Luciano Henrique
A análise de J. R. Guzzo, publicada
no blog de Augusto Nunes, é perfeita:
A fotografia que aparece foi tirada durante um encontro de estudantes
em Brasília, em novembro do ano passado, e mostra a presidente da União
Brasileira dos Estudantes Secundaristas, um desses grupos chapa-branca que se
apresentam ao público como “movimento social”, pregando num megafone. A foto
diz muito, ou talvez diga tudo, sobre a situação atual da luta de classes no
Brasil. A moça bonita (aliás, se fosse feia, nenhum fotógrafo iria perder seu
tempo com ela, não é mesmo?) que cavalga esse pobre-diabo é da classe dominante
─ basta olhar cinco segundos para a figura. O rapaz é da classe dominada ─ o “tipo
brasileiro”, ou “moreno”, desses que se encontram aos milhões na fila do ônibus
ou esperando a bondade de um atendimento na porta do hospital público. Estão
na posição em que sempre estiveram neste nosso Brasil, e que treze anos de
governo popular de esquerda comandado por Lula, Dilma e o PT não mudaram em um
milímetro: ela montada, ele servindo de montaria. Seus mundos não se comunicam
─ depois da manifestação, esgotada a utilidade que o homem do povo teve para a
garota da elite, ela retorna à sua classe, ele volta à sua periferia. Serve de
cavalgadura ─ é essa a sua função, e apenas essa. O que mais poderia mostrar
com tanta clareza quem está por cima e quem está por baixo? Ninguém planejou
para que as coisas ficassem assim, claro. Mas foi assim que ficaram.
Isto representa a
extrema-esquerda à perfeição.
Usando os pobres como massa de
manobra, aproveitam-se de um discurso fingido para conquistarem poder a partir
da criação de mais miséria. Continuarão fingindo defender os miseráveis, quando
na verdade somente lutarão para lhes tirar todas as opções enquanto mamam em um
estado inchado e tirânico.
Ao se orgulhar de aparecer em
uma foto montada nas costas de um cidadão humilde, Carina Vitral mostra como
despreza os desfavorecidos, que só lhe servem de montaria.
Texto lamentável!
ResponderExcluirTexto Lamentável, João Tosco Brocha? Eu diria que é um texto magnífico. Uma análise perfeita de como funciona a deplorável esquerda brasileira.
ResponderExcluirValentim Terra.