terça-feira, 19 de maio de 2015

Lendas e mitos

Valmir Fonseca Azevedo

Uma das mais misteriosas personagens das estórias do povo norte-americano é o lendário Pé-grande.

O misterioso personagem, do mesmo time do abominável Homem das Neves, é pesquisado e caçado há séculos por crentes indivíduos, que munidos com engenhocas de elevada tecnologia se empenham na sua busca.

Em quase todas as florestas americanas aventureiros, estudiosos e outros curiosos vasculham densas matas na tentativa de ao menos vislumbrar a cabeluda figura.

Eventualmente, entrevistam indivíduos que teriam cruzado com a misteriosa criatura. Existem fotos bastante polêmicas que analisadas, infelizmente, não esclarecem o assunto.

Assim, apesar do decorrer de longos períodos, a lenda do Pé-grande permanece insolúvel.

Muitos acreditam que o lendário personagem exista, e de seu esconderijo por vezes saia para buscar alimentos ou até para esticar o seu vasto corpanzil.

Aqui no Brasil, temos diversos arremedos do Pé-Grande, nada metafórico como o Saci Pererê, nem como a Cuca e outras lendas do folclore nacional, frutos da imaginação popular, contudo encontramos entre aquele personagem e o nossa metamorfose ambulante - o imbatível molusco - muitas similaridades.

Ambos, juram os populares, existem.

É impressionante como circulam estórias acintosas envolvendo o ex-presidente com as mais cretinas canalhices, com maracutaias palpáveis, e, no entanto, apesar de sua existência não ser fantasmagórica, ninguém consegue prendê-lo.

No Brasil, assim, como nos EUA, temos o nosso Pé-grande, figura visível, esporadicamente, contudo, parece algo abstrato, capaz de façanhas incríveis, como mentir escandalosamente, atuar como um majestoso canastrão teatral, prejudicar, afundar, desmoralizar, mas que por sua origem fantasmagórica, nada sofre.

É um camaleão? Um polvo? Conhecidos por sua capacidade de camuflar-se quando necessário?

Volta e meia algumas pessoas alegam ter visto de relance o Pé-grande, da mesma maneira o seu aparentado o abominável Homem das Neves, por aqui é comum alegarem que o metamorfose é fruto da imaginação popular, é o sonho dos canalhas e patifes, que teriam criado uma figura alheia à justiça e que sempre se daria bem em quaisquer circunstâncias.  

Em alguns fugazes instantes, breves notícias incluem o nosso melífluo mito em uma infinidade de patifarias, porém por artes do demônio, a trefega figura escorrega por entre os dedos dos que o acusam, e ele prossegue serelepe o seu destino.

Dizem que na atualidade o ignóbil molusco reúne os seus acólitos para que o planejem como presidente vitalício a partir de 2018.

Como a maioria dos incrédulos nacionais, não acreditamos que a metamorfose seja um ser abstrato, porém que é a imagem concebida por jeitosos brasileiros que na sua torpe ilusão idealizaram uma espécie de marginal sem freios, sem caráter, sem consciência e livre de qualquer sanção.

Para os pessimistas, o molusco é como o Macunaíma, que além de indolente, conduzia os seus atos movidos pelo prazer terreno. “Um herói sem nenhum caráter”. 
Para os céticos, a comparação é demeritória para o Macunaíma, pois o molusco sem sombra de dúvida não tem o menor caráter, mas chamá-lo de herói é desmoralizar todos os personagens que pela sua existência de feitos relevantes foram cognominados como HERÓIS. 
Título e Texto: Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília, DF, 19 de maio de 2015

2 comentários:

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