Luciano Henrique
Conforme lemos no Globo, o deputado Jair Bolsonaro foi vítima de uma
agressão absurda e imperdoável cometida no auditório Dante Barone, na
Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (AL-RS), em Porto Alegre, na tarde
desta terça-feira (26).
Uma divisão do movimento LGBT fez um “beijaço gay” e
jogaram purpurina no parlamentar. Chegaram até a causar violência, interferindo
na manifestação pacífica que apoiadores de Bolsonaro faziam pelo candidato.
Mais sobre os responsáveis pelo crime:
O “purpurinaço” foi organizado
pelo Levante Popular da Juventude e ocorreu antes do beijaço que terminou em
pancadaria no auditório Dante Barone da AL-RS. Uma militante do movimento, que
não quis se identificar, explica que a intenção era chamar a atenção para o
discurso “antidemocrático” do parlamentar. “Várias vezes ele ataca setores
deslegitimizados, como os homossexuais.”
Em nota, o movimento diz que
tinha intenção, também, de denunciar a “transfobia, a LGBTfobia, o machismo e o
racismo de Bolsonaro, cobrindo o deputado de purpurina e fazendo o chamado:
Levante e brilhe contra a transfobia”.
Segundo a militante, em torno
de seis pessoas participaram do movimento e depois se retiraram da Assembleia
Legislativa, sem presenciarem a confusão.
Pois bem.
Agora, a ironia da coisa:
desde o início de janeiro deste ano, uma parcela – talvez não autorizada pelo
candidato – da direita pró-Bolsonaro tem se dedicado à campanha verbalmente
violenta contra outros direitistas que tenham feito qualquer tipo de crítica a
Bolsonaro, discordado de sua posição ou até decidido se colocar como “neutro”
sem manifestar apoio a ele. Pessoas como Alexandre Seltz, Gil Diniz (Carteiro
Reaça), Allan dos Santos e alguns outros hoje dividem as pessoas entre amigos e
inimigos, colocando um dos critérios para determinar um inimigo a mera
discordância direitista quando a Bolsonaro.
Porém, nenhum desses
direitistas atacado por essa direita true fez um décimo do que o movimento LGBT
fez hoje contra o candidato que apoiam. Agora é que nós vamos ver a porca
torcer o rabo: será que a direita true pró-Bolsonaro – lembre-se que não
representam todos os eleitores de Bolsonaro – vai agir contra essa divisão do
movimento LGBT com a mesma contundência que manifestaram contra outros direitistas?
É isso que eu quero ver…
Aliás, depois do que o
movimento LGBT fez contra o Bolsonaro, encontra-se um precedente em qualquer
ação lançada por Chico Buarque contra quem o “ofendeu” na rua. Perto do que
fizeram com Bolsonaro hoje, Chico Buarque foi tratado com carinho.
Eu não compactuo com várias
posições de Bolsonaro, mas qualquer jornalista que não denunciar o ataque
contra Bolsonaro hoje com a mesma força utilizada para criticar o “ataque”
contra Chico Buarque tem problemas de caráter.
Título, Imagem e Texto: Luciano Henrique, Ceticismo Político, 26-1-2016
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