André Azevedo Alves
Sem grande surpresa (e sem
qualquer vergonha), a extrema-esquerda portuguesa solidariza-se com Lula, Dilma
e o PT. Do Partido Comunista ao sociólogo Boaventura Sousa Santos.
Por altura da reeleição de
Dilma Rousseff, tracei um prognóstico muito reservado para o seu segundo mandato e para o futuro a curto e
médio prazo do Brasil. Desde então, infelizmente, Dilma e o PT não corrigiram o
rumo e a situação política, económica e social – como seria de prever –
continuou a deteriorar-se. Se a crise económica no Brasil assume uma dimensão
preocupante, mais grave ainda é o estado de degradação ética a que chegou a
política brasileira.
Em 1988, Luiz Inácio Lula da
Silva afirmava: “No Brasil é assim: quando um pobre rouba, vai
para a cadeia. Quando um rico rouba, vira ministro”.
Em 2016, o mesmo Luiz Inácio
Lula da Silva, confrontado com o seu envolvimento na Operação Lava Jato é
nomeado por Dilma Rousseff como novo ministro da Casa Civil, com o objectivo
evidente de beneficiar do “foro privilegiado” associado ao cargo.
Ao nomear Lula, Dilma incorre
em duas implicações políticas inescapáveis. A primeira é associar
definitivamente o seu próprio futuro político ao de Lula. Se a ligação entre os
dois já era forte, agora ela passou a ser indissociável. A segunda é deixar
claro o ascendente do próprio Lula sobre si. Só assim é compreensível que a
Presidente manche indelevelmente o seu mandato para satisfazer o seu antecessor.
Sem grande surpresa (e sem
qualquer vergonha), a extrema-esquerda portuguesa solidariza-se com Lula, Dilma
e o PT. Assim, o Partido Comunista Português condena uma
suposta “intensa operação de desestabilização e de cariz golpista” e
manifesta-se “solidário com as forças progressistas brasileiras”. Por sua vez,
o sociólogo Boaventura Sousa Santos – um dos expoentes máximos da hegemonia da
esquerda radical no sombrio panorama académico lusófono – classifica o movimento de contestação popular ao PT e
de revolta contra a corrupção como “uma destabilização perigosa” que “configura
um golpe parlamentar”, culpando (como não poderia deixar de ser) os EUA pelo
que está a acontecer no Brasil.
É pertinente assinalar e
registar para memória futura a incondicional militância petista da
extrema-esquerda portuguesa, mas é mais importante ainda compreender que a
situação actual é verdadeiramente de alto risco para o Brasil. Um dos maiores
dramas da actual crise brasileira é, como bem aponta Manuel
Villaverde Cabral, que não se perspectiva no sistema partidário do Brasil uma
alternativa consolidada capaz de destronar o PT e recolocar o país numa
trajectória de regular funcionamento das instituições e de desenvolvimento
económico. Ainda assim, neste contexto, e perante os ataques contra a
independência do poder judicial e o descambar da credibilidade das instituições
políticas da principal potência da América do Sul, é difícil perspectivar uma
solução que não passe pela saída de Dilma Rousseff da presidência. Resta
esperar que essa saída se possa processar de forma pacífica e que possibilite
salvaguardar o Estado de Direito no Brasil.
Título e Texto: André Azevedo Alves, Professor do Instituto
de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, Observador,
19-3-2016
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As manifestações a favor do governo usaram o slogan: “em defesa da democracia”.
ResponderExcluirMas na verdade eram manifestações “em defesa do socialismo” e da roubalheira, da falta de caráter e de vergonha.
Só que eles fogem da palavra socialismo como o “diabo foge da cruz”.
E a Dillma, o Lulla e o PT querem o socialismo de extrema-esquerda, onde, como se percebeu nas gravações, um homem semialfabetizado quer mandar no Ministério Público, no superior tribunal de justiça, no supremo tribunal federal, e se não fazem o que ele quer: estão acovardados. Será que a min. Weber terá co...., para olvidar as provas, e o seu conhecimento jurídico e violentar as Leis e a Constituição Federal e sua própria consciência? O Lulla pediu para a Dillma falar com ela.
Dillma, Lulla e PT querem continuar enganando o povo brasileiro menos esclarecido, e continuar sangrando o dinheiro público brasileiro, para seus interesses particulares, ideológicos e do Partido, PARA PERPETUAÇÃO NO PODER e fortalecimento do socialismo bolivariano no mundo.
Querem dizer que se a Dillma cair vai terminar o pagamento do Bolsa Família, o que é mentira, uma vez que esse Programa foi instituído por Lei.
ANTONIO AUGUSTO - RIO
god will justice!!!
ResponderExcluirass: mash thunder.