segunda-feira, 30 de abril de 2012

The Economist considera Hollande perigoso para a Europa

"O programa de Hollande parece muito pobre na hora de responder a isto, especialmente levando em consideração que os vizinhos da França têm realizado verdadeiras reformas", afirma a revista, antes de completar que o candidato socialista 'fala muito de justiça social, mas quase nada da necessidade de criar riqueza comum'".
A eleição de François Hollande como presidente da França seria negativa para o país e para a Europa, afirma a influente revista britânica The Economist, que chama o candidato socialista de "perigoso" na capa.

Em um editorial mordaz, a revista destaca que se tivesse a oportunidade votaria no atual presidente conservador e candidato à reeleição, Nicolas Sarkozy, no segundo turno de 6 de maio – "não tanto por seus méritos, mas para manter Hollande fora".
O texto também ressalta a necessidade de reformas na França. "A dívida pública é elevada e segue crescendo, o governo leva mais de 35 anos sem excedente orçamentário, os bancos estão subcapitalizados, o desemprego é persistente e corrosivo e, com 56% do PIB, o peso do Estado francês é maior ao de qualquer país do euro."
"O programa de Hollande parece muito pobre na hora de responder a isto, especialmente levando em consideração que os vizinhos da França têm realizado verdadeiras reformas", afirma a revista, antes de completar que o candidato socialista 'fala muito de justiça social, mas quase nada da necessidade de criar riqueza comum'".
O deputado socialista Michel Sapin, coordenador do programa presidencial de Hollande, respondeu nesta sexta-feira em uma entrevista à rádio Europe 1 que a revista é "conhecida" por ser "antifrancesa e antissocialista" e preferiu recordar o jornal Financial Times, que destacou a necessidade de promover o crescimento na Europa, como defende o socialista.
Texto: revista Veja, 02-05-2012 

Well... a revista pode até ser antifrancesa, mas... antissocialista?! Me poupe!! Pimenta no c... dos outros é refresco!

Recordar Miguel Portas




Pessoalmente não o conhecia e discordava das ideias expressas. Pela unanimidade nos elogios fúnebres, recorri a Millôr
“A ocasião em que a inteligência do homem mais cresce, sua bondade alcança limites insuspeitados e seu carácter uma pureza inimaginável é nas primeiras 24 horas depois da sua morte.”
Alberto de Freitas

1º de maio: "É hora de sair e mostrar que o Brasil é nosso..."

Amigos, estamos vendo, estarrecidos, os costumeiros escândalos que envolvem não só o PT mas também outros partidos e órgãos públicos. Figurinhas marcadas e conhecidas estão a todo tempo aparecendo num ou outro escândalo de dinheiro e/ou traficando influência de bandidos nos Três Poderes. Não devemos nos encolher, muito pelo contrário, é hora de sair e mostrar que esta casa (Brasil) é nossa e que todos pagarão por suas mazelas e obsessão desregrada de poder e enriquecimento ilícito em razão da pobreza e humilhação a que submetem o povo brasileiro. Lembrem, dia 1º de maio todo e qualquer cidadão que ainda tiver sangue e dignidade nas veias deve participar de alguma manifestação. Não vale subir no palco das centrais sindicais e assistir a show, pois isso é enrolaçao e disso já estamos há muito sofrendo. Claro que democracia é boa quando o governo passa a perna na gente e diz que é democrático o direito de errar. Mas queremos cadeia para governantes, cadeia pra ex-presidentes, juizes, policiais corruptos e para empresários safados.
VAMOS ÀS RUAS!
CHAMEM SEUS AMIGOS, SEJAMOS FORTES E PERSISTENTES. 
VAMOS À LUTA!!
Dayse Mattos, 30-04-2012 
 
CONVIDA Você:
Ex-trabalhador da Varig, Aposentado e Pensionista Aerus, Familiar e Amigo:
1º de Maio, 11h, Cinelândia- Rio de Janeiro

Dia seguinte

As capas do dia seguinte:


Desabafo da Rosa: “as sextas treze do senhor mariano”

e o meu primo hildegardo bem tem razão quando diz que o senhor passos é ultraneoliberal e que como se sabe são as pessoas que fazem tudo à balda e ao contrário do senhor mariano de espanha que pimba é só às sextas-feiras e enquanto por cá é ao calhas e qualquer dia é bom para pimba e mais uma reforma e à vezes é pimba pimba pimba pimba de reformas num só dia e até parece um desejo da minha patroa que se lastima que cá em casa não é só o pibe que precisava de crescer e que se o meu patrão continua com a austeridade e ela ainda emigra e prantes que não perco esta maldita mania de meter no meio dos desabafos as crises cá de casa e prantes 

Como os esquerdeiros solapam a liberdade na internet...

