Aparecido Raimundo de Souza
“Se tivéssemos um líder
norte-coreano como Kim Jong ou um estado islâmico poderia não resolver nosso
problema de imediato, mas, com certeza, um bando de fedaputas do poder iria
para o caixa-prego”.
Tompson de Panasco
FOI DIVULGADO HOJE CEDO, no “HORA 1”, o relatório
internacional dos defensores dos direitos humanos pela Anistia internacional.
Só este ano, caros leitores, de janeiro a agosto do ano em curso, 58 pessoas
ligadas a esses e outros seguimentos, perderam suas vidas estupidamente. Não só por serem toscos e obtusos por
natureza (no Brasil se alguém defende uma linha de conduta contrária ao SISTEMA
adrede montado, pode ser apagado, ou deletado, E, DE FATO É, de um minuto para
outro), como pelo fato de brigarem, de unhas e dentes, por aquilo que
consideram ser o mais digno e certo para uma sociedade justa, e, que acima de
tudo, preza por seus consanguíneos.
Em 2016, os números dessas carnificinas subiram de 40 para
66, ou seja, quase 70 ativistas partiram desta para melhor, sem deixar
vestígios. Segundo a reportagem, o documento aponta, ainda, que a maioria
dessas mortes prematuras se prende a questões ligadas ao meio ambiente e à
disputa de terras, envolvendo indígenas e trabalhadores rurais sem um canto
para chamar de seu. Existe “um padrão
contínuo de homicídios no país” - frisa, com ênfase -, Renata Neder, a
entrevistada. A barbárie sinaliza, entre essas rebeliões, a guerra acirrada
pelo agrário, tal como o sucedido no Estado do Pará, em 24 de maio, que, na
época, ficou conhecido mundialmente como a “chacina de Pau D’Arco”, numa
operação (ou seria “matação” mesmo??!!) policial, até hoje não explicada
corretamente, onde o saldo culminou com 10 trabalhadores rurais executados e
nada se fez. Ou melhor, se fez sim. Os 13 policiais envolvidos foram soltos.
Há exatos dois meses após, ou mais precisamente em julho, se
mudou de mala e cuia, para a vala, o cidadão Rosenildo Pereira de Almeida,
conhecido pelos seus pares como “Negão”, abatido a tiros de escopeta quando
saía de uma igreja, em Rio Maria. Os que o seguiam e tiveram a sorte de
escapar, “continuam a temer por suas vidas”. Sabem que a qualquer momento,
poderão se defrontar com o inusitado. Topar, de frente, com uma balinha
desgarrada das irmãs, passeando feito uma desmiolada pela localidade conhecida como
Xinguara, sudeste do Pará. A reportagem cita, em gancho, as comunidades muito
em voga, atualmente, quais sejam as “LGBTQ Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Transexuais e Queer”, nelas incluídas, por via equidistante, os que não
“Queerem” nada com o babado. Para corroborar, traz à dança dos impunidos, o
caso da Mirella de Carlo, de 39 anos, encontrada amarrada estuprada e, claro,
sem vida, em seu apartamento em Belo Horizonte, em finais de fevereiro.
Segundo ainda, a coordenadora do Programa Global de
Defensores de Direitos Humanos da Anistia Internacional, todas as mortes, sem
exceção, até agora trazidas a público (incólumes, portanto, as que não entraram
na sua estatística) foram precedidas de sérias e profundas transgressões aos
seres humanos. Em outras palavras, caros amigos, esses infelizes antes de
morrerem, sofreram horrores nas mãos de seus algozes. Desnecessário dizer que
essas selvagerias, palqueadas neste paizinho de cocô fedorento, restaram com
nossas “artouridades” de olhos vendados, com alguns, até, “encorajando”
espicaçadamente a coisa a seguir em frente. Não sei se os senhores ainda trazem
na mente. Em maio, durante a reunião do
Conselho de Direitos Humanos da ONU, acontecido em Genebra, na Suíça, o governo
desta republiqueta de ladrões e safados se viu cobrado a adotar medidas
eficazes no combate a essas violações, porém, lembrando aquele jargão
famosíssimo de Boris Casoy, “isso é uma vergonha”. Melhorando a fala do nosso
colega: a bosta continua sendo um entrave, “usque” um insulto, um martírio incontrolável
a nos, simples mortais, que aqui precisamos viver em falta de lugar melhor e
mais prazeroso, para deitarmos nossos costados.
