Trecho do artigo O golpe abortado (16.05), do Ricardo
Noblat:
"Na manhã da última
segunda-feira, depois de repetir que era vítima de um golpe e de excitar
barulhentos militantes do PT reunidos para ouvi-la no Palácio do Planalto, a
presidente Dilma disse que tinha um importante comunicado a fazer: Waldir
Maranhão (PP-MA), presidente em exercício da Câmara dos Deputados, acabara de
anular o resultado da votação que ali, em 17 de abril, aprovara o impeachment.
"Eu soube agora, da mesma
forma que vocês souberam" comentou Dilma. "Apareceu nos celulares de
todo mundo que o recurso foi aceito e o processo suspenso. Eu não tenho essa
informação oficial. Estou falando porque eu não podia fingir não saber da mesma coisa que vocês estão sabendo. Mas não
é oficial. Não sei as consequências. Por favor, tenham cautela." ... DILMA
MENTIU aos militantes do PT e aos que a escutaram país afora. Ela não soube
pelo celular do que fizera Maranhão - soubera antes.
A informação que tinha era
oficial, ao contrário do que afirmou. Ela estava farta de saber, sim, quais
seriam suas consequências. E tudo por um motivo muito simples: a tentativa de
golpe contra o impeachment era comandada por ela. (...) No Palácio do Alvorada,
durante animada conversa regada a vinho chileno, Maranhão ouviu Dilma perguntar
a Cardozo: "E Renan? Ele sabe?" Cardozo respondeu que sim. De Renan,
como presidente do Senado, dependeria o êxito do golpe. Se ele referendasse o
ato de Maranhão, ou se pelo menos o acolhesse para futura decisão a respeito, o
impeachment empacaria."
(...)
Título e 'legenda' da imagem: Alberto José, 16-5-2016
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