Cuidado! Há sempre um petista na rede tentando molestá-lo. Ou: Como o PT solapa a liberdade na Internet para agredir os indivíduos livres, a imprensa e a oposição. É a SA nazista do mundo virtual
Reinaldo Azevedo
Vocês conhecem a MAV? É a sigla de um troço chamado “Mobilização em Ambientes Virtuais”, criada pelo PT. Em vez de eu os definir, prefiro que eles mesmos o façam. Na página no MAV-SP, dizem como surgiram e quem são. Leiam (em vermelho). Volto depois:
Quem são os militantes em ambientes virtuais do PT? Como eles atuam, como surgiu o MAV?
Responder estas perguntas nos remete as eleições de 2008 e 2010. A internet foi ganhando um espaço cada vez mais significativo dentro do processo eleitoral. Diversas informações surgiam e ganhavam força nas redes sociais.
O PT virou alvo de ataques, mentiras se propagavam nas redes de forma avassaladora e para combatê-las um grupo de militantes de diversas regiões de SP se uniram e fizeram um trabalho de defesa principalmente da nossa Presidenta Dilma e do nosso então candidato a Governador Mercadante, vitimas de mentiras e armações da oposição.
Diversas ações foram realizadas pelos militantes virtuais no twitter, facebook, Orkut, emails sites e blogs.
Este grupo cada vez mais unido decidiu se organizar de forma a defender o nosso Partido, a levar informações aos usuários das redes sociais, e mostrar a força da militância Virtual.
Voltei
Agora vamos vê-los sem o olhar benevolente que deitam sobre si mesmos. Trata-se de um grupo organizado pelo partido para policiar a rede. É por isso que os “defensores do PT e do governo” estão em todos os portais, sites noticiosos, blogs e redes sociais. Seu interesse, obviamente, não é levar informação a ninguém. Como deixa claro a sua carta de intenções, o objetivo é combater “as mentiras e armações da oposição”. Entenda-se: “mentiras e armações” são todas as informações e opiniões de que eles não gostam. Já as coisas de que gostam são, naturalmente, “verdades e revelações”.
A oposição é apenas um de seus alvos. O outro é o jornalismo independente. Desde que chegou ao poder, o PT encetou várias ações para tentar censurar a imprensa. Duas delas foram mais descaradas: a proposta de criação do Conselho Federal de Jornalismo e a introdução de mecanismos de restrição à liberdade de pensamento no Plano Nacional de Direitos Humanos. A sociedade rejeitou as duas coisas. Isso não quer dizer que o partido tenha se dado por satisfeito e se conformado em viver num país em que informação e opinião são livres.
Na Internet, no jornalismo impresso e também na TV, ex-jornalistas tiveram a pena alugada pelo petismo para agredir lideranças da oposição e, ainda com mais energia, a imprensa. Tentam desacreditá-la para dar, então, relevo às verdades do partido. Alguém poderia dizer: “Até aí, Reinaldo, tudo bem! Eles estão fazendo a guerra de opinião”. Não está tudo bem, não! Esse trabalho é financiado com dinheiro público — sejam verbas do governo federal e de governos estaduais ou municipais do partido, sejam verbas de estatais. Vale dizer: é o dinheiro público que financia uma campanha suja que é de interesse de uma legenda.

A Revolução é nossa!

Pedro Fernandes Antunes

O 25 de Abril foi um golpe de estado, iniciado por militares descontentes com a guerra colonial. Foi sustentado pelo povo que tinha a liberdade como objectivo

Imagem: Alfredo Cunha/Lusa
Qualquer pessoa com dois dedos de testa e um livro de história de Portugal minimamente actualizado percebe que foi a ditadura fascista que empobreceu o país e os seus cidadãos.

Só pessoas que tinham o seu estatuto a depender do regime fascista são saudosistas. Ou pessoas que acham que em tempos difíceis nos devemos virar para modos de vida mais simples... Como se na ditadura os tempos fossem simples em vez de simplórios. É uma espécie de nostalgia 1.0, hoje completamente obsoleta e consequência de falta de conhecimento e desinformação perpetuada pelos privilegiados da ditadura.

