sábado, 21 de maio de 2016

'No pasa nada'

Não condenar a Venezuela também contribui para a 'estabilidade'.
João Pereira Coutinho
Venezuela: como foi possível? Pergunta retórica, atenção: quando vemos filas quilométricas para comprar qualquer coisa de básico; quando nos confrontamos com hospitais onde faltam os medicamentos mais primitivos; quando assistimos ao assassinato misterioso do líder da oposição; e quando lemos as declarações desesperadas dos portugueses residentes, temos que agradecer a Hugo Chávez, esse grande benemérito e amigo do nosso ‘engenheiro’, que apenas inaugurou o caminho para a colectivização da economia que Maduro aprofundou.

Com uma diferença: Chávez tinha petróleo caro para vender; Maduro, não. Perante isto, só se espera que o actual governo continue a ‘acompanhar’ a situação sem jamais condenar a destruição de um país pela mesma ideologia de que BE e PCP ainda comungam. A ‘estabilidade’ também passa por aqui: esquecer os 500 mil portugueses que lá vivem para não ofender as comadres. 
Título e Texto: João Pereira Coutinho, Correio da Manhã, 20-5-2016

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