sexta-feira, 20 de abril de 2012

Nosso maior obstáculo: A sociopatia do socialismo

Francisco Vianna
“O socialismo é uma doença social que há mais de vinte anos a Europa exporta para a América Latina como um instrumento eficaz para inibir o surgimento de novas potências mundiais na área, mas que a própria Europa não quer mais pôr em prática, de jeito nenhum”

A América Latina, mais rapidamente, e o Brasil, um pouco mais lentamente, vão perdendo a liberdade política e a economia privada vai cedendo, dia-a-dia, espaço para o mais do que selvagem capitalismo estatal...
Em nosso país tivemos o aumento paroxístico da violência, de forma assustadora, em 2006 em São Paulo e nos anos subsequentes no Rio de Janeiro, como demonstrações de como um ‘estado socialista’ pode minar uma democracia a partir de dentro de suas próprias instituições.
Para isso, os ‘ensinamentos táticos’ do comunista italiano Antonio Gramsci, são bastante esclarecedores e ‘úteis’. E foi assim que, na Europa, no início do Século XX, surgiram – em contraposição ao capitalismo primitivo, opressor e desregrado da “revolução industrial” - diversas invenções econômicas que traziam em seu bojo o mesmo viés político: o totalitarismo, além da nova prática de o estado passar a ditar e executar as ações econômicas de produção, ignorando as leis de mercado.
Essas doutrinas, inventadas a partir dos escritos dos filósofos alemães do final do século XIX e início do século XX, com a finalidade de “por ordem na miséria e na pobreza” de modo a garantir não o aumento da produção de riqueza e a melhoria e humanização do trabalho, mas para que todos a repartissem essa miséria e essa pobreza de forma igualitária, excetuando-se – é claro – os membros do Politiburo.
Tais doutrinas deram origem a uma doença social que leva ao pior de todos os capitalismos, ao CAPITALISMO DE ESTADO. Em seu conjunto, são chamadas genericamente de ‘socialismos’, palavra vazia que deixou de ter a sua definição de “doutrina que visa o bem-estar da sociedade”, para significar apenas, “sistema que implanta o poder autoritário do estado, quer sob os aspectos político, quer sob o aspecto econômico”, pois, na verdade, quando nos referimos a algo “social”, devemos subentender algo que se ocupa da política e da economia ao mesmo tempo.
Com o fracasso tácito de tais doutrinas em promover a riqueza e o progresso, os europeus entenderam que não chegariam a lugar nenhum se continuassem insistindo na sua aplicação, mas, também, entenderam muito mais que essas doutrinas seriam obstáculos quase intransponíveis para que, na América latina, fosse inibido o surgimento de novas potências mundiais, como o Brasil e o México, por exemplo. De fato, elas seriam uma arma eficaz para contrabalançar a influência norte-americana nessa área e, afinal no resto do mundo, como até na própria Europa.
Assim, desde o final do século XX e entrando pelo século XXI, as nações hegemônicas européias tendo à frente a Grã-Bretanha, a França, a Holanda e a Espanha, que hoje não querem de maneira nenhuma saber de “socialismos”, passou a ‘exportar’ essa sociopatia para a América latina e até para os EUA e Canadá. Através de ONGs bem estruturadas, e bem financiadas, começou-se a estimular um sentimento anti-norteamericano ao longo do continente.
No Brasil, foi criado, por Lula e Fidel Castro, o Foro de São Paulo, com a finalidade de coordenar a difusão do ‘socialismo e outras ideologias afins’. Nem a igreja católica escapou dessa sociopatia maligna, e a ‘dialética’ se aprimorou ao ponto de criar a nova e conhecida “teologia da libertação”, que, não passa da mais deslavada retórica de promover o “materialismo dialético” proposto por Marx e Engels.
Os socialismos, ao longo da história recente da humanidade, deixaram um legado de duas guerras mundiais, no século XX, mais de e 26 milhões de soldados e 46 milhões de civis mortos, apenas nestes dois conflitos, e tem-se em conta que mais de 100 milhões de vidas foram ceifadas violentamente como resultado de suas ações, na prática. Isso sem falar nas revoluções na Rússia bolchevista e na China de Mao Tsé Tung, além da implantação do comunismo na Indochina e na Coréia do Norte.