No seu discurso do 25 de Abril o Presidente da República falou da desinformação acerca de Portugal e da necessidade de informar o exterior acerca das qualidades do nosso país. Não vou tocar na falta de respeito demonstrada por alguns deputados à figura que é o representante de todos os portugueses. Também não vou pegar na espécie de nostalgia 2.0 das “Via Verde” e dos cartões pré-pagos do discurso.

O que me interessa são todas as desinformações internas perpetuadas acerca do que é socialismo (não funciona na prática independentemente do que se achar da teoria), do que é comunismo (na prática uma forma de fascismo sem corporativismo) do que foi o salazarismo (período de embrutecimento do povo português), da influência das “famílias” na economia (existe mas não é de longe tão grande nem tão negativa como se fala na rua), da influência da igreja católica na sociedade (existe e é favorecida, apesar de sempre ter apoiado os mais variados regimes fascistas), do que é liberalismo (o Estado deve interferir o mínimo possível na economia e sociedade), do que significa viver em democracia (respeito pelas instituições e vigilância constante).

A insólita inversão

João César das Neves
A relevância da homossexualidade na nossa sociedade é surpreendente. Um assunto do foro privado, igual ao que sempre foi, saltou para o centro da actualidade. Mais estranha ainda a inversão de atitude. De prática condenada e repudiada passou a algo que todos se esforçam por considerar normal. Aliás, qualquer outra avaliação é inaceitável.
É verdade que, apesar dos importantes avanços na tolerância, ainda se encontram aí casos graves de discriminação e violência que devem ser denunciados e resolvidos. Mas no meio de tantos problemas sociais, económicos e políticos, vivendo-se fortes conflitos de muitos tipos, é inusitada a atenção e a inversão.
Um paralelo resolve a estranheza. O horror nazi ensinou ao Ocidente a suprema injustiça do racismo. Alguém que é desprezado por ser judeu, mulher ou negro sofre por algo inevitável, que não depende da sua escolha. Mas isso é muito diferente da crítica contra atitudes pessoais, como cristão, comunista ou engenheiro. Em ambos os casos, a injustiça é comparável, mas no primeiro existe pura arbitrariedade, enquanto o segundo visa actos da responsabilidade da pessoa, que deve assumir as suas escolhas. Como diz o velho provérbio jurídico, "ninguém é preso por ser ladrão, mas por ser apanhado a roubar".
A chamada "ideologia do género" tem feito o impossível para conseguir que a opção sexual seja classificada como congénita, identificando assim a homofobia com o racismo. No entanto, nesse campo, a única coisa demonstrável é a existência de uma tendência. Todos temos múltiplas inclinações pessoais, que o nosso comportamento depois promove ou contraria. Não existe no acto sexual uma necessidade inelutável. Cada um continua senhor das suas escolhas e nunca pode atribuir o seu estilo de vida a uma predeterminação genética.
Aqui surge uma segunda confusão entre discriminação e opinião. Existe realmente o crime grave de homofobia, que consiste no tratamento injusto, ou pior a agressão, a alguém por opção sexual. Isso é muito diferente da opinião que cada um possa ter sobre essa actividade. Chamando "homófobo" a quem quer que, sem prejudicar ninguém, considere a prática uma perversão, confundem-se as coisas e comete-se uma outra discriminação, aqui por delito de opinião. Também existem no mundo graves perseguições contra católicos, que não podem ser confundidas com o repúdio particular por essa religião, manifestado de forma civilizada. A fúria actual contra qualquer pessoa que não alinhe com a visão dominante da naturalidade e equivalência de todas as opções sexuais é, ela sim, uma forma grave de totalitarismo cultural.

Seguro promete oposição à nova taxa alimentar

Alberto de Freitas
Claro que concordo com Seguro. Melhor: é ele que concorda oportunisticamente com a maioria dos portugueses. De um governo que muitos pensam ser liberal e que, pessoalmente,  espero que o seja, este copiar socialista de “ofertas” ao povo… à custa dos presumíveis destinatários é algo que não fica bem. E a osmose nos complexos de esquerda confirmam-se no taxar exclusivamente os “grandes”. Porquê? Se a mercearia tiver 30 m2, representaria menos de 200 euros por ano.
Desconheço se é real, ou se faz parte do anedotário nacional, mas consta que o Ministério da Agricultura tem mais funcionários que trabalhadores no setor. Mais taxas, só dá razão à existência da anedota e dos anedotas: nós.
Claro que o jornalismo com “espírito” de Abril, faz ecoar a prosa de Seguro, acima do volume original. Em todos os jornais e em qualquer canal de TV, afirma-se a arrogância do governo em não dar a Seguro a importância que lhe garantem merecer. E até à exaustão, repetem tal preocupação. Tal qual como no governo PS, “batiam na tecla” que o governo é que governava e não a oposição. Mesmo com o PS em minoria. A piada está em que na Informação ninguém reclamava da arrogância de Sócrates. E até me recordo na chamada de atenção que o PS governava por escolha do povo.
E tinha toda a razão.
Tal como hoje o governo não tem razão, na “desculpa” constante de ser governo. No espírito apaziguador que nos media não passa de sinal de fraqueza.
Mas fraqueza é realmente, se para evitarem “confrontos”, nos atiram com taxas e impostos explicados com conversa da treta.
E o problema não reside no valor, mas no princípio.
Título e Texto: Alberto de Freitas

