sábado, 14 de abril de 2012

A ópera-bufa


A fronteira com o Senegal foi encerrada após o golpe. Foto: Julien Tack/AFP
Alberto de Freitas
Dou de barato que Angola por intermédio de responsável diplomático ou militar, tenha tido a tentação de “mandar”. Conheço os angolanos e sei como os complexos de inferioridade se ultrapassam com a arrogância, mas… já não há paciência para a Guiné-Bissau.

Lembra-me a hipótese de regionalização, porém, com militares, polícias, representação diplomática, mordomias afins… e traficantes de droga. Entendo que o paternalismo do politicamente correto, nos faça ver um país onde ele não existe. Lutar pela independência dá direito a ela, mas não é garante de haver condições para a manter.

Para os dirigentes – militares e civis – da Guiné-Bissau, existe o “melhor” dos dois mundos: a legalidade do reconhecimento pela comunidade internacional, com todos os apoios que isso signifique; e o “meter ao bolso” proporcionado pelos barões da droga. Razão para tantos golpes e contragolpes, sempre em nome dos superiores interesses da Pátria… e do povo.

Porque bandido aprende. Bandido não é burro. A imagem e o “linguajar” de esquerda, são o garante da compreensão da comunidade internacional. À mínima chamada de atenção, provoca-se de imediato a tradicional reação anticapitalista, anti-imperialista e anti-neocolonial racista.

E como são politicamente incorretas tais conotações, devido a complexos de culpa por parte do Ocidente, a nível doméstico permitem-se e praticam-se todas as “maroteiras”. Não, “aquilo” não tem qualquer viabilidade. Haverá sempre um general, um marechal e um número indeterminado de almirantes – 1 por cada bote – a congeminar um “golpe”.

Tal opinião é politicamente incorreta e, há mesmo quem considere racista… mas é a realidade. Os guineenses capazes (conheço alguns), cultos e decentes, correm perigo de vida. São um empecilho para os narcotraficantes e “generais- personagem” de ópera-bufa.
Título e Texto: Alberto de Freitas

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Leitura complementar:
Blogue do jornalista guineense António Aly Siva, "Ditadura do Consenso"

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