“Nossas comunidades clandestinas são inexistentes aos olhos do governo.
Mas, o próprio Vaticano não as leva em conta nas negociações. Isso é uma
concessão a um pedido do Partido [comunista] Chinês? Para salvar a situação,
aqueles irmãos e irmãs são abandonados? Mas eles são os membros saudáveis da
Igreja! […] No último mês de setembro, alguns dos fiéis de Shanghai que
passaram um longo tempo na prisão foram a Roma, acompanhados de seus
familiares, para comemorar o 60º aniversário do início da Grande Perseguição,
de 8 de setembro de 1955. Disseram-lhes:
'Não chamem muita
atenção para vocês mesmos, o passado é passado, devemos olhar para o futuro!’.
[…] O que me preocupa é a visão de nosso ilustre Secretário de Estado,
ainda intoxicado pelo milagre da Ostpolitk. Ano passado, em um elogio ao
Cardeal Casaroli, ele aplaudiu o fato de que seu predecessor foi bem sucedido
em garantir a existência da hierarquia católica nos países comunistas do Leste
Europeu. Ele afirmou, ‘ao escolher candidatos ao episcopado, escolhamos
pastores, não pessoas que sistematicamente se oporão ao regime, que agem como
gladiadores, que adoram fazer um grande estardalhaço no cenário político’.
Eu imagino, quem o Cardeal Parolin tem em mente quando faz essa descrição? Temo
que ele estivesse pensando no Cardeal Wyszynski, Cardeal Mindszenty
e Cardeal Beran. Mas, estes foram os heróis que defenderam a fé de
seu povo com coragem! […]
Quando os Santos Inocentes foram assassinados, o Anjo disse a José que
levasse Maria e Seu Filho a um local seguro. Hoje, pelo contrário, nossos
diplomatas provavelmente aconselhariam José a ir dialogar com Herodes!”.
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