Os custos da liderança brasileira

João Bosco Leal
Pelo tamanho de seu território, número de habitantes e riquezas naturais, o Brasil é o país que possui as maiores possibilidades de manter a liderança política e econômica já conseguida entre todos os situados na América Latina. Para isso, a existência de políticas destinadas ao fortalecimento econômico e social de todos os países vizinhos ou próximos é indispensável, mas algumas concessões realizadas pelo Brasil nos últimos anos têm extrapolado todo o bom senso que seria esperado de um governante.
O contrato para a construção de Itaipú, construída na divisa Brasil-Paraguai, na época a maior hidrelétrica do mundo, dizia que a energia por ela gerada seria de propriedade dos dois países em partes iguais, mas a construção seria realizada exclusivamente com recursos brasileiros com a condição de que toda a energia não utilizada pelo Paraguai da parte que lhe coubesse seria vendida ao Brasil por um preço e período pactuado contratualmente na época. O governo Lula, porém, aceitou alterar um contrato vigente com o Paraguai e passou a pagar para aquele país o triplo do valor pela energia gerada em Itaipú, além de, como maior contribuinte do Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), autorizar a construção de uma rede de transmissão de energia, com 350 quilômetros de extensão para levar energia de Itaipú a Assunção, capital daquele país.
No mesmo governo Lula o país assistiu de braços cruzados a Bolívia se apoderar de todos os investimentos da Petrobrás naquele país e ainda aceitou uma brutal elevação nos preços do gás que de lá importamos, e a imposição por aquele país de uma quantidade de gás a ser importada maior que as nossas necessidades, mas que, mesmo não utilizando, por ela pagamos. Depois, assistiu também passivamente o governo Evo Morales assinar a legalização naquele país de aproximadamente cem mil veículos roubados do Brasil, mediante o simples pagamento de uma taxa entre 2 e 3,5 mil dólares.
Por determinação de Lula, a Petrobrás firmou com a empresa PDVSA, da Venezuela, um acordo para a construção da refinaria de petróleo Abreu de Lima, em Pernambuco, fora dos grandes centros de consumo brasileiro e consequentemente não estratégica para a empresa. A refinaria já está praticamente pronta, mas até agora a empresa venezuelana não participou com nenhum centavo da parte que lhe caberia na obra da qual é sócia.

