domingo, 6 de março de 2016

A manifestação de 13 de março – Vem pra rua!


Ernesto Caruso
A rua é o ponto de encontro da sociedade em nome do interesse comum. Defender a própria pele e garantir o porvir em melhores condições para filhos e netos. Sair da poltrona, da comodidade de assistir, de se irritar e xingar os ladravazes e suas mamães que não têm culpa dos malfeitos dos filhos. Filho ou filha disso, daquilo, não resolve. Sua voz, seu grito isolado na sala ou no quarto, ninguém ouve, ninguém vê. A internet ajuda sobremaneira. Revela o que a TV não mostra. Compartilha o seu pensamento de forma livre.

É a corneta que toca alvorada, despertar, reunir e avançar. É o menestrel moderno que percorre distâncias infinitas com a rapidez do raio, que alerta e desnuda o político corrupto que está unido a outro, mais outro e tantos outros, para sugar o sangue do seu suor. Torná-lo escravo da democracia escrachada, debochada.

Dos partidos com seus donos, que mandam e desmandam. Dos parlamentares que não votam com a própria convicção, mas conforme determinam os feitores. Parlamentares que compram votos para se elegerem e vendem votos na aprovação de projetos. Do governo que se locupleta na campanha eleitoral extorquindo empresários nas licitações fraudulentas.

Políticos e empresários bandidos, piores dos que assaltam nas esquinas. Canetas assassinas do PCC de gravata a estourar os cofres públicos versus armas do PCC de sandália de dedo explodindo os caixas eletrônicos. E o povo com a cara na janela vendo a banda passar. Não! Não à acomodação. Chega! Nem na janela, nem na sacada. Na rua. Aqui é o seu lugar de reagir.

Chega de impostos para recompor orçamento público desequilibrado pelos agentes do mal. Reduzam o número de parlamentares de todos os níveis, mordomias e infames aposentadorias, veículos e viagens, coisa do tipo viagem ao Uruguai para se estudar a implantação dos cassinos no Brasil.

Dor que se repete no íntimo de cada um todos os dias diante da televisão. Ver e ouvir a repórter anunciar como crime o desvio de recursos públicos para a eleição da “presidenta” em 2010, mas que não pode ser punida. Sem uma crítica é uma aberração. Por óbvio, sem enquadramento do impeachment, pois que o mandato expirou. E o crime fica impune?

Eita Brasil que já prendeu lavrador que raspava a casca da árvore para fazer chá e servir à mulher doente.

Há que se cobrar com veemência do Congresso Nacional o cumprimento das obrigações constitucionais citadas no Art. 49, “É da competência exclusiva do Congresso Nacional: fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;”.

Apoiar a Polícia Federal. Dizer não às tentativas de cerceá-la com despudor e às claras, como ficou patente no processo de substituição do ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, que não “agia” segundo os interesses do PT e do ex-presidente Lula. Cenário cinzento onde as declarações do novo ministro, Wellington Silva, repousam na expressão “sem modificações de imediato”. Também já se posicionou contra a redução da maioridade penal (projeto aprovado na Câmara e parado no Senado), aspiração da sociedade.

Paira a dúvida. Porque tanta celeuma no expurgo do ministro Cardozo. Para deixar como está? Clima tenso nas hostes do governo, temperado pela delação do Sen. Delcídio Amaral.

Ao que consta, a “presidenta” voou longe das comemorações de aniversário do PT em viagem estratégica ao Chile. Lula ficou à vontade no meio que domina. Mas, pretender desligar o petismo do governo central, bem como desvincular o criador Lula da criatura Dilma, é impossível no nível de corrupção nojenta que marcou a cor vermelha na camisa de um e no blazer da outra, quando aparecem nos palanques da “guerra” inflamada de verborragia. Desta feita, não juntos.

Se Lula deseja o impeachment para dar a volta por cima e salvar o PT, fica difícil pelo descrédito na sigla e o pouco tempo para se recompor face ao expressivo valor da corrupção, martelada diuturnamente nos ouvidos do cidadão. E no que mais sente, como custo de vida, desemprego e falta de assistência médica, agora agravada pelo descuido na eliminação do mosquito polivalente.

Desencanto de todos até dos que recebem bolsa família e sofrem diante do tempo das vacas magras impostas pelo petismo, na tentativa de sobreviver com tal migalha e assistir o fausto presente nos banquetes palacianos e no enriquecimento de parlamentares, governantes e ex-governantes.

Sítios, fazendas e mansões pontilham a vida dos impiedosos, egocêntricos e insaciáveis corruptos. A delação premiada com a devolução do produto roubado pode não ser tudo, mas é o início do arrependimento do mal provocado à sociedade no desempenho da função pública, com maior responsabilidade do que a exerce como empregado do povo.

A Polícia Federal não pode sair enfraquecida para livrar os bandidos da cadeia e o STF não pode ser puxadinho do PT, nem de outros partidos.
Título, Imagem e Texto: Ernesto Caruso, JusBrasil, 4-3-2016


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Um comentário:

  1. Vamos lá Brasil!!!
    Onde estão os jovens? São ou não o Futuro do País?
    Vamos, mostrem sua "Cara"!
    Vamos às Ruas!
    H Volkart

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