Ernesto Caruso
A rua é o ponto de encontro da
sociedade em nome do interesse comum. Defender a própria pele e garantir o
porvir em melhores condições para filhos e netos. Sair da poltrona, da
comodidade de assistir, de se irritar e xingar os ladravazes e suas mamães que
não têm culpa dos malfeitos dos filhos. Filho ou filha disso, daquilo, não
resolve. Sua voz, seu grito isolado na sala ou no quarto, ninguém ouve, ninguém
vê. A internet ajuda sobremaneira. Revela o que a TV não mostra.
Compartilha o seu pensamento de forma livre.
É a corneta que toca
alvorada, despertar, reunir e avançar. É o menestrel moderno que percorre
distâncias infinitas com a rapidez do raio, que alerta e desnuda o político
corrupto que está unido a outro, mais outro e tantos outros, para sugar o
sangue do seu suor. Torná-lo escravo da democracia escrachada,
debochada.
Dos partidos com seus donos,
que mandam e desmandam. Dos parlamentares que não votam com a própria
convicção, mas conforme determinam os feitores. Parlamentares que compram votos
para se elegerem e vendem votos na aprovação de projetos. Do governo que se locupleta
na campanha eleitoral extorquindo empresários nas licitações fraudulentas.
Políticos e empresários
bandidos, piores dos que assaltam nas esquinas. Canetas assassinas do
PCC de gravata a estourar os cofres públicos versus armas do PCC de sandália de
dedo explodindo os caixas eletrônicos. E o povo com a cara na janela
vendo a banda passar. Não! Não à acomodação. Chega! Nem na janela, nem
na sacada. Na rua. Aqui é o seu lugar de reagir.
Chega de impostos para
recompor orçamento público desequilibrado pelos agentes do mal. Reduzam o
número de parlamentares de todos os níveis, mordomias e infames aposentadorias,
veículos e viagens, coisa do tipo viagem ao Uruguai para se estudar a implantação
dos cassinos no Brasil.
Dor que se repete no íntimo de
cada um todos os dias diante da televisão. Ver e ouvir a repórter anunciar como
crime o desvio de recursos públicos para a eleição da “presidenta” em 2010, mas
que não pode ser punida. Sem uma crítica é uma aberração. Por óbvio, sem
enquadramento do impeachment, pois que o mandato expirou. E o crime fica
impune?
Eita Brasil que já prendeu
lavrador que raspava a casca da árvore para fazer chá e servir à mulher doente.
Há que se cobrar com veemência
do Congresso Nacional o cumprimento das obrigações constitucionais citadas no
Art. 49, “É da competência exclusiva do Congresso Nacional: fiscalizar e
controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder
Executivo, incluídos os da administração indireta;”.
Apoiar a Polícia Federal.
Dizer não às tentativas de cerceá-la com despudor e às claras, como ficou
patente no processo de substituição do ministro da Justiça, Eduardo Cardozo,
que não “agia” segundo os interesses do PT e do ex-presidente Lula. Cenário
cinzento onde as declarações do novo ministro, Wellington Silva, repousam na
expressão “sem modificações de imediato”. Também já se posicionou contra a
redução da maioridade penal (projeto aprovado na Câmara e parado no Senado),
aspiração da sociedade.
Paira a dúvida. Porque tanta
celeuma no expurgo do ministro Cardozo. Para deixar como está? Clima tenso nas
hostes do governo, temperado pela delação do Sen. Delcídio Amaral.
Ao que consta, a “presidenta”
voou longe das comemorações de aniversário do PT em viagem estratégica ao
Chile. Lula ficou à vontade no meio que domina. Mas, pretender desligar o
petismo do governo central, bem como desvincular o criador Lula da criatura
Dilma, é impossível no nível de corrupção nojenta que marcou a cor vermelha na
camisa de um e no blazer da outra, quando aparecem nos palanques da “guerra”
inflamada de verborragia. Desta feita, não juntos.
Se Lula deseja o impeachment
para dar a volta por cima e salvar o PT, fica difícil pelo descrédito na sigla
e o pouco tempo para se recompor face ao expressivo valor da corrupção,
martelada diuturnamente nos ouvidos do cidadão. E no que mais sente, como custo
de vida, desemprego e falta de assistência médica, agora agravada pelo descuido
na eliminação do mosquito polivalente.
Desencanto de todos até dos
que recebem bolsa família e sofrem
diante do tempo das vacas magras impostas pelo petismo, na tentativa de
sobreviver com tal migalha e assistir o fausto presente nos banquetes
palacianos e no enriquecimento de parlamentares, governantes e ex-governantes.
Sítios, fazendas e mansões
pontilham a vida dos impiedosos, egocêntricos e insaciáveis corruptos. A
delação premiada com a devolução do produto roubado pode não ser tudo, mas é o
início do arrependimento do mal provocado à sociedade no desempenho da função
pública, com maior responsabilidade do que a exerce como empregado do povo.
A Polícia Federal não pode
sair enfraquecida para livrar os bandidos da cadeia e o STF não pode ser
puxadinho do PT, nem de outros partidos.
Título, Imagem e Texto: Ernesto Caruso, JusBrasil,
4-3-2016
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ResponderExcluirOnde estão os jovens? São ou não o Futuro do País?
Vamos, mostrem sua "Cara"!
Vamos às Ruas!
H Volkart