Geraldo Almendra
A participação direta de grande parte do poder público federal,
estadual e municipal em centenas de escândalos de corrupção envolvendo agentes
públicos e privados, praticamente durante toda a gestão petista justificam, de
forma inquestionável, que os termos Covil
de Bandidos e Paraíso de Patifes sejam rigorosamente corretos para
qualificar as máquinas dos desgovernos e o país, respectivamente.
É claro que a corrupção e o
suborno no país não são invenções do PT,
mas o resultado direto de uma meticulosa semeadura da falência da justiça, e da
falência cultural e educacional impostas pelos desgovernos civis que o
antecederam.
A parte que cabe ao PT – sob o comando do mais sórdido político de
nossa história – foi sua “inteligência política, gerencial e estratégica” para,
através de uma base aliada – mensalão –, unificar de uma forma extremamente
competente o trabalho dos bandidos – os famosos picaretas – conduzindo esses
pulhas à participação em um projeto de poder pelo poder essencialmente focado
na organização quase meticulosa da canalhada em uma estrutura mafiosa de fazer
inveja a qualquer organização criminosa existente no mundo, no nosso caso sendo
financiada diretamente pelos contribuintes e por algumas centenas de
empresários que participaram ou ainda participam do desvio do dinheiro dos
contribuintes através de criminosas formas de “engenharia financeira” de
“saques diretos na boca do caixa dois do PT”.
O que significa uma democracia
em uma sociedade que tem ampla liberdade de expressão crítica, mas que em nada
influencia a postura marginal do poder público, sendo também incapaz de agregar
as pessoas honradas e do bem em uma união para combater de frente o hediondo
apodrecimento moral das relações públicas e privadas?
Tudo isso seria uma “escolha democrática” se mais de 70 %
de nossa população “economicamente ativa” não fosse vítima de uma premeditada
falência cultural e educacional que transformou ao longo da fraude da Abertura
Democrática a prática do ilícito, o usufruto da impunidade, o desrespeito à
propriedade privada e aos direitos dos outros, a desagregação da família, o
discurso leninista como referencial de desorganização social, a perda dos
referenciais culturais de bons costumes, a relativização marginal do sentido da
prática da política e o mais grave, gravíssimo,
a relativização do conceito de interpretação e aplicação das leis –
Constituição e seus Códigos Reguladores – incluindo a utilização dos seus
instrumentos processuais, sendo os Tribunais Superiores, muitas vezes, a ponta
final desse sórdido caminho da prática da ilusão de justiça ou a formalização
do ilícito parecer lícito: o submundo da Justiça foi transformado no ninho
reprodutor de togados bandidos ou bandidos vestidos de togados.
Nessa altura podemos então definir o tripé que sustenta a imersão do
país no mar da marginalidade: falência educacional e cultural, apodrecimento do
poder Judiciário e a degeneração moral das relações públicas e privadas.
O gestor do equilíbrio desse
tripé, se assim podemos chamar essa absurda sacanagem com a sociedade, é uma “disfarçada” liderança fascista do
poder Executivo que já exerce de forma absolutista seu relacionamento com
os outros podres poderes da República, não pela força das armas, mas pela força
do suborno e da corrupção com a plena cumplicidade de milhares de esclarecidos canalhas, a maioria não
petista, mas aproveitadores calhordas, intencionais e premeditados da absurda
fragilidade moral das instituições.
Parece que a sociedade iludida
com essa falsa democracia de exploração e extorsão do contribuinte para
sustentar uma máquina de governo absolutamente suja e espúria não consegue
entender nem enxergar que, na verdade, vivemos em uma corruptocracia civil fascista, uma nova forma de “democracia”
formalizada pelo PT em que o contribuinte tem obrigação de sustentar o Covil de
Bandidos com ampla liberdade de escolher seus papeis de palhaço do Circo do Retirante Pinóquio, mas que nunca vai
ser ouvido com seriedade ou ter o direito de dizer não à degeneração sem
controle das relações públicas e privadas.
Abertura Democrática! Fala sério!
A propósito, quem roubou o
crucifixo do gabinete presidencial na passagem do poder para a atual
presidente?
Título e Texto: Geraldo Almendra, 22-04-2012
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