Empresa foi a única
escolhida pelo governo português para fazer oferta
Dono da companhia diz que está em contato com outros bancos; negócio ainda depende de análise de informações
Dono da companhia diz que está em contato com outros bancos; negócio ainda depende de análise de informações
Mariana Barbosa
O empresário German
Efromovich, dono da Avianca, único candidato escolhido pelo governo português
para fazer uma proposta de aquisição da TAP, afirma que não deve recorrer ao
BNDES para a concluir a operação.
"Não sei se precisa do
BNDES", disse à Folha. "Tenho recebido ligações de muitos bancos
querendo entrar na operação. A não ser que o BNDESpar demonstre interesse, mas
até agora não houve conversas nesse sentido."
O governo português
oficializou o convite para que Efromovich apresentasse uma proposta no último
dia 19, depois de eliminar outros dois concorrentes.
Com o convite, Efromovich
agora tem acesso às informações financeiras da TAP, empresa que acumula uma
dívida de € 1,2 bilhão.
"Estou bastante otimista
e esta operação faz todo sentido. Mas depende do que vou ver no 'data room'. Se
a gente não gostar do que olhar, não precisamos comprar."
Efromovich explica que se a
operação for adiante, o grupo Synergy, holding que concentra os negócios do
empresário em diversas áreas, abrirá uma empresa europeia. Por ser descendente
de poloneses, Efromovich está livre da restrição que exige nacionalidade
europeia para o controlador uma companhia aérea no continente.
O negócio levará à criação de
uma empresa que ainda é metade do tamanho de LANTAM, com pouco mais de US$ 7
bilhões de faturamentos, ante US$ 13,5 bilhões do grupo chileno-brasileiro.
Porém, o grupo de Efromovich,
passaria a liderar o mercado do Brasil para a Europa.
A operação também fortalece a
irmã caçula da Avianca TACA, a Avianca Brasil.
Como parte do grupo, a
empresa, que detém menos de 5% do mercado brasileiro, passaria a ter a sua
malha integrada à da TAP, o que lhe daria mais fôlego para abocanhar mais
rapidamente uma fatia maior.
O objetivo de Efromovich é
triplicar de tamanho no mercado brasileiro e ampliar a frota atual, de 34
aviões, para 40 até 2015. "Não tenho ambição de ter o tamanho que as
grandes têm no mercado brasileiro", diz. "Prefiro uma operação
doméstica enxuta, porém rentável."
FRASES
"Não tenho ambição de
ter o tamanho que as grandes têm no mercado brasileiro. Prefiro uma operação
enxuta, porém rentável"
"Tenho recebido
ligações de muitos bancos querendo entrar na operação"
German Efromovich, dono
da Avianca
Matéria de: Mariana Barbosa, Folha de São Paulo, 30-10-2012
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