Liberdade

André Abrantes Amaral
A liberdade também implica um Estado que gaste menos e não cobre tantos impostos
Com o passar de mais um 25 de Abril, voltámos a ouvir que os portugueses não devem tolerar mais cortes nas ajudas, nos subsídios e na gratuitidade universal dos serviços do Estado. A austeridade está a acabar com a convicção de que o Estado é um poço sem fundo e que todos temos direito a tudo. Que fomos feitos para receber. De onde, de quem, pouco interessa, desde que o intermediário seja o Estado e ele trate disso por nós. Delegámos nele o jogo sujo de arranjar receitas de qualquer maneira. Se com mais impostos, taxas de juros mais baixas ou até com o fabrico, pelo Banco Central Europeu, de mais dinheiro, pouco importa. Desde que chegue ao nosso bolso. Foi assim que assumimos a pose de pessoas de bem e generosas. Uma generosidade imposta a todos, dispersa entre cada um de nós e, por isso, sentida por ninguém.
Esta posição é vergonhosa e indigna de ser decretada à conta do 25 de Abril. A revolução dos cravos visou pôr termo à guerra do ultramar, que destruía a vida de milhares de jovens, e pretendeu estabelecer uma democracia em Portugal. Que pudéssemos votar, ter opiniões contrárias à do governo e acesso a uma informação livre e imparcial. Comparar estes objectivos, dignos e gratificantes para quem a eles se propôs e por eles se bateu, com a mera exigência de mais direitos, à custa do esforço de outros, é um insulto. No entanto, há quem faça precisamente isso: exija do Estado a prestação de múltiplos serviços, alegando um direito baseado na mera existência. Existo, logo exijo. Foi para um país de cidadãos de mão estendida que se fez o 25 de Abril? Terá sido para esta falta de brio que saltámos de uma ditadura para uma democracia? Não me parece. Foi para quê, então?
Acima de tudo, pela liberdade. Não só de votarmos, mas de, através do voto, procurarmos soluções para os problemas e, dessa forma, vivermos melhor. De não ficarmos presos às decisões tomadas há 38 anos, mas conseguirmos decidir de acordo com as necessidades e as vontades de hoje. Por isso, além da escolha de um governo, a liberdade implica viver e decidir sobre os problemas que afectam a vida de cada um de nós, sem a interferência de terceiros. Esta liberdade, que Isaiah Berlin definiu como negativa, é aquela que devemos aprofundar em cada dia que passa das nossas vidas. Trata-se de um processo quase tão difícil quanto planear e levar a cabo uma revolução. Consiste num esforço diário, dissolve-se se não constar de uma prática habitual, implica uma vigilância constante da nossa parte. Obriga-nos a melhorar e a escolhermos o caminho mais difícil: o de assumirmos a responsabilidade das nossas vidas, de forma a não sermos um peso para os demais. E se tomarmos consciência da dimensão desta empreitada, reparamos que é um dever o que se nos impõe: sermos individualmente livres de forma que os outros também o possam ser. Se não o fizermos, a liberdade de que tanto se fala nestes dias será oca e pouco significado terá. Serão livres os que esperam e não os que procuram. A liberdade desaparecerá à primeira dificuldade e será trocada pelo que se apelida de segurança. Como se esta fosse possível sem que se respeite a vontade e os desejos de terceiros.

domingo, 29 de abril de 2012

Merkel não dá carona ao maridão no avião oficial


Wálter Fanganiello Maierovitch
Para a mídia alemã não representa notícia de interesse público o fato de a chanceler Angela Merkel, chefe de governo, não dar carona ao marido em avião oficial.  
Merkel passou a Páscoa na cidade italiana de Nápoles a fim de descansar. O avião oficial que a transportava desembarcou na sexta-feira e o corpo de segurança alemão a acompanhou à residência que alugara com dinheiro próprio.
Cerca de quatro horas depois do desembarque de Merkel em Nápoles, chegou o seu marido. Estava programado que o casal passaria a Páscoa em Nápoles. O “maridão”, no entanto, pegou um vôo comercial Berlim-Roma e, na sequência, uma conexão para Nápoles.
Por que não pegou uma “carona” com a poderosa chanceler e esposa?
A resposta é simples. A carona em vôo oficial, segundo a legislação alemã, é muito cara. Mais de dez vezes o preço de um bilhete aéreo comercial. Por isso, o casal Merkel viajou separado. Em outras palavras, para economizar. Assim, o varão viajou como um comum mortal que, temporariamente, é esposo da chefe de governo da Alemanha. A virago, de enormes responsabilidades institucionais, cumpriu a lei e fez economia doméstica.
No Brasil, o senador Eduardo Suplicy, depois de noticiado na imprensa, correu para devolver o valor de uma passagem aérea que o seu gabinete, por sua ordem e numa relação privada, havia comprado para a namorada.
Ontem, no final da tarde, um avião alemão oficial conduziu Merkel de volta a Berlim, sede do governo e sua cidade natal. O esposo da chanceler partiu hoje cedo em vôo de carreira, com conexão e passagem paga por ele próprio e não pelo cidadão alemão.
O fato não passou em branco na mídia italiana, que, no momento, cobre o escândalo a envolver o senador Umberto Bossi, líder do partido político da Liga Norte e já demissionário da secretaria-geral, e a vice-presidente do Senado da República italiana, Rosi Mauro, de 42 anos.
Bossi pagava as elevadíssimas despesas familiares com dinheiro público referente ao financiamento de campanhas e do partido político.

FC Porto já é bicampeão!


