quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Economia cresceu até junho mais do que o previsto

INE revê em alta crescimento económico na primeira metade de 2015
No primeiro trimestre de 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,6% em termos homólogos e, no trimestre seguinte, cresceu novamente 1,6% face ao mesmo período do ano passado.

Foto: Roland Magunia/Getty Images

Agência Lusa/Edgar Caetano
A economia portuguesa cresceu 1,6% no primeiro e no segundo trimestres deste ano, ambos na comparação homóloga, um desempenho que o Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu na quinta-feira em alta face aos 1,5% anteriormente divulgados. Os dados divulgados pelo INE indicam, também, que a contração do produto interno bruto (PIB) em 2013 foi menos profunda do que se calculava – o PIB caiu 1,1% e não 1,5%, como se acreditava, demonstram os dados do INE.

A revisão em alta dos níveis do Produto Interno Bruto de 2013 a 2015, divulgada nesta quinta-feira pelo INE, implicou uma alteração no crescimento homólogo e em cadeia da economia portuguesa nos dois primeiros trimestres deste ano. De acordo com os números, no primeiro trimestre de 2015 o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,6% em termos homólogos e, no trimestre seguinte, cresceu novamente 1,6% face ao mesmo período do ano passado. Os valores ficam, em ambos os casos, uma décima acima do anteriormente divulgado.

Também os crescimentos em cadeia nos dois primeiros trimestres de 2015 foram revistos em alta e, segundo os dados hoje conhecidos, a economia portuguesa cresceu 0,5% tanto no primeiro como no segundo trimestres deste ano face aos três meses imediatamente anteriores, uma décima a mais do que o que tinha sido divulgado, respetivamente.

A 29 de maio, o gabinete nacional de estatística tinha divulgado que o PIB crescera 1,5% entre janeiro e março deste ano em relação aos mesmos meses de 2014 e que, face ao trimestre anterior, a economia tinha crescido 0,4%. A 31 de agosto, quando foram revelados os números relativos ao segundo trimestre deste ano, o INE indicou que a economia tinha aumentado novamente 1,5% face ao mesmo trimestre do ano passado e que tinha crescido 0,4% em relação aos três meses anteriores.

Recessão em 2013 menos profunda do que o previsto
O INE reviu esta quinta-feira em alta o nível do PIB de 2013 em 0,5 pontos percentuais, colocando a dimensão da recessão nesse ano em 1,1%, a qual foi menos profunda do que os 1,6% contabilizados anteriormente.

Em 2013, o PIB foi de 170.269 milhões de euros e não de 169.394,9 milhões como anteriormente calculado pelo INE, sendo que este nível mais elevado do produto altera também a variação do PIB face ao período homólogo, que foi de -1,1% (e não de -1,6%), permanecendo o deflator do PIB, que indica a variação dos preços na economia, “praticamente inalterado”.

O INE indica que esta revisão tem origem, essencialmente, na componente investimento e esclarece que “a diferença de resultados radica na disponibilidade de um maior volume de informação, nomeadamente de natureza estrutural e origem administrativa, e um maior detalhe na sua apropriação pelas Contas Nacionais Anuais”.

As revisões introduzidas para 2013 tiveram, também, impactos nos números de 2014, “conduzindo à revisão nominal em alta do nível do PIB em 0,2%” nesse ano. No entanto, em relação ao crescimento homólogo verificado em 2014 face ao ano anterior, não houve alterações, tendo a economia portuguesa crescido 0,9% nesse período. 
Título e Texto: Agência Lusa/Edgar Caetano, Observador, 24-9-2015

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