Rafael Soares
A 81 dias dos Jogos Olímpicos,
o Rio convive com 15 guerras entre facções do tráfico e da milícia, que levam
medo à rotina de moradores de 21 bairros da cidade. Um levantamento feito pelo
EXTRA com base em registros de ocorrência, investigações da Polícia Civil e
relatos de PMs que trabalham nos batalhões dessas áreas revela que, nos últimos
dois meses, a cada quatro dias, em média, houve uma nova guerra entre
criminosos. Pelo menos 21 pessoas foram mortas e oito ficaram feridas nesses
ataques. E, no meio dos tiroteios, estão as arenas onde atletas do mundo todo
vão se apresentar nos Jogos: 12 dessas guerras acontecem a menos de oito
quilômetros de instalações olímpicas.
No episódio mais recente, ao
longo da última semana, bandidos de várias favelas dominadas pela maior facção
do tráfico do Rio se juntaram para invadir quatro comunidades ocupadas por uma
facção rival, na Zona Norte: Morro do Chaves, Proença Rosa, Jorge Turco e
Juramento — todas elas num raio de oito quilômetros do Complexo de Deodoro,
onde serão disputadas as provas de hipismo, ciclismo e canoagem nos Jogos.
Os confrontos têm, como
objetivo, a retomada de territórios que, ao longo de 2014, foram invadidos pela
facção rival a mando de Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, morto em 2015. Em
uma semana, as guerras deixaram nove mortos — três no Jorge Turco e seis no
Juramento. Os tiroteios também acontecem depois das invasões, quando a polícia
entra na favela: do total de vítimas, três vítimas foram baleadas em incursões
da PM.
Guerras entre traficantes
rivais também acontecem em Madureira e na Maré — onde um ataque na última
segunda-feira terminou com o mototaxista Rubens Vidal da Costa, de 32 anos,
morto —, na Zona Norte, e em Copacabana, no Leme e no Leblon, na Zona Sul. A
800 metros da arena onde será disputado o torneio do vôlei de praia, o
Chapéu-Mangueira foi alvo de diversos ataques de bandidos da vizinha Babilônia,
ocupada por outra facção, no fim de março. Num deles, no dia 19, seis bandidos
com roupas pretas, toucas ninja, três fuzis e três pistolas executaram dois
homens na favela. Tiroteios entre bandidos rivais também aconteceram entre
abril e maio na Cruzada São Sebastião, no Leblon, e no Tabajaras, em
Copacabana.
(...)
Leia a íntegra da matéria do
jornal EXTRA aqui.
Pode ter 20 guerras, 30, 40...
ResponderExcluirA cidade continua 'maravilhosa'... e em São Paulo "milhares de pessoas" vão tumultuar o trânsito na cidade contra Michel Temer, ops! CONTRA a falta de mulheres no ministério do presidente do Brasil!?...
Muito vergonhoso para um País tão lindo!!!
ResponderExcluirHeitor Volkart