Foto: Paulo Pimenta
Os “dragões” festejaram no sofá a conquista do seu 26º campeonato. A duas jornadas do fim da Liga os portistas tornaram-se bicampeões após os “encarnados” terem empatado com o Rio Ave 2 a 2.
O FC Porto garante o título somando até ao momento apenas uma derrota e seis empates no campeonato. A duas rondas do final, e antes da recepção ao Sporting, os “azuis e brancos” totalizaram 21 triunfos, um desempenho que corresponde a 69 pontos.
(…)
Público

FC Porto campeão - "Dragões" reforçam hegemonia, com 19.º título em 28 anos

O FC Porto reforçou hoje a hegemonia que mantém há muito no futebol português, ao garantir matematicamente a conquista do seu 19º título nos últimos 28 anos, mais precisamente desde a época 1983/84.
Depois de não terem conseguido mais do que sete troféus nas primeiras 50 edições da prova, contra 26 do Benfica e 16 do Sporting, os "dragões" mandam desde então e, com 26 cetros, ameaçam cada vez mais os 32 dos "encarnados".
Nos últimos 28 anos, o conjunto portuense apenas não conquistou o campeonato em nove ocasiões, perdendo seis para o Benfica (1986/87, 88/89, 90/91, 93/94, 2004/2005 e 2009/2010), dois para o Sporting (1999/2000 e 2001/2002) e um para o vizinho Boavista (2000/2001), agora "desterrado" na II divisão.

Pérolas do discurso do nada

Alberto de Freitas
Neste caso, Cavaco Silva – mas poderia ser qualquer outro político – com os sempre presentes “recados” para as empresas. O Estado “castrador” é sempre omisso. E em Portugal Jacques de la Palisse seria mais um desempregado. Talvez se safasse com os direitos de autor, pela utilização generalizada de pérolas laPalassianas. Algo que os jornalistas adoram, pelo realce titulado de todos os pretensos pensamentos profundos.

É lógico que as empresas não conseguem um crescimento sustentado baseado num só aspeto. Haverá sempre quem tenha salários mais baixos; quem tenha melhor design; quem tenha melhor situação geográfica; quem tenha os mais curtos prazos de entrega; etc.

Só que para uma empresa se impor necessita que esses fatores se conjuguem. E um desses fatores é o custo. E se o custo da energia e os impostos são mais elevados e a origem portuguesa, não é algo que permita significativo valor acrescentado… o odioso da compensação cai sempre em cima do mesmo: o salário

E existe razão em considerar de “perna curta” os empresários nacionais. “Esticar o passo” significa sair do País e deixar os bitaiteiros políticos a bitaitarem uns com os outros.
Título e Texto: Alberto de Freitas

Quando o povo é o grande culpado

Confesso que não tive estômago para ver o festejo desta corja, até o final.
Foi o povo do Rio de Janeiro que elegeu o ex-menino pobre de Cavalcante, para dois mandatos.
O resultado nem poderia ser pior. Sorte deles que não estão na China, ou que os tempos mudaram.
Na mesma França onde fazem as suas celebrações, cabeças de gente da mesma espécie, rolaram.
A guilhotina, agora, está nas mãos do Ministério Público. Que saiba honrar seu papel.

Execução de Luís XVI, 21-01-1793. Gravura de Georg Heinrich Sieveking
PS: Que ninguém se iluda com o sr. Garotinho. Suas denúncias, apesar de verdadeiras, são absolutamente eleitoreiras.
Título, Imagem e Texto: Luciano de Moura

“A culpa é dos judeus” – Um velho e odioso preconceito

Um estado que se preste a convalidar tais distorções, evidencia, inequivocamente, a sua debilidade moral.
Beatriz W. Rittigstein

No âmbito internacional, uma campanha antissemita demoniza o Estado de Israel, ao atribuir-lhe problemas com os quais não forma qualquer nexo. Também revela um viés arbitrário ante os eventos do Oriente Médio, ressaltando as ações supostamente indevidas e omitindo as causas que as geram. Neste sentido, Israel está sendo tratado da mesma forma como foi tratado o povo judeu, o "judeu" entre os países. Simplesmente, o que fazem é adaptar velhos preconceitos aos cenários atuais.
Na Venezuela, o risco reside no fato de que esta campanha é promovida pela mídia estatal e outras a ela atreladas.
Assim, torna-se rotineiro ler que Israel contamina as fontes dos palestinos e os intoxica com gases e, por isso, nascem bebês com deformações congênitas. Esta acusação é análoga à da ‘peste negra’, a epidemia bubônica que no século XIV matou quase a metade da população europeia; nessa época, culparam os judeus de envenenar os poços de água.
Através da RNV repetiu-se que uma ‘máfia israelense’ sequestrou crianças líbias para que vendesse seus órgãos; o que se assemelha á acusação de crime ritual de 1144, quando uma criança inglesa foi apunhalada. Os judeus do local foram acusados do assassinato com a finalidade de usarem seu sangue para rituais religiosos. O fato reverberou por toda a Europa ao longo do tempo. No século XX a lenda foi aproveitada pelos países árabes. E nos últimos anos tal mito tem sido tema de filmes na Síria e no Irã.