Enquanto a próxima mijada não sai dos colhões do nosso Astro
Rei, o pastelão e bruésculo doutor Michel Jackson Temer, cantando, sem parar,
nos ouvidos de todos nós e, em especial, nas orelhas de seus apaniguados o seu
mais atualizadíssimo sucesso “Thriller” -, “Terror”, em português -, com mais
de quinhentos milhões de cópias vendidas no Congresso Nacional, nos Ministérios,
no STF (Supremo Tribunal de Fofoqueiros), no STE (Superior Tribunal de
Esquisitices) e na Cama dos Deuputados (perdão, Câmara), entre outras pocilgas,
o promotor público Ramiro Sant’Ana ingressou com uma ação contra o Governo
Federal (por conta disso, entendemos FE-DE-MAL) em vista de pessoas (MAIS DE 12
MIL) precisarem esperar mais de um ano para serem atendidas pelo SUS (Sistema
Único de Salafrários) para um simples e corriqueiro tratamento de retina.
Uma doença conhecida como VITRECTOMIA, malefício que, depois
de diagnosticado, precisa ser tratado em menos de um mês, ou se corre
seriamente o risco do paciente não ver mais a luz do dia “ad aeternum”,
escrevinhado de forma mais objetiva, “para sempre”. O baixo número de
especialistas na área (diz a galera da saúde que são apenas 72 profissionais,
será?!) por falta de mais médicos, culminaria na frustrante responsável pelas
filas estratosféricas, o que, de pronto, não daria para pôr um fim definitivo
nessa demanda tão carente da medicina. Se fala inclusive, na terceirização
desses procedimentos, entretanto, até chegar aos finalmente a “Burrocracia”
loteada depende de licitações, editais, e pasmem, senhores leitores, até de uma
CARRETA (nos moldes do CARRETAÇO DAS MULHERES), exatamente como acabaram de ler,
UMA CARRETA desse tamanho, onde seriam realizadas, ou praticadas, segundo os
“desorganizadores” do fabuloso e pirotécnico (ou piradocotécnico) evento, 200
cirurgias (kikikikikiki) por dia.
Fungando nos escutadores de novela de nossos caros e queridos
seguidores e leitores assíduos, devemos deixar registrado um detalhezinho
importante: quando o nosso “onroso” e infame presidente teve um probleminha de
próstata, num abrir e fechar de braguilhas, o descarado se deslocou do Penico
Brasília, para São Paulo, levando, com ele, todo conforto e pompa à sua volta.
Uma vez na capital dos paulistas, se alojou como um deus do Olimpo no complexo
do hospital Sírio-libanês, passeando, as nossas custas, indo e vindo, de avião
particular, tendo ao lado bons médicos, boa alimentação, uma porrada de
seguranças e outras regalias que o Zé Coitado nunca teve e nunca terá. Nessa gota transbordando o copo cheio e,
repetindo o que dissemos acima, 12 mil filhos da puta (o povinho, o trabalhador,
o assalariado, o Mané Fodido) espera por uma consulta simples nos corredores
sombrios dos açougues públicos, há mais de um ano. Para terminar, amados, uma
perguntinha básica que não quer calar. Cadê o ministrinho da saúde? Como é o
nome da figura? Ricardinho Burros? Não, Barros?! De onde tiramos o Burros?
Coitado!!!
Para terminarmos, uma boa noticia, enfim. O Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) fechou um
convênio com o Instituto Politécnico da Maia (Ipmai), de Portugal, para que os
estudantes brasileiros possam usar as notas do Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem) como critério de ingresso naquela fundação. Com isso, passam para 27 as
faculdades superiores portuguesas que recepcionarão as notas obtidas no Enem. O
primeiro convênio institucional foi firmado em 2014, com a Universidade de
Coimbra. Esses tratados não envolvem transferência de recursos e não preveem
financiamento estudantil por parte do governo brasileiro. Nesse contexto, a
revalidação de diplomas e o exercício profissional no Brasil dos alunos que
cursarem o grau superior em Portugal, continuam sujeitos à legislação
brasileira aplicada à matéria. Cabem, nessa carreira, os colégios de além-mar,
definirem qual serão as notas de corte para o efetivo abrir de portas que dará
acesso aos interessados que resolverem sair daqui e estudar nas terras de
Fernando Pessoa.
Título e Texto: Aparecido
Raimundo de Souza, jornalista. Da Maternidade Santa Úrsula, em Vitória, no
Espírito Santo. 5-12-2017
Colunas anteriores:
Caro Aparecido. Sabemos que estamos nos "iludindo", quando ainda nos apegamos a esperança de dias melhores, principalmente quando finaliza mais um ano de total "descaso" com a maioria, que para eles não passa de "massa humana". Os tais "Direitos Humanos" não saem do "scrip" para se tornarem "Ação!" a única solução portanto, seria nos rebelarmos e fazermos uma fogueira dessa escória politica brasileira. Seria a tal "justiça pelas próprias mãos. É fato que desde o começo, nosso erro é aceitar o que nos é imposto. Quando iremos nos lembrar que somos " a massa" mais somos a "maioria.
ResponderExcluir