“A geringonça impôs um
novo congelamento das rendas” e desistiu do “subsídio de renda para
os inquilinos com mais de 65 anos”. A acusação foi de Luís Montenegro,
durante o debate quinzenal desta quarta-feira.
O líder parlamentar do PSD
referia-se a mais uma reversão da geringonça, sobre a reforma do arrendamento
urbano. “A geringonça desistiu de implementar o subsídio de renda para os
inquilinos com mais de 65 anos ou com alto nível de incapacidade. Duplicou o
prazo para aplicar o novo regime ao arrendamento não habitacional. Restringiu
os critérios para facilitar as obras de restauro e reabilitação dos edifícios”,
afirmou.
Esta reversão tem como
consequência - da “inteira responsabilidade da maioria” - a diminuição
da atividade de reabilitação, da oferta de casas para arrendamento, o aumento
do preço para o arrendamento e a penalização de um setor de atividade que está
a crescer.
As dúvidas levantam-se: “O
que quer o Governo com este retrocesso? Que oportunidades quer criar? Que
dinamização do mercado de arrendamento e dos centros históricos quer
promover?”.
“Era importante que o primeiro-ministro
explicasse porque é que, por intermédio do Governo e da maioria, está a gerar a
desconfiança no mercado de arrendamento”, disse Luís Montenegro.
Na realidade, o mercado de
arrendamento também afeta os jovens que querem fixar-se nas terras para onde
vão à procura de uma oportunidade de emprego. Diz, igualmente, respeito a um
setor, o da construção civil, que também estava empenhado em promover a
reabilitação urbana, quer no contexto de recuperação do espaço urbano, quer na
sua própria atividade económica. Relaciona-se ainda com a dinamização de novos
setores, como o alojamento local.
Governo não leva a cabo
reformas, mas sim reversões
“Felizmente, desde 2013 que
o risco de pobreza está a diminuir, e queremos que se mantenha a diminuir”,
afirmou o líder da bancada laranja. No entanto, “não vamos conseguir
projetar um futuro melhor para o nosso País, para as pessoas, se não tivermos
capacidade de levar até ao fim as reformas estruturais necessárias para que
haja desenvolvimento e progresso, uma economia que absorva emprego”, acusou
Luís Montenegro.
Combater as desigualdades,
melhorar oportunidades e eliminar o risco de pobreza são desígnios nacionais
pelos quais todos se mobilizam, à exceção da atual maioria.
“O Sr. primeiro-ministro
falou em solidariedade geracional, uma matéria que nos é muito cara, porque
temos de ter sempre em atenção o que deixamos, para os que vêm a seguir a nós,
e que muitas vezes prejudicamos com as decisões que tomamos. Que o digam os
portugueses que sofreram, e ainda sofrem, desde 2011, com a falta de sentido de
solidariedade geracional que os governos de 2005 a 2011 tiveram na condução da
política económica e social do país”, relembrou o socialdemocrata.
António Costa disse ainda que,
na educação, foi possível desde 2000 começar um caminho de diminuição do
abandono escolar. Mas esse caminho foi travado em 2016, no primeiro ano da sua
governação. “Já que quer projetar os efeitos e consequências das políticas
públicas a médio e longo prazo, é uma oportunidade de ouro para perceber que a
política de reversões que tem levado a cabo, nomeadamente na educação, começa
já a produzir efeitos nefastos à vida das pessoas e aos jovens. Isto repete-se
em muitas outras áreas”, concluiu Luís Montenegro.
Título, Imagem e Texto: PSD, 12-4-2017
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