Como nada consegue ser totalmente ruim, isso fez com que o capitalismo privado experimentasse um aperfeiçoamento sem precedentes nos últimos setenta anos, premido pela necessidade de fazer frente a essa onda negativa que se espalhava pelo mundo, e promoveu conquistas sociais – que geraram deveres e garantiram direitos por eles consubstanciados – as quais os regimes ‘socialistas’, ironicamente, jamais conseguiram levar a efeito.
Assim, a história recente nos ensina que os socialismos só vingam e proliferam em populações atrasadas e pobres, e que, por isso mesmo, fazem com que elas continuem sendo dessa forma, de modo ‘autosustentado’.
Com a queda do Muro de Berlim, em 1989, a Europa se livrou do socialismo que a dividia em Ocidental, capitalista de mercado e a oriental, capitalista estatal. Os estados tiveram seus tamanhos muito reduzidos e a produção de riqueza e de capital transformou a realidade do leste europeu e impulsionou as ‘economias menores’ da região, suscitando o sucesso da ‘União Européia’, que, todavia, seus povos têm o cuidado de não deixar que vá mais adiante do que um simples ‘bloco econômico’.
Em função do fato desses socialismos não terem produzido nenhuma sociedade verdadeiramente rica e desenvolvida, mas, ao contrário, ter atrasado em quase um século o desenvolvimento dos países que se propuseram a pô-los em prática, os que ainda se iludem hoje em dia com essas idéias ficaram quase que repentinamente sem referência de aplicação prática daquilo que julgam ser o ideal social para o mundo, ou seja, o ideal político e econômico da humanidade.
Os europeus, que viram surgir a superpotência norte-americana a partir da segunda guerra mundial a lhes tolher o viés colonialista que sempre os caracterizou, viram aí uma oportunidade muito conveniente de usar essa mesma sociopatia, que em grande parte os havia antes vitimizado por tanto tempo, como um instrumento eficaz para neutralizar o avanço da influência americana no mundo, bem como, inibir o surgimento de novas potências mundiais americanas, em países de grande potencial como o Brasil, o México, a Argentina e o Canadá.
Foi assim que ONGs muito bem estruturadas e financiadas pelas nações hegemônicas européias se instalaram na América latina no final da década de 1980 e começaram a fazer um trabalho de sapa crescente e perseverante em prol dos interesses diretos que essas nações têm na região, principalmente nas suas colônias ou satélites da região amazônica.
Com os governos de viés socialista, que sucederam o regime militar – que eles chamam de ‘ditadura’, mas no Brasil foi mesmo uma ‘ditamole’ – essas ONGs proliferaram como lombriga em intestino de subnutrido. Recebem hoje do governo ‘socialistóide’ do PT – como já vinham recebendo do não menos socialistóides governos do PSDB – que posam de antagônicos, mas que são farinhas do mesmo saco - uma fração importante do suado dinheiro do contribuinte para agir CONTRA OS INTERESSES REAIS DO BRASIL.
O “socialismo de exportação” dos europeus visa no prazo não muito longo o chamado “governo mundial”, objetivo final da “globalização”, mas, para isso, não podem contar com a ONU, a mais corrupta instituição derivada de Bretton Woods. Eles mesmos tratam de corrompê-la como uma tática desenhada para substituí-la por um “governo global”, assim como os socialistas estimulam a corrupção dentro das instituições democráticas, com a finalidade de substituí-las por “estados socialistas de direito”, numa tentativa de fazer com que os latino-americanos experimentem do mesmo veneno que, durante quase um século os intoxicou.
Todo esse processo está em marcha e funciona como um efeito dominó. Os povos, que não forem estruturados educacional e culturalmente para serem fiéis aos seus valores de mercado e à sua representatividade democrática, serão governados pelo ‘Poder Global’, provavelmente com sede em algum lugar da Europa.
Os estados nacionais terão sua soberania relegada a um segundo plano, quando se tratar dos interesses políticos e econômicos dessas nações hegemônicas. Será uma era de NEO-COLONIALISMO, muito mais difícil de superar do que a que cessou, aparentemente apenas, com as guerras de independência.
Socialismo, corrupção, fisiologismo, autoritarismo e atraso educacional, são as ‘armas’ de que se valem essas nações hegemônicas para dividir e conquistar.
Cabe a nós, e só a nós mesmos, desviar o país desse destino sombrio.
Título e Texto: Francisco Vianna, 20-04-2012

Relacionados:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-