Cristina Miranda
Por culpa do marxismo
cultural, hoje quando ouvimos falar em minorias associa-se de imediato
a um grupo de “coitadinhos” escravizados, maltratados e segregados pela
sociedade malvada, sem qualquer hipótese de igualdade social. Por
isso, estes pseudo-defensores destes grupos impõem que o Mundo inteiro se
transforme de forma radical para que essas minorias se “sintam em casa”
deixando de ser minorias, o que é profundamente ERRADO. A verdade por
trás disto não é a luta por direitos, mas sim a sobrevivência de uma ideologia
morta que por não ter vingado junto do proletariado, procura alimento nestas
minorias que quer fazer crescer para assegurar votos. Confuso? Eu
explico.
Há minorias por todo lado. Se
eu for para a África, eu sou minoria porque sou branca. Se eu for para um país
nórdico, eu sou minoria porque não sou loira, nem alta, nem tenho olhos azuis.
Se eu for para um país muçulmano sou minoria porque sou cristã. Se eu for
trabalhar para as obras sou minoria porque sou mulher. Ou seja, somos minoria
ou maioria consoante o sítio onde vivemos ou trabalhamos. Mas isso faz de mim
uma coitadinha? Claro que não.
É normalíssimo que num
determinado país ou local de trabalho, sintamos algum desconforto quando não
pertencemos às maiorias. E até soframos com isso se essa maioria for
constituída por pessoas parvas, incultas e com défice de formação
cívica. Mas não é de todo a norma. Isso é falso. Pessoas boas e más há-as
em todo o lado mesmo fazendo parte das maiorias. São aquelas que irão sempre
segregar por alguma razão só porque sim. São idiotas malformados de berço que
deambulam por aí ávidos de poder, protagonismo e espezinham tudo à frente, mais
ainda se for alguém que pertence a uma minoria. Fiz-me entender?
Para exemplificar melhor,
nada como contar aqui minha própria experiência como minoria quando
meus pais estavam imigrados no Canadá. Apesar de ser branca fui vítima de
segregação e bullying. Pasmem-se! Porquê? Ora porque era de origem portuguesa,
falava uma língua esquisita, tinha um apelido impronunciável (no Canadá o meu
apelido era o do meu pai, Gonçalves) que era uma risota coletiva sempre que a
professora o pronunciava com sotaque do Quebeque (um horror), que a juntar a
isso tinha olhos rasgados de chinesa logo considerado algo estranhíssimo (um
europeu com mistela asiática), além de ser uma parola aos olhos dos outros pela
forma provinciana como minha mãe me vestia. A minha infância nesse país
foi marcada por muito sofrimento e revolta. Podia ter vestido o papel de vítima
e aí passar o tempo a lamentar-me da minha má sorte. Podia. Mas não foi isso
que aconteceu.
Como reação à segregação que me impunham por ser
“diferente”, resolvi lutar por um lugar de excelência na escola. Como não podia
destacar-me pelo que aparentava, passei a destacar-me a nível intelectual. Foi
essa a minha reação estratégica à agressão. E funciona. Assim, logo no
ano seguinte, na 2ª classe, começo a minha ascensão passando a integrar o grupo
dos melhores alunos da turma, tendo-me tornado A MELHOR nos restantes anos.
Ganhei o troféu de excelência várias vezes. Um prémio entregue pelas mãos
do próprio Diretor da escola que dava direito a ser exibido durante um mês em
cima da minha mesa. Uma honra. Durante todos esses anos, de zero amigos, passo
a ter tudo atrás de mim na escola, fosse para grupos de trabalho, teatro,
equipas no desporto. Não me dispensavam. O resto do meu percurso profissional
continuou com a mesma estratégia: ser sempre o melhor dos melhores em
qualquer trabalho.
Nunca fui
discriminada.
Não estou aqui a minimizar os
problemas de integração das minorias. É um facto. E será sempre assim. Mas
não é por inverter o jogo, passando essas minorias por exemplo de gays, negros,
ciganos ou mulheres, a maiorias que se resolvem os problemas de aceitação e
integração social. Pelo contrário, está mais do que provado, que quando as
minorias passam a maiorias, acabam por fazer exatamente o mesmo… às novas
minorias. Veja-se o caso dos muçulmanos que já são dominantes nalguns
países europeus onde impõem agora sua cultura e ideologias. Ou dos LGBT que já
exigem um mundo sem género a partilhar as mesmas casas de banho. Então em
que ficamos?
A ajuda à integração passa em
primeiro lugar pela educação em casa. Ensinar a aceitar os outros respeitando
as diferenças. Aos governos, condições para que haja direitos e deveres iguais
e fomentar a LIBERDADE INDIVIDUAL. E depois, fazer cumprir. Claro. Porque
sendo minoria ou maioria, TODOS DEVEM SER IGUAIS PERANTE A LEI. O que acontece
de facto, é que a ideologia marxista teima em fraturar a sociedade
dizendo que ser minoria é ser “coitadinho” logo não se pode exigir nada deles,
nem os criticar, porque é racismo. São ELES que desta forma
provocam a segregação. Que o diga André Ventura quando corretamente se
pronunciou sobre certos ciganos que vivem à margem dos deveres de cidadania.
Portanto, ser minoria exige de nós maioria que nos calemos sobre a inércia social
deles. É errado. Isso apenas aumenta o problema não o diminui.
É com muita determinação e
empenho que se vinga na vida independentemente do grupo a que se pertence. E é falso
dizer-se que por pertencer a uma minoria, não se chega a lado algum. Um
empresário pouco se importa se a pessoa é negra, gay ou mulher desde que seja
bom naquilo que faz e cumpra rigorosamente com seu dever. A pergunta que
devemos colocar é: mas esses fazem por isso ou apenas se excluem dizendo que
não conseguem, vitimando-se e “coitadinhos” têm de recorrer a subsídios? Como
empresária, tive todo o tipo de gente a trabalhar comigo. Nunca os
distingui se não pela qualidade do seu trabalho. Tive muitas ofertas
de emprego (muitas vezes sem conseguir mão de obra) mas nenhuma mulher se
candidatou (na 1ª empresa que dirigi), nem ciganos. Negros, apenas um, em
20 anos. Não fui eu que não os escolhi. Eles é que não se candidataram.
As minorias não são coitadinhas.
Não precisam de mais estímulos disto ou daquilo. Veja aqui Thomas Sowel, um negro, a desmontar as
falácias sobre racismo e feminismo. Precisam isso sim de VONTADE de vingar e
focar-se com empenho nesse objetivo. Que o diga Morgan Feeman (veja aqui e aqui) um negro bem sucedido como tantos outros doutras
minorias. A origem do problema está na natureza humana que apesar de 50 anos de políticas de incentivos a populações negras nos EUA, por exemplo, tem no topo da tabela com melhores rendimentos, os asiáticos que nunca receberam qualquer apoio estatal.
Esta é a realidade.
Título e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias, 8-9-2017
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