terça-feira, 27 de julho de 2010

Teerã persegue advogado de Sakineh

O advogado que estava a defender Sakineh Mohammadi-Ashtiani, uma mulher de 43 anos condenada à morte por adultério, encontra-se desaparecido desde ontem, após as autoridades de Teerão terem emitido um mandado de captura contra ele.
Mohammad Mostafai, que é também um militante dos Direitos Humanos, vira a sua mulher e o cunhado serem presos no sábado. Nos últimos dias fora chamado várias vezes à polícia, que ontem encerrou o seu escritório. Um site ligado à oposição, escrevia ontem que as forças de segurança tinham tentado prender o jurista no fim- -de-semana, mas sem sucesso.
O caso de Ashtiani foi julgado em 2006, sendo condenada à morte por apedrejamento. A sentença foi suspensa "por razões humanitárias", após uma série de protestos internacionais, argumentou no início um porta-voz judicial, "mas o veredicto mantém-se e é definitivo".
De acordo com Mohammad Mostafai, Ashtiani declarara-se culpada depois de ter recebido 99 vergastadas.
Os media iranianos revelaram então ter sido o responsável do sistema judicial, Sadeq Larijani, a suspender a execução.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, ontem reunidos em Bruxelas, aprovaram um duro pacote de sanções contra o Irão e o seu sector energético. Ficam desde agora interditos novos investimentos, assistência técnica ou transferências de tecnologia para a indústria petrolífera.
O objectivo é levar Teerão a regressar às negociações sobre o seu programa nuclear.
Diário de Notícias, 27-7-2010
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