Sem capacete não pode



É claro, é óbvio, é lógico que a mulher que andava na garupa dessa moto tinha mesmo de ser multada, do jeito que estava andando: sem capacete. Aconteceu na Romênia. A polícia parou a moto, multou a Müller e avisou que só permitiria que a motocicleta prosseguisse se ela colocasse o capacete. A moça discretamente o colocou e tudo foi resolvido.
Antonio Carlos Prado e Laura Daudén, revista Isto É, nº 2216, 27-04-2012

Horror: Atriz é decapitada por colegas de Bollywood



A belíssima indiana Meenakshi Thapa, 26 anos, era uma das mais famosas atrizes em seu país. Foi vítima fatal de um enredo de horror que se lhe desenrolou na vida real. Sabedores da riqueza de sua família, dois de seus colegas de Bollywood (a indústria cinematográfica da Índia) decidiram convidá-la para um passeio – e a tomaram como refém. Extorquiram a família em US$ 29 mil sob a ameaça de obrigarem Meenakshi a participar diariamente de diversos filmes pornográficos. Os familiares pagaram uma parte mínima do resgate, e os sequestradores decapitaram então a atriz, esquartejaram-na e jogaram pedaços de seu corpo numa caixa-d’água. Os criminosos são os atores Amit Jaiswal e sua amante, Preeti Surin. Até a noite da quinta-feira 26, a polícia ainda não localizara a cabeça.
Antonio Carlos Prado e Laura Daudén, revista Isto É, nº 2216, 27-04-2012

Decote em xeque

Em decisão polêmica, União Europeia de Xadrez proíbe o uso de blusas decotadas por mulheres enxadristas, após reclamações de espectadores e técnicos
Paula Rocha
Fundamentado no uso de tática e estratégia, o xadrez é um jogo que exige extrema concentração. Alguns jogadores europeus, porém, têm perdido o foco na partida por causa de suas oponentes do sexo feminino. O motivo? Generosos decotes exibidos pelas enxadristas. A falta de decoro das moçoilas que praticam um dos jogos de tabuleiro mais antigos do mundo levou a União Europeia de Xadrez a criar um código de vestimenta para o esporte. “Tivemos essa ideia porque notamos que, durante os jogos, muitas participantes não usavam roupas apropriadas, o que gerou reclamações do público e de técnicos”, disse Sava Stoisavljevic, secretária-geral da entidade. “Há códigos de vestimenta em diversos esportes, então decidimos estabelecer nossas regras também.” Segundo o manual, caso a mulher esteja usando uma blusa de botões, por exemplo, abrir o primeiro botão, contando de cima para baixo, é permitido. Abrir o segundo, dependerá do modelo da blusa. Já abrir o terceiro está fora de cogitação. 


O frisson causado por enxadristas com roupas decotadas se torna maior pelo fato de que há poucas mulheres praticantes de xadrez no mundo. Apesar de elas estarem presentes desde os primórdios do jogo – os primeiros registros de jogadoras remontam ao século I –, o número de homens praticantes supera com larga vantagem a quantidade de mulheres. Apenas no Brasil, segundo estimativas da Confederação Brasileira de Xadrez (CBX), há em torno de 1,8 milhão de enxadristas do sexo masculino, contra somente 600 mil mulheres.

Não há donos do regime, nem pais da pátria

José Manuel Fernandes
O que significa interrogarmo-nos sobre se é necessário um novo 25 de Abril? Significa o mesmo que perguntarmos se é preciso um novo Salazar. Por trás de ambas as interrogações está a mesma pulsão antidemocrática, a mesma recusa dos naturais defeitos dos regimes democráticos e o mesmo desejo de impor uma determinada via política sem respeitar as escolhas dos portugueses.

