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Pedro Cunha |
Alberto de Freitas
Tal como as hienas: celebramos
o quê? No momento, seria talvez de “julgar” os anos de vida e não o
aniversário. Obviamente, segundo perspetiva nacional. Do todo e não dos
acautelados interesses pessoais e partidários. Dos milhares de criaturas (o
termo dá para os dois “lados”) que se acoitaram em tal “casa”, quantos
(incluindo família) estão em dificuldades financeiras? Quantos estão
desempregados? Melhor: quantos não melhoraram – e muito – o desafogo
financeiro?
Serão perguntas demagógicas?
Penso que não, porque demagógico seria perguntar: que fazem vocês aí?
É que do alto da vossa
vigilância democrática, devem ter observado – o mínimo que se exige – o que se
tem passado no País. No meio de quezílias – mais espetáculo que realidade –
partidárias e proclamação de direitos sem fim, o País arruinou-se.
E nessa “casa” mantêm-se
privilégios que são retirados aos cidadãos, desde os mais insignificantes, como
“tolerâncias” e pontes. Não devemos ser ingratos e agradecer algumas soluções,
tal como os franceses teriam agradecido a indicação de comerem brioches, na
falta de pão. Refiro-me à caricata conclusão que beber água engarrafada, é
menos oneroso que água da torneira. Ótima ideia para as famílias em dificuldade
para pagar a conta da água.
Exemplos caricatos que definem
a mentalidade com que se regem. Consideram-se um “mal” necessário para evitar
um outro pior.
O mal não está no regime em
si, mas nas pessoas que se apossaram dele.
Em vez de celebrar, deviam,
num ato de contrição, envergonharem-se. E escusam de, individualmente, bater no
peito alegando dedicação à causa pública, porque o resultado está à vista. E
avaliado o resultado, das duas uma: ou são desonestos ou estúpidos.
Vocês ou nós. Também, das duas
uma.
Título e Texto: Alberto de Freitas
looll
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