Não, o título não é meu,
encontrei-o no suplemento “gps” da revista Sábado, edição deste final de
semana.
E copiei umas respostas dele
para dividir com vocês, com a esperança que você, generoso leitor, consiga me
acalmar e calar o meu “Vai te lixar, Gregório!”.
Vejamos o que disse Duvivier.
A sua ligação à política é anterior ao Porta dos Fundos. Militou em
algum partido?
Nunca fui filiado, mas para
mim a política é quase uma obrigação. Ser neutro é como estar do lado do
congresso, que é fascista.
Fascista? Desde quando?
Vem de trás. Tivemos uma
ditadura militar, que caíu mas ninguém foi investigado. A gente tem
torturadores confessos, do tempo da ditadura, que nunca foram punidos e que
volta e meia até dão nome a ruas. E ouvimos gente dizer que tem saudades da
ditadura. Isso acontece porque ninguém fez o suficiente para melhorar o país.
Ninguém foi responsabilizado, os torturadores estão à solta e as autoridades
abusam do poder! Desde adolescente que me sinto revoltado com a corrupção, que
sofri na pele.
Sofreu como?
A primeira vez que fumei maconha
levei porrada da polícia. Era o meu primeiro baseado (charro), tinha 14 anos.
Que azar, ser apanhado.
Parece, não é? Mas a verdade é
que é raro o brasileiro que nunca tenha tido algum tipo de problema com a
polícia. E eu até sou um privilegiado homem e branco, classe média do Rio de
Janeiro. Imagine o que fazem aos negros pobres do interior!
Fez queixa?
Não fiz nada. As pessoas de fora não entendem, mas a violência policial no Brasil é normal, faz parte do quotidiano. Não ocorre a ninguém denunciá-la, porque ninguém acredita que valha a pena.
Não fiz nada. As pessoas de fora não entendem, mas a violência policial no Brasil é normal, faz parte do quotidiano. Não ocorre a ninguém denunciá-la, porque ninguém acredita que valha a pena.
O Brasil tem, então, uma democracia de fachada?
Sim, porque é governado por um
congresso formado na maioria por homens brancos, velhos e conservadores, que
não refletem a diversidade do povo brasileiro: não tem negros, nem gays, nem
ateus… e tem muito poucas mulheres. É a essas minorias que tento dar voz com as
minhas ideias.
(…)
Vamos lá!
O Congresso é fascista? Por
quê? O que sabe ele sobre fascismo?
Este pobre homem nasceu em
1986! O que ele viveu de… ditadura? Ele tinha três anos de idade quando
Fernando Collor de Mello foi eleito DEMOCRATICAMENTE (está na moda o advérbio).
E continua “Desde adolescente
que me sinto revoltado com a corrupção, que sofri na pele”. Que corrupção? E
ele responde que levou porrada da polícia quando tinha 14 anos. Isso foi em
2000. O que isso tem a ver com a corrupção?! Efeitos do fumacê?
Eu tenho 65 anos. Nunca tive ‘algum
tipo de problema com a polícia’, fosse ela do Brasil, dos Estados Unidos, de
Portugal...
E não, é mentira que a ‘violência
policial no Brasil é normal’! O que é NORMAL no Brasil é a violência contra o
cidadão: ele morre por uma bicicleta, ele morre por um telefone celular… e
morre à porta ou no corredor de um hospital público!
E não, quem governa o
Brasil (por enquanto) é o Partido dos Trabalhadores, desde janeiro de
2003. O Congresso (Câmara dos Deputados e Senado Federal) legisla, ó maluco!
Aliás, tem aprovado muitas propostas do Governo! Tem sido mais subserviente do
que independente.
E sim, as minorias estão
representadas no Congresso Nacional. Estão representadas proporcionalmente ao
que são: minorias!
Tem negros. A menos que o senador Paulo Paim seja azul.
Tem gays. Alguns, imagino, não representam com dignidade essa minoria. Pelo contrário, agem e se comportam como se estivessem em cima daquele carro carnavalesco…
Tem poucas mulheres?! Por que
deveria ter mais? As que lá estão não são suficientes, quero dizer, não chegam
para “representar” as mulheres?! Ó incompetentes! Ouviu, Gleisi Hoffmann?
Escutou, Fátima Bezerra?...
Não tem ateus? Como sabe disso
este proverbial e providencial e abnegado brasileiro de gema? Está muito certo
ele quando afirma que “é a essas minorias que tento dar voz com as minhas
ideias.” Pois que continue…
Tem um programa "Cidade Alerta" na Record... assistindo agora... é uma pequena amostra da violência urbana, neste caso, no Rio de Janeiro.
ResponderExcluirO cara que arrasta a policial municipal para a floresta da Tijuca... o taxista que, assaltado, bate em um poste da Light... A VIOLÊNCIA normal no Brasil para esfregar nas fuças de Duvivier...