Rafael Rosset
O Carl Vinson
[foto], porta-aviões que os EUA mandaram para o Mar do Japão, é um de uma frota
de dez. Tem uma tripulação de 6 000 homens e transporta até 90 aeronaves.
Basicamente, toda a aviação de caça da FAB, excluídos os turboélices, cabe
nesse único porta aviões. Toda a força de ataque do Carl Vinson pode estar no
ar em menos de 45 minutos. Os reatores nucleares dele têm o dobro da potência
de Angra-1.
31 de maio de 2015, foto: Eric Coffer/Marinha dos EUA |
Para comparação, a Rússia tem
um porta aviões. A China tem dois, sendo um deles uma sucata soviética. O
Brasil tinha um, o São Paulo, uma velharia francesa da década de 60, que passou
dez anos em reformas e foi sucateado pela Marinha há dois meses.
A gente se acostumou tanto nos
últimos oito anos com uma América fraca e covarde, que perdemos o senso de
proporção. Trump jogou uns mísseis no quintal da Rússia e teve gente que
começou a estocar água, mas o Putin, que era o dono do mundo há seis meses, foi
comprar cigarros e ainda não voltou. França e Alemanha, lideradas por políticos
progressistas que fizeram cara de nojo para o Trump, já falaram "tamo
junto" assim que as primeiras bombas explodiram na Síria. A Rússia está
numa pindaíba comparável à nossa, com o agravante de que dois terços do que
eles exportam é petróleo e gás natural para países da OTAN.
Os EUA mandam o strike group 1 inteiro para a península
coreana, e ontem pela primeira vez os norte-coreanos fizeram a sua parada
militar em homenagem a Kim Il-Sung SEM um representante chinês. Nas últimas
semanas a China endureceu o discurso contra os norte-coreanos, e posicionou cento
e cinquenta mil soldados na fronteira com a Coreia do Norte. Eles não estão lá
para defender a Coreia do Norte de um ataque americano, eles estão lá para, se
necessário, invadir a Coreia do Norte. Setenta por cento da economia chinesa é
atrelada à dos EUA, e o lema deles é "faça comércio, não faça guerra (com
os EUA)".
Você pode até ter birrinha
contra os EUA (contra o Trump), mas eles estão esticando os músculos e não
existe absolutamente nada que possa impedi-los. Você pode achar que o mundo não
precisa de uma polícia na forma de uma nação, mas eles assumiram esse papel e têm
os meios para tanto, e, sinceramente, é (muito) melhor que sejam eles do que
algum califa usando gás sarin, algum gordinho complexado e nuclearizado, ou
alguma organização globalista com uma agenda oculta.
Título e Texto: Rafael Rosset, 15-4-2017
Via Vitor Grando
Claro que não haverá? E por que haveria de haver? Ah, entendi: porque o Trump ganhou as eleições e é presidente dos EUA! E ele, o Trump, tem que ser um amoroso banana (eunuco, então, será a glória!) e ‘respeitar’ o glorioso líder, o bem-amado, líder inconteste, luz do povo, maior líder mundial que TANTO faz pela prosperidade, alegria e felicidade do povo norte-coreano! É só contar as trágicas tentativas dos ‘refugiados’ em alcançar esse bendito país!
ResponderExcluirPortanto, e em glória a esse palhaço (Ó, perdão! O palhaço é o outro), arregacemos as mangas e baixemos as calças. Viva o Sung! Abaixo o Trump!
Agora, em um outro registro: não, a Rússia não vai defender o Sung!
ExcluirNem a França, nem a Alemanha, nem a Grã-Bretanha, nem a Espanha... o único país europeu que defenderá o ditador coreano será... Portugal. Pode escrever!
E não, a China não se colocará ao lado da Coreia do Norte para... bombardear Nova Iorque!
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