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A fronteira com o Senegal foi encerrada após o golpe. Foto: Julien Tack/AFP |
Alberto de Freitas
Dou de barato que Angola por
intermédio de responsável diplomático ou militar, tenha tido a tentação de
“mandar”. Conheço os angolanos e sei como os complexos de inferioridade se
ultrapassam com a arrogância, mas… já não há paciência para a Guiné-Bissau.
Lembra-me a hipótese de
regionalização, porém, com militares, polícias, representação diplomática,
mordomias afins… e traficantes de droga. Entendo que o paternalismo do
politicamente correto, nos faça ver um país onde ele não existe. Lutar pela
independência dá direito a ela, mas não é garante de haver condições para a
manter.
Para os dirigentes – militares
e civis – da Guiné-Bissau, existe o “melhor” dos dois mundos: a legalidade do reconhecimento pela comunidade internacional, com todos os apoios que isso
signifique; e o “meter ao bolso” proporcionado pelos barões da droga. Razão
para tantos golpes e contragolpes, sempre em nome dos superiores interesses da
Pátria… e do povo.
Porque bandido aprende.
Bandido não é burro. A imagem e o “linguajar” de esquerda, são o garante da
compreensão da comunidade internacional. À mínima chamada de atenção,
provoca-se de imediato a tradicional reação anticapitalista, anti-imperialista
e anti-neocolonial racista.
E como são politicamente
incorretas tais conotações, devido a complexos de culpa por parte do Ocidente,
a nível doméstico permitem-se e praticam-se todas as “maroteiras”. Não,
“aquilo” não tem qualquer viabilidade. Haverá sempre um general, um marechal e
um número indeterminado de almirantes – 1 por cada bote – a congeminar um
“golpe”.
Tal opinião é politicamente
incorreta e, há mesmo quem considere racista… mas é a realidade. Os guineenses
capazes (conheço alguns), cultos e decentes, correm perigo de vida. São um
empecilho para os narcotraficantes e “generais- personagem” de ópera-bufa.
Título e Texto: Alberto de
Freitas
Relacionado:
Leitura complementar:
Blogue do jornalista guineense António Aly Siva, "Ditadura do Consenso"
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