Já sei que muitos vão ficar indignados com a comparação, mas ela tem, do ponto de vista do respeito pelos princípios da democracia, toda a pertinência. Por uma razão simples: ou consideramos que o 25 de Abril foi uma revolução democrática, que devolveu a voz ao povo português, ou consideramos que ele foi mais do isso, que foi também um projecto político com um programa específico, independente da vontade desse mesmo povo português. Aparentemente é isso que pensam os que, por estes dias, proclamaram que “o poder político que actualmente governa Portugal configura um outro ciclo político que está contra o 25 de Abril, os seus ideais e os seus valores”. Mas que ideais? E que valores? Os do Estado de direito democrático? Não, não é essa a acusação. A acusação não tem a ver com atentados à liberdade ou abusos de poder que façam perigar as regras da democracia. A acusação refere-se antes a políticas concretas – às políticas com que não concordam aqueles que se têm por donos do “espírito do 25 de Abril”.

Ora sucede que, como escreveu um filósofo político de esquerda, Norberto Bobbio, na tradição democrático-liberal – que é tradição ocidental e é a nossa tradição -, “as definições de democracia tendem a resolver-se e a esgotar-se num elenco mais ou menos amplo de regras do jogo”. Mais: “Todas essas regras estabelecem como chegar à decisão política e não o que decidir.” Isto é, a democracia não tem “um espírito” que implique realizar políticas mais à esquerda ou mais à direita, a democracia é tão-somente sobre os mecanismos que permitem decidir, por exemplo, o futuro dos sistemas de Saúde e Segurança Social, não sobre modelos concretos mais públicos ou mais privados.

Nos anos que se seguiram ao 25 de Abril e ao 25 de Novembro era apenas a extrema-esquerda que procurava a sua legitimidade no “espírito” da revolução dos cravos. Agora parecem ser todos aqueles que, pura e simplesmente, não parecem dispostos a aceitar uma realidade política em que, pela primeira vez na nossa história democrática, coincide um Presidente que não é de esquerda com uma maioria parlamentar que também não é de esquerda. No primeiro 25 de Abril em que isso aconteceu fizeram a birra que se viu.

O melhor pastel de nata de Lisboa



É uma pequena pastelaria mas tem praticamente sete décadas de história em Campo de Ourique. A Aloma, casa de estimação do bairro, conquistou a distinção de Melhor Pastel de Nata de Lisboa no concurso promovido pelo festival gastronómico Peixe em Lisboa.

Blog do Garotinho: Farra de Cabral, Cavendish e sua turma custou cerca de US$ 400 mil

Vocês vão ver no vídeo abaixo, o restaurante que Cabral fechou em Paris para comemorar junto com seus amigos, o aniversário da sua mulher Adriana Ancelmo. Fontes que consultei informaram que em condições normais, com esse restaurante aberto ao público, um jantar regado a vinhos franceses não sai por menos de US$ 2.000 por pessoa. Imaginem quanto custou fechando restaurante só para a turma de Cabral fazer a festa.
Embora Cabral tenha negado na sua nota oficial, trata-se do restaurante L’Espadon, do Hotel Ritz, em Paris, um dos mais sofisticados da Europa. Uma estimativa por alto calculou que uma semana para quatro casais, viajando em 1ª classe, se hospedando num dos hotéis mais caros do mundo, almoçando e jantando nos restaurantes mais sofisticados, fazendo compras em lojas de luxo e ainda comprando ingressos para o show do U – 2, na área mais cara do Stade de France deve ter custado cerca de US$ 400 mil. Mais uma vez a turma de Cabral se diverte com o dinheiro do povo.
Na nota anterior citei que o gasto dessa farra foi em torno de US$ 100 mil, mas esse é o cálculo por casal levando em consideração que a farra em Paris durou uma semana. Somando os quatro casais dá cerca de US$ 400 mil. 
Vocês vão assistir Cabral dando uma de maestro regendo o “Parabéns” para sua mulher Adriana enquanto o povo da Região Serrana sofre sem as casas que Cabral prometeu e não fez até hoje. Sérgio Côrtes na maior felicidade enquanto pessoas morrem nas filas dos hospitais estaduais. Parece um filme de conto de fadas, com príncipes encantados e rainhas em palácios. O cinegrafista foi Cavendish usando o seu telefone celular.
O povo revoltado e perplexo assiste à verdadeira orgia praticada por quem deveria dar o exemplo.


Acompanhe a farra no Blog do Garotinho
Colaboração: Jorge Cunha

Um tapa na cara do povo


Quando vi este vídeo, com duração de cerca de um minuto, imaginei que fosse uma pegadinha. De muito mau gosto, como todas que canais de quinto mundo apresentam. Infelizmente, é uma cruel realidade.

Partindo de quem parte é duplamente perversa. Um tapa estalado na cara de um povo que pretende ser bom, mas que é apenas otário. Aliás, é exatamente desta "qualidade" inerente a um povo alienado, que certