Valdemar Habitzreuter
O governo vai jogar pesado.
Sua estratégia agora é matar para não morrer. E o posto-chave para tal intento
é o ministério da Justiça. É através do ministro da Justiça que o governo
intenta fragilizar Moro, impedir o progresso da operação Lava-Jato e cercear a
livre movimentação de Moro, restringindo seu campo de ação.
É interessante notar que o
ministro Aragão, recém-empossado, como também o indicado anteriormente,
Wellington Lima, são ambos oriundos do Ministério Público.
Wellington Lima foi impedido
de exercer a função de ministro da Justiça pelo Supremo, uma vez que a
Constituição de 1988 proíbe, após essa data, que membros do ministério público
exerçam cargos no executivo e continuem como procuradores e se submetam às
ordens do poder executivo, pois há incompatibilidade de função: um procurador
deve ser imparcial e manter-se distante em relação aos intentos do governo.
Antes da promulgação da
Constituição não havia a proibição e, assim, Aragão [foto] pôde assumir o cargo de
ministro da Justiça, já que era procurador antes de 1988. O novo ministro já
demonstrou a que veio: a tarefa que recebeu de Dilma de minar a lava-jato e já
mostrou suas garras ao ameaçar a PF em caso de investigações e vazamentos que
prejudiquem o governo: simplesmente substituirá toda equipe investigadora da
PF, ameaça ele.
Em rigor, isto seria
incompatível a um procurador. No entanto, agora como ministro da Justiça vai
deixar de lado o viés de procurador público, embora não tenha abdicado de suas
prerrogativas, e será o fiel cordeirinho de Dilma executando o que lhe é
mandado. Que ética palpita na alma desse sujeito? Nenhuma. Jogou no lixo sua
ética de procurador público, se um dia a tinha.
Formou-se em direito, mas age
agora tortuosa, sorrateira e obtusamente para salvar o governo de Dilma, se há
o que salvar ainda. Prefere emporcalhar-se no chiqueiro petista do que
pautar-se pela genuína ética que se requer de um servidor público.
De olho neste homem, gente,
ele tem a incumbência de nulificar a tarefa de limpeza do juiz Moro... Aragão
está na contramão de uma ética de salvação dos ideais republicanos e promove a
divisão da sociedade brasileira.
Ele rima com todos os ãos
negativos que tentam aniquilar o furacão Moro. Este sim, rima com decoro ao
entregar-se com esmero ético para que respiremos um ar puro na nossa nossa Casa
- nossa República.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 21-3-2016
Caro Habitz, é torpe, é podre, cheira mal a ética deste senhor!
ResponderExcluirComo pode o poder a ganância emporcalhar uma pessoa desta maneira! Um Servidor Público, o nome já diz!
Um Ministro da Justiça! Da Justiça! Que vergonha para o País!
Cada atitude, cada manobra política este governo, mostra quão emporcalhado ele é! É totalmente Incompetente!
H Volkart