Valdemar Habitzreuter
Na quarta-feira que vem, 30 de
setembro, vamos assistir a mais um round de votação de pautas no Congresso para
decidir se os restantes dos vetos da Dilma devem prevalecer ou não. O mais
polêmico é o aumento exorbitante dos servidores do judiciário. Estará também
novamente em pauta o PL2 dos aposentados do Aerus. (Já se perdeu a conta de
quantas vezes este projeto esteve em pauta e não foi votado por falta de
quórum).
Coloco aqui as seguintes
questões: O PL2, tendo já o seu conteúdo aprovado por instâncias judiciais ao
qual os parlamentares também deram seu aval favorável anteriormente e que agora
se exige apenas uma votação simbólica para liberar os recursos provisionais já
disponíveis para o pagamento de nossos salários, pergunto: é justo e lógico que a apreciação
dessa pauta seja colocada por último, já que há o consenso dos parlamentares em
aprová-lo e a votação seria célere? Quem organiza as pautas quanto à ordem? Não
deveriam nossos representantes averiguar isso e exigir que a pauta figurasse
como primeira na lista? Por que não conseguem? Já o tentaram?
Questionando mais: Dilma vetou
o reajuste dos servidores do judiciário pelo impacto de 36 bilhões que sairiam
dos cofres públicos e que desequilibrariam as contas públicas, por conta desta
crise miserável que o país atravessa. É claro, não é culpa dos servidores. Mas
convenhamos, faz sentido pleitear, neste momento, um reajuste exorbitante de
uma categoria já privilegiada? Em contrapartida, os 368 milhões destinados ao Aerus, já aprovados no
orçamento de 2015, ficam de fora do aperto fiscal que o governo promove. De onde, pois, a justificativa de os
parlamentares fugirem da votação, em se tratando de uma classe de idosos
injustiçada?
Continuando questionando: Por
que os nossos amigos parlamentares, que se colocam ostensivamente de nosso
lado, não têm voz e poder para influenciar os que podem dar uma solução
definitiva ao problema? Sabemos que os políticos têm por vocação atrair os
holofotes para si e, assim, estarem em evidência. Mas, não é nisso que queremos
acreditar de nossos aliados pela causa Aerus… Ou devemos?
Bom, basta de questionamentos,
não resolvem nosso problema. Podem talvez inspirar alguém de intuição perspicaz
e torná-los efetivos, mandando, por exemplo, e-mails ao presidente Renan
Calheiros e parlamentares – como fez o José Paulo de Resende recentemente, logo
após da não votação do PL2 na última sessão...
Mas, com toda a polêmica da
sessão parlamentar anterior acerca dos vetos, haverá, também na próxima,
infindáveis discursos dos parlamentares dos que são pró vetos e dos que são
contra, e, assim, estaremos às voltas de mais um espetáculo interminável de
discussões...
Assim, preciso deixar os
últimos pontos de interrogação: podemos, num tal cenário, apostar de que os
parlamentares farão o possível de votar o PL2? Não estariam eles influenciados
pela grave crise econômica e, com isso, na surdina, mancomunados e não
obrigados a que os 368 milhões cheguem ao Aerus?
Estamos sendo
passados para trás deliberadamente? Bem, que venha alguém tirar-me
dessas desconfianças...
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 26-9-2015
Marcação: JP
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-