sábado, 9 de setembro de 2017

As Minorias Não São “Coitadinhos”

Cristina Miranda

Por culpa do marxismo cultural, hoje quando ouvimos falar em minorias associa-se de imediato a um grupo de “coitadinhos” escravizados, maltratados e segregados pela sociedade malvada, sem qualquer hipótese de igualdade social.  Por isso, estes pseudo-defensores destes grupos impõem que o Mundo inteiro se transforme de forma radical para que essas minorias se “sintam em casa” deixando de ser minorias, o que é profundamente ERRADO.  A verdade por trás disto não é a luta por direitos, mas sim a sobrevivência de uma ideologia morta que por não ter vingado junto do proletariado, procura alimento nestas minorias que quer fazer crescer para assegurar votos. Confuso? Eu explico.

Há minorias por todo lado. Se eu for para a África, eu sou minoria porque sou branca. Se eu for para um país nórdico, eu sou minoria porque não sou loira, nem alta, nem tenho olhos azuis. Se eu for para um país muçulmano sou minoria porque sou cristã. Se eu for trabalhar para as obras sou minoria porque sou mulher. Ou seja, somos minoria ou maioria consoante o sítio onde vivemos ou trabalhamos. Mas isso faz de mim uma coitadinha? Claro que não.

É normalíssimo que num determinado país ou local de trabalho, sintamos algum desconforto quando não pertencemos às maiorias. E até soframos com isso se essa maioria for constituída por pessoas parvas, incultas e com défice de formação cívica. Mas não é de todo a norma. Isso é falso. Pessoas boas e más há-as em todo o lado mesmo fazendo parte das maiorias. São aquelas que irão sempre segregar por alguma razão só porque sim. São idiotas malformados de berço que deambulam por aí ávidos de poder, protagonismo e espezinham tudo à frente, mais ainda se for alguém que pertence a uma minoria. Fiz-me entender?

Para exemplificar melhor, nada como contar aqui minha própria experiência como minoria quando meus pais estavam imigrados no Canadá. Apesar de ser branca fui vítima de segregação e bullying. Pasmem-se! Porquê? Ora porque era de origem portuguesa, falava uma língua esquisita, tinha um apelido impronunciável (no Canadá o meu apelido era o do meu pai, Gonçalves) que era uma risota coletiva sempre que a professora o pronunciava com sotaque do Quebeque (um horror), que a juntar a isso tinha olhos rasgados de chinesa logo considerado algo estranhíssimo (um europeu com mistela asiática), além de ser uma parola aos olhos dos outros pela forma provinciana como minha mãe me vestia. A minha infância nesse país foi marcada por muito sofrimento e revolta. Podia ter vestido o papel de vítima e aí passar o tempo a lamentar-me da minha má sorte. Podia. Mas não foi isso que aconteceu. 

Como reação à segregação que me impunham por ser “diferente”, resolvi lutar por um lugar de excelência na escola. Como não podia destacar-me pelo que aparentava, passei a destacar-me a nível intelectual. Foi essa a minha reação estratégica à agressão. E funciona.  Assim, logo no ano seguinte, na 2ª classe, começo a minha ascensão passando a integrar o grupo dos melhores alunos da turma, tendo-me tornado A MELHOR nos restantes anos. Ganhei o troféu de excelência várias vezes.  Um prémio entregue pelas mãos do próprio Diretor da escola que dava direito a ser exibido durante um mês em cima da minha mesa. Uma honra. Durante todos esses anos, de zero amigos, passo a ter tudo atrás de mim na escola, fosse para grupos de trabalho, teatro, equipas no desporto. Não me dispensavam. O resto do meu percurso profissional continuou com a mesma estratégia: ser sempre o melhor dos melhores em qualquer trabalho.

Nunca fui discriminada. 

Não estou aqui a minimizar os problemas de integração das minorias. É um facto. E será sempre assim. Mas não é por inverter o jogo, passando essas minorias por exemplo de gays, negros, ciganos ou mulheres, a maiorias que se resolvem os problemas de aceitação e integração social. Pelo contrário, está mais do que provado, que quando as minorias passam a maiorias, acabam por fazer exatamente o mesmo… às novas minorias. Veja-se o caso dos muçulmanos que já são dominantes nalguns países europeus onde impõem agora sua cultura e ideologias. Ou dos LGBT que já exigem um mundo sem género a partilhar as mesmas casas de banho.  Então em que ficamos?

A ajuda à integração passa em primeiro lugar pela educação em casa. Ensinar a aceitar os outros respeitando as diferenças. Aos governos, condições para que haja direitos e deveres iguais e fomentar a LIBERDADE INDIVIDUAL.  E depois, fazer cumprir. Claro. Porque sendo minoria ou maioria, TODOS DEVEM SER IGUAIS PERANTE A LEI. O que acontece de facto, é que a ideologia marxista teima em fraturar a sociedade dizendo que ser minoria é ser “coitadinho” logo não se pode exigir nada deles, nem os criticar, porque é racismo. São ELES que desta forma provocam a segregação. Que o diga André Ventura quando corretamente se pronunciou sobre certos ciganos que vivem à margem dos deveres de cidadania. Portanto, ser minoria exige de nós maioria que nos calemos sobre a inércia social deles. É errado. Isso apenas aumenta o problema não o diminui.

É com muita determinação e empenho que se vinga na vida independentemente do grupo a que se pertence. E é falso dizer-se que por pertencer a uma minoria, não se chega a lado algum. Um empresário pouco se importa se a pessoa é negra, gay ou mulher desde que seja bom naquilo que faz e cumpra rigorosamente com seu dever. A pergunta que devemos colocar é: mas esses fazem por isso ou apenas se excluem dizendo que não conseguem, vitimando-se e “coitadinhos” têm de recorrer a subsídios? Como empresária, tive todo o tipo de gente a trabalhar comigo. Nunca os distingui se não pela qualidade do seu trabalho. Tive muitas ofertas de emprego (muitas vezes sem conseguir mão de obra) mas nenhuma mulher se candidatou (na 1ª empresa que dirigi), nem ciganos. Negros, apenas um, em 20 anos. Não fui eu que não os escolhi. Eles é que não se candidataram.

As minorias não são coitadinhas. Não precisam de mais estímulos disto ou daquilo. Veja aqui Thomas Sowel, um negro, a desmontar as falácias sobre racismo e feminismo. Precisam isso sim de VONTADE de vingar e focar-se com empenho nesse objetivo. Que o diga Morgan Feeman (veja aqui e aqui) um negro bem sucedido como tantos outros doutras minorias. A origem do problema está na natureza humana que apesar de 50 anos de políticas de incentivos a populações negras nos EUA, por exemplo, tem no topo da tabela com melhores rendimentos, os asiáticos que nunca receberam qualquer apoio estatal. 

Esta é a realidade.
Título e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias, 8-9-2017

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