O artigo abaixo é de um
autarca/político do PDS: ele é “Prefeito” da vila de Cascais,
internacionalmente famosa. Depois direi porque gostei muito
Carlos Carreiras
As políticas foram
importantes, mas foi no plano dos
valores que se vincou a diferença. Este foi um governo de valores.
Foto: Pedro Nunes/Lusa |
Encare este texto como um
manifesto de um cidadão que cumpre um dever de consciência.
Menos de três semanas. É o que
falta para os portugueses elegerem um novo governo. Há quatro anos, o país
estava na bancarrota. Cofres vazios, sem dinheiro para pagar salários e
pensões, com o SNS em risco e o Estado em colapso. Hoje a economia cresce, o
emprego aumenta, as exportações aceleram, as finanças públicas entraram nos
eixos.
A escolha à nossa frente é
simples: ou as pessoas confiam em quem nos tirou da crise e voltou a garantir
um futuro com esperança, ou premeiam os infratores que nos deixaram na
bancarrota e que tudo fizeram para que nela ficássemos, escondendo mal o desejo
de um segundo resgate, de um programa cautelar ou de uma espiral recessiva.
Sempre que Portugal alcançou um resultado positivo, ouviu-se a ira de
socialistas e comunistas.
Confiança ou risco. Futuro ou
passado. Passos Coelho ou socialistas e comunistas. A escolha é esta. E
leva-nos à mais relevante das questões: quem dá garantias de uma boa
governação? Mais do que partidos, vamos escolher indivíduos. Passos tem tudo o
que é preciso para ser primeiro-ministro.
Reconheçamos com humildade que
ao longo da legislatura, “tempos do diabo” para governados e governantes como
uma vez confessou o PM, o governo não fez tudo bem. Talvez ninguém fosse capaz
dessa perfeição na turbulência.
As políticas foram importantes
mas foi no plano dos valores que se vincou a diferença. Este foi um governo de
valores. Passos, como chefe do Executivo, resistiu às adversidades. Em
situações de crise sobressaíram o seu sentido de Estado, a sua coragem,
integridade e verticalidade. Imune aos ciclos eleitorais, às sondagens e aos
interesses dos ditos senadores dos partidos da coligação, Passos manteve o rumo
e a firmeza nas convicções.
Não houve falinhas mansas a
disfarçar as dificuldades, nem promessas desonestas de felicidade instantânea.
Portugal enfrentou os problemas de frente, e de cabeça levantada os venceu.
Houve realismo na adversidade, humanismo nas políticas e transparência na
comunicação. Este governo respeitou a inteligência do eleitorado. Sem
dissimulações e sem fingimento.
Olhando o passado recente,
isso é um ganho importante para a nossa prática democrática. Num país habituado
à política com ‘p’ pequeno, e mesmo perante adversidades que justificariam
qualquer desculpa, Passos foi Político (com ‘P’ grande) e afirmou-se como um
grande estadista.
E se Passos é diferente nos
valores, também o é na competência. Hoje os socialistas estão em negação. Mas
toda a gente sabe quem foi número dois do governo socialista e quem era o
número dois do partido quando o PS chamou a troika em 2011. Aliás, se há um padrão
na política portuguesa é que todos os primeiros-ministros socialistas chamaram
o FMI - com exceção de Guterres, e mesmo esse o melhor que conseguiu foi deixar
o país no “pântano”. Bancarrota ou pântano.
É esta a natureza da
governação socialista que tanto tem fustigado as pessoas. Quando o atual líder
do PS invoca dois antigos chefes de governo rosa, ele está balizado pela
bancarrota e pelo pântano. É alternativa da ‘pantarrota’. O PS sofre de
desgoverno crónico. Pior: falhanço após falhanço, com o maior descaramento,
continua a atirar à cara dos eleitores propostas que não são mais do que um
cartão de boas vindas para a troika. Com tal descaramento que até viram na
vitória do Syriza uma “janela de esperança” para Portugal.
Com a liderança de Passos
Coelho, demos a volta. Mês após mês, entidades independentes mostraram o
emprego a aumentar, as exportações a crescer, a confiança a recuperar. Dados
reconhecidos por todos, exceto pela oposição radical.
Por mais desiludidos que os
eleitores estejam, pense-se no seguinte: ao contrário do passado, este esforço
deu resultados. Não foi em vão. Voltámos a pôr de pé uma nação com quase nove
séculos. Há problemas? Claro. Mas quem é que está melhor colocado para os
resolver: os que têm como currículo deixar o país na penúria, ou Passos Coelho
que nos tirou dela? A resposta é tão clara como a escolha que temos em mãos.
Por tudo o que já fez em
tempos de anormal e brutal dificuldade e, sobretudo, por tudo o que se propõe
ainda fazer, como cidadão registo um obrigado a Pedro Passos Coelho.
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