1. Com novo publicitário, que
havia feito as duas últimas eleições do PMDB-RJ-RIO, o PSDB apresentou, na
quinta-feira (30), um programa bem feito, mas sem despertar entusiasmo, sem atrair eleitor C, D e
E, sem intensificar a imagem/nome de seu candidato e âncora do programa,
senador Aécio Neves.
2. O pior talvez tenha sido a
repetição do mesmo roteiro que usou no Rio. Candidato no carro, na janela,
mesmo plano, mesma dinâmica e mesmas frases óbvias. Clichê esse, aliás, que vem
sendo usado e abusado há anos, o que leva o eleitor/telespectador a achar que é
mesmice.
3. Outra falha foi o excesso
de tempo em alguns “blocos”. Por exemplo, as artesãs de arranjos florais
apresentadas como exemplo de empreendedorismo e culminando com uma ida a
Londres (?!). Certamente não falou para o público D e E. Isso reduz o tempo de
exposição do candidato e agrega nada. Melhor seria esse exemplo em área e
cenário carente.
4. Os demais “blocos”
trataram, sem pedagogia, da boa herança de FHC, inflação, asfalto, produtor
rural, uma artificial sala de aula em BH e os 9 anos de ensino fundamental
desde 2004 (que, aliás, a prefeitura do Rio já tem desde 2000).
5. Duas ausências temáticas
são justificadas, embora sejam as duas principais prioridades em pesquisas
nacionais: Segurança e Saúde. Justificadas pelos problemas locais que o PSDB
enfrenta. Uma não justificada: a questão do emprego, talvez pelos números de
ocupação que o IBGE divulga. O emprego precário está “quicando” e não foi
usado.
6. E uma – o carro chefe do
ex-governador de Minas, o choque de gestão. Não se entende por que não produziu
uma diferenciação fácil com Dilma. Poderia ter sido usada em dois tempos no
discurso de encerramento na convenção com um corte discreto.
7. Nota 5 para o publicitário
e menor ainda para a equipe que fez a revisão política do roteiro.
Título e Texto: Cesar Maia, 03-06-2013
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Como já disse várias vezes, que Aécio não é o candidato ideal, mas o apoiado pelos mesmos. Não empolga e não passa confiança numa nova administração. Necessitamos de uma candidatura mais forte, atuante diante dos problemas do país, conhecimento de causa e credibilidade diante da cultura do mais fácil que reina no Brasil. Nomes temos, o que precisamos agora é vergonha na cara.
ResponderExcluirTio, concordo com você.
ResponderExcluirNão aprecio, nem um pouco, Aécio Neves. Como não apreciava o seu avô: o maior exemplo do "em cima do muro" da história contemporânea brasileira. Mas, entre Aécio e qualquer um do PT, voto no mineiro, sem hesitar.
Abração./-