que este tratamento não foi dispensado pelo mesmo O Dia, quando Ronaldo Fenômeno, em partida da Seleção Brasileira, fez xixi em campo? Hein, Hélio Cícero?
O tratamento diferente dispensado aos veículos que o senhor edita, Hélio Cícero, é diretamente proporcional ao dispensado por vocês ao Club de Regatas Vasco da Gama, que, mesmo disputando consecutivas finais, só consegue ser levado à capa de seus jornais quando, após análise dos poderosos editores, vocês chegam à conclusão de que a notícia é negativa. E se não for, vocês conseguem dar um jeito. Lamentável.
Este não é o primeiro e nem o segundo episódio em que o Marca Brasil, ardilosamente, tenta atingir a Instituição Vasco da Gama. Ano passado, por exemplo, foi capa de O Dia, a lamentável foto do treinador Ricardo Gomes entubado, em um leito de hospital, mesmo com ele já fora de perigo e livre da UTI. A quem interessa isso? A quem interessa atingir a administração Roberto Dinamite, tratando-o como um ditador autoritário? A quem interessa?
A atual administração sempre se pautou pelo respeito à Liberdade de Imprensa, valor universalmente consagrado. Não há, e nunca haverá, cerceamento ao trabalho da imprensa. Mas o que não podemos admitir é que, sabe-se lá por quais interesses, a Instituição Vasco da Gama seja atingida gratuitamente. A ânsia por obter lucro e leitores não pode pisotear o velho e bom jornalismo, pautado pela verdade e isenção.
Roberto Dinamite
Presidente do Club de Regatas Vasco da Gama


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