Almir Papalardo
O Senado Federal com 81
senadores e a Câmara dos Deputados com 513 deputados, garantem com debates e
votações em plenário, que o Brasil mantenha, fortaleça e amplie a sua
soberania.
Deveria ser sempre assim
porque são muitos parlamentares, quase 600, número mais do que suficiente para
garantirem que não se cometam erros e equívocos na coordenação e manutenção das
leis, que possam ser prejudiciais para a população. Devem permanecer ativos e
vigilantes.
Contudo, até hoje, não se
compreende como foram capazes de cochilarem (ou será que foi programado?) ao
ponto de permitirem que fosse detonado um grande golpe contra um terço de
velhos e indefesos aposentados.
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Assassinato de César. Pesquisei, não consegui achar a autoria deste quadro |
O golpe indecoroso constitui-se
em deturpar o Artigo 2º - Inciso V - Irredutibilidade do valor dos benefícios
previdenciários, a preservar-lhes o poder aquisitivo, da lei 8213/91, preceitos
estes que já tinham sido determinados pela Constituição Federal de 1988 e
ratificado pelo Estatuto do Idoso.
Conseguiram passar uma
borracha naqueles Artigos, desvirtuando-os através de uma traidora votação,
desvinculando o aumento dos aposentados do reajuste do salário mínimo. Assim
tornaram legal uma prática imoral, que degrada ano a ano a aposentadoria do
cidadão brasileiro.
O dia em que houve aquela
degradante votação, os parlamentares que fizeram parte daquela vergonhosa
sessão plenária, deveriam ter decretado também feriado nacional, para o Brasil
comemorar aquele ato impatriótico, de gatunagem legalizada, de discriminação ao
aposentado, como o dia em que conseguiram calar Artigos da Constituição,
fazendo-os funcionar de modo inverso, ou seja: O de não permitir defasagens,
para permitir cortes absurdos no benefício dos aposentados, que hoje, já
amargam, uma perda superior a 70%, por conta daquele ato irresponsável e
incompetente.
Será que não existiam
congressistas de ampla visão política que enxergassem que absurda aprovação não
era o correto e que, futuramente, geraria uma grita desesperada entre os
aposentados atingidos? Será que não pressentiram que era uma solução momentânea
e que no futuro, tornando-se uma bola de neve, jamais poderia dar certo? Será
que usavam antolhos? Será que não enxergaram, que trabalhador nenhum, ativo ou inativo,
que chegou a receber 4, 5 ou 6 salários mínimos, jamais, por questão de
decência, poderia ter seus proventos reduzidos a apenas UM salário mínimo?
Vocês são políticos que pensam, ou tudo entregam ao deus-dará...?
Com a palavra o nosso Congresso
Nacional, que agora tem o dever de corrigir tamanha sandice, com sérios riscos
de tal impasse covarde, se continuar vigente, gerar uma crise social nada
confortável para o nosso Brasil, que deseja tornar-se uma potência mundial.
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