domingo, 16 de abril de 2017

Amigos, não haverá Terceira Guerra Mundial

Rafael Rosset

O Carl Vinson [foto], porta-aviões que os EUA mandaram para o Mar do Japão, é um de uma frota de dez. Tem uma tripulação de 6 000 homens e transporta até 90 aeronaves. Basicamente, toda a aviação de caça da FAB, excluídos os turboélices, cabe nesse único porta aviões. Toda a força de ataque do Carl Vinson pode estar no ar em menos de 45 minutos. Os reatores nucleares dele têm o dobro da potência de Angra-1.

31 de maio de 2015, foto: Eric Coffer/Marinha dos EUA
Para comparação, a Rússia tem um porta aviões. A China tem dois, sendo um deles uma sucata soviética. O Brasil tinha um, o São Paulo, uma velharia francesa da década de 60, que passou dez anos em reformas e foi sucateado pela Marinha há dois meses.

A gente se acostumou tanto nos últimos oito anos com uma América fraca e covarde, que perdemos o senso de proporção. Trump jogou uns mísseis no quintal da Rússia e teve gente que começou a estocar água, mas o Putin, que era o dono do mundo há seis meses, foi comprar cigarros e ainda não voltou. França e Alemanha, lideradas por políticos progressistas que fizeram cara de nojo para o Trump, já falaram "tamo junto" assim que as primeiras bombas explodiram na Síria. A Rússia está numa pindaíba comparável à nossa, com o agravante de que dois terços do que eles exportam é petróleo e gás natural para países da OTAN.

Os EUA mandam o strike group 1 inteiro para a península coreana, e ontem pela primeira vez os norte-coreanos fizeram a sua parada militar em homenagem a Kim Il-Sung SEM um representante chinês. Nas últimas semanas a China endureceu o discurso contra os norte-coreanos, e posicionou cento e cinquenta mil soldados na fronteira com a Coreia do Norte. Eles não estão lá para defender a Coreia do Norte de um ataque americano, eles estão lá para, se necessário, invadir a Coreia do Norte. Setenta por cento da economia chinesa é atrelada à dos EUA, e o lema deles é "faça comércio, não faça guerra (com os EUA)".

Você pode até ter birrinha contra os EUA (contra o Trump), mas eles estão esticando os músculos e não existe absolutamente nada que possa impedi-los. Você pode achar que o mundo não precisa de uma polícia na forma de uma nação, mas eles assumiram esse papel e têm os meios para tanto, e, sinceramente, é (muito) melhor que sejam eles do que algum califa usando gás sarin, algum gordinho complexado e nuclearizado, ou alguma organização globalista com uma agenda oculta.
Título e Texto: Rafael Rosset, 15-4-2017 
Via Vitor Grando

3 comentários:

  1. Claro que não haverá? E por que haveria de haver? Ah, entendi: porque o Trump ganhou as eleições e é presidente dos EUA! E ele, o Trump, tem que ser um amoroso banana (eunuco, então, será a glória!) e ‘respeitar’ o glorioso líder, o bem-amado, líder inconteste, luz do povo, maior líder mundial que TANTO faz pela prosperidade, alegria e felicidade do povo norte-coreano! É só contar as trágicas tentativas dos ‘refugiados’ em alcançar esse bendito país!
    Portanto, e em glória a esse palhaço (Ó, perdão! O palhaço é o outro), arregacemos as mangas e baixemos as calças. Viva o Sung! Abaixo o Trump!

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    1. Agora, em um outro registro: não, a Rússia não vai defender o Sung!
      Nem a França, nem a Alemanha, nem a Grã-Bretanha, nem a Espanha... o único país europeu que defenderá o ditador coreano será... Portugal. Pode escrever!

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    2. E não, a China não se colocará ao lado da Coreia do Norte para... bombardear Nova Iorque!

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