E se um candidato à presidência fizer
apologia da enrabada em público?
Flavio Morgenstern
Um presidenciável para 2018 é réu no STF por apologia ao estupro.
Mas é um outro que foi flagrado apontando para a sua trosoba e dando uma
enrabada no ar dia desses.
Um dos prováveis
presidenciáveis às eleições 2018 é Jair Bolsonaro, réu no STF por “apologia do
estupro” por dizer que não estupraria uma deputada que o
chamava de estuprador, Maria do Rosário. Bolsonaro defendia punições mais
rigorosas para estupradores, enquanto Maria do Rosário defendia que o
estuprador Champinha era “uma criança” (sic). Quem foi condenado por
apologia do estupro foi… Bolsonaro. A noção de causa e efeito, agente e
paciente, não vai muito bem neste país.
Ao se falar em estupro, o nome
que se vem à tona, para o bem ou para o mal, é Jair Bolsonaro, que deverá se
focar fortemente na criminalidade, o maior mal do país (disparadamente à frente
de corrupção, saúde ou educação). Mas, em tempos de denúncias de estupro de
conseqüências discutíveis e de ejaculações no ônibus, quem deveria ser lembrado
é o ex-presidente petista Lula.
Se é para falar em apologia,
ou seja, incentivo, glorificação, exaltação, louvamento, defesa, elogio e
encômio a algo, não faz o menor sentido falar de Bolsonaro, o único
presidenciável em décadas a propor penas mais duras para estupradores. Já Lula,
recentemente, junto a comparsas da Juventude do PT, fez o gesto da sarrada,
a “enrabada” fictícia que se dá no ar, mostrando o tamanho imaginário da
jiromba, dando a entender que está pronto para enrabar alguém.
A Jovem Pan lançou a hashtag
no Twitter #nãomereçosersarrado, mas a blogosfera progressista, apologista,
encomiasta, desculpadora, relativizadora, beleguim, rábula, meirinha e comparsa
de Lula, preferiu dar risadinha e lacrar com o gesto do ex-presidente mostrando
ao povo brasileiro o quanto acredita que seja a dimensão de seu jonjolo, e o
quanto dele quer introduzir no oritimbó de cada brasileiro (não se sabe se à
vista ou à prestação, se em todos, individualmente, ou dividido
igualitariamente por cada brasileiro).
Logo após o ato apologético de
Lula, veio a notícia do ejaculador no ônibus, que foi solto graças à audiência
de custódia, invenção garantista de origem esquerdista que permite que bandidos
sejam soltos.
Afinal, é um Bolsonaro que é
apologista do estupro, ou vemos muito mais atos incentivadores de
comportamentos de libido esfregada na cara da população e gestos incentivadores
de obscenidades, como faz Lula, que lamentava em entrevista à Playboy que hoje
não era mais como em sua época, em que um jovem garoto com 16 anos já tinha
tido várias experiências com animais?
Até agora não vimos um pio da
militância feminista contra Lula.
Título, Imagens e Texto: Flavio Morgenstern, Senso Incomum, 5-9-2017
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