domingo, 27 de setembro de 2015

Manuela Moura Guedes: “a TVI está ao serviço de António Costa”

Escreveu esta semana no Facebook uma crítica ao alinhamento editorial dos telejornais…
Especifiquei um, porque tinha acabado de o ver, que era o da TVI. Achei inconcebível que um telejornal tivesse demorado uma hora a dar uma notícia importante da actualidade sobre o emprego – sendo ele um dos principais problemas do país, e sobretudo tratando-se de um dado internacional face aos outros países europeus. Olhei para o relógio e faltavam 6 minutos para as 21h – até podia ter havido muitas notícias mais importantes, mas não. Tiveram basicamente o programa de humor do Ricardo Araújo Pereira, que eles inserem dentro do telejornal e que acho inconcebível. Tiveram crime... Não é o crime de coisas tão estranhas que nos fazem perguntar se o país está a mudar nos costumes, não. O crime do rapaz que foi baleado em Olhão, da senhora que foi estrangulada pelo marido... tudo isto foi antes desta notícia. Mas isto é só um exemplo. Tudo o que disse foram factos para demonstrar que aquele jornal está ao serviço da campanha de António Costa. Como estão outros.

Há outros meios ao serviço de António Costa?
A imprensa em geral, com este complexo de esquerda que tem desde sempre, posiciona-se à esquerda. À esquerda, como se o PS fosse de facto uma esquerda. Nota-se sempre e não tem qualquer complexo em fazê-lo. Umas vezes fá-lo mais subtilmente, é mais inteligente, outras vezes fá-lo sem qualquer complexo. E a TVI é um caso disso. Por exemplo, o “Público”, nesta última semana – depois de António Costa ter dito variadíssimas vezes que, mesmo sem conhecer o Orçamento do Estado para 2016, o vai chumbar, que não está disposto a dialogar nem a negociar a Segurança Social – tinha como título do segundo caderno, com um trabalho extenso sobre António Costa, “O Conciliador. É extraordinário, não é? Por exemplo, a SIC, na pré-campanha, tinha uma reportagem muito bem feita, mas completamente de desgaste deste governo.

Foram buscar tudo o que de mal tem a situação social deste país e colocaram no meio frases de Pedro Passos Coelho que ficam descontextualizadas, daquelas da emigração, das que conhecemos. Mas ia buscar as pessoas que estão em situação má, casos concretos, e no meio metia o primeiro-ministro a dizer frases. E aquilo era nitidamente, nesta altura, uma grande reportagem que não se pode atacar porque aqueles casos existem. Mas aquelas frases têm uma altura. Algumas foram ditas há dois anos, e são descontextualizadas. E aqueles casos são alguns casos. Só que a reportagem falava desses casos sem falar da evolução. Também nunca se fala sobre o que ocasionou aquilo.
[]
Entrevista a Margarida Vaqueiro Lopes, Vítor Rainho e Rodrigo Cabrita, jornal “i” 
Marcação: JP

Um comentário:

  1. Interessante ver e ler pessoas 'midiáticas', mais conhecedoras da realidade portuguesa do que eu, afirmarem o que depois de algum tempo eu percebi: o domínio absoluto e constrangedor das esquerdas nas redações (de jornais, revistas e TVs) lusas. Foi por isso que deixei de ler jornais e de assistir aos panfletários telejornais.

    Atenção, eu escrevi redações. Isto quer dizer que tendo o jornal articulistas não de esquerda, não significa que a redação seja plural, pegou?

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