Gonzalo Guimaraens
1. Na Europa,
perspectivas de convulsões sociais, até recentemente consideradas inimagináveis
para a maioria da população, tornaram-se possíveis e até mesmo prováveis,
inclusive pelos espíritos mais otimistas.
O General André Blattmann alertou para iminentes convulsões sociais no
continente europeu, impulsionadas por movimentos terroristas
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2. Os sangrentos
ataques terroristas em Paris nos últimos dias de 2015 e as cenas de ataques
sexuais em massa em cidades da Alemanha — sobretudo em Colônia, na celebração
do Ano Novo — ante a impotência das autoridades, foram graves sinais de alerta
para os riscos sociais de caotização da Europa.
3. Um relatório do
Parlamento Europeu levanta a suspeita de que os terroristas de “Estado
Islâmico” já dispõem de armas químicas e biológicas, bem como os conhecimentos
científicos necessários para utilizá-las na Europa. O chefe do exército suíço,
General André Blattmann, em extenso artigo para o jornal do país “Schweiz am
Sonntag” [para ver o texto completo clique aqui], alertou para
iminentes convulsões sociais no continente europeu, impulsionadas por
movimentos terroristas.
4. Na América do Sul,
guardadas as devidas proporções políticas e psicológicas, as preocupações se
voltam para uma nação-gigante: o Brasil. Se este decisivo País sul-americano
continuar tropeçando, a crise política e econômica poderá ser acentuada,
incluindo a inflação descontrolada e o desemprego aumentando. Devido às
proporções do Brasil, o continente poderá ser contaminado pela crise, numa proporção
maior do que a Venezuela, Cuba, Equador e Bolívia juntos. Talvez não seja uma
coincidência que, nos primeiros dias do ano, movimentos de inspiração
anarquista e autogestionária — conhecidos como “Passe livre”, “Black-Blocks” e
outros — aproveitando-se do impopular aumento de tarifa no transporte público,
reapareceram nas ruas da capital paulista [foto ao lado] incitando atos
de violência e vandalismo, como já tinham feito em junho de 2013. Parece
evidente que esses movimentos anárquicos estão fazendo um teste para verificar
potenciais combustibilidades sociais, assim como a possibilidade de eventuais
reações ou a apatia do público centrista.
5. Os mencionados
grupos anarquistas “black-bloquistas” começaram a se articular há muitos anos
no “Fórum Social Mundial” de Porto Alegre, como eles têm confessado; e agora
contam com a possibilidade de estabelecer alianças com novos movimentos
estudantis, aparentemente “espontâneos”, que em São Paulo obrigaram o
governador Alckmin a recuar no seu projeto de reforma estudantil. Tais alianças
poderiam abranger também as novas esquerdas “gramscianas”, as correntes
eco-revolucionárias, as velhas e extremas-esquerdas sindicais, os movimentos
“sem-terra” e “sem-teto”, bem como os remanescentes da “Teologia da Libertação”.
6. Pelo menos como
hipótese, poder-se-ia levantar a pergunta sobre um possível eixo psicológico
que passaria a retroalimentar vandalismos extremistas na Europa e eventuais
vandalismos anarquistas junto com a extrema-esquerda no Brasil, no caso em que
a situação política, social e econômica de ambos os lados do Atlântico continue
a deteriorar-se. No Brasil, a extrema-esquerda empurraria o governo de esquerda
para acelerar uma “chavização” ou “cubanização” do País. A meta revolucionária
seria ir obtendo, à medida que o público tolere, a fragmentação e caotização
dos respectivos países atingidos.
Título e Texto: Gonzalo
Guimaraens.
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