Luciano Ayan
Na semana passada, General Motors (GM)
cessou suas operações na Venezuela e demitiu 2,700 funcionários. As informações
são de O Globo
Na quarta passada, a fábrica
foi “inesperadamente tomada pelas autoridades venezuelanas, que impediram que
continuasse operando com normalidade”, disse Julia Bastos, porta-voz da GM no
Brasil, em um e-mail enviado na quinta (20). “Outros ativos da companhia, como
veículos, foram ilegalmente retirados das instalações”, acrescentou.
A unidade tinha capacidade de
fabricar 100.000 veículos por ano, mas estava praticamente paralisada pelo
colapso econômico do país e as restrições para conseguir dólares para importações
em meio a um férreo controle de mudança. “A GM rejeita enfaticamente as medidas
arbitrárias tomadas pelas autoridades e iniciará ações legais, dentro e fora da
Venezuela, para defender seus direitos”, disse a companhia em um comunicado.
Porém, em 2015, a GM decidiu
apoiar a ditadura venezuelana, dizendo, então: “A produção segue na Venezuela e
nenhuma decisão será tomada para encerrar as operações. Continuaremos a
trabalhar juntos com o governo venezuelano para buscar soluções de conversão de
moeda”.
A GM não entendeu a lição: em
um ambiente socialista/comunista, as corporações não possuem propriedade
privada e estão submetidas aos desejos dos ditadores em um esquema que transita
do capitalismo de compadrio para o capitalismo de laços. No fundo, a GM não
será reembolsada e vai perder todos seus ativos. Esse é o preço de fazer
negócio com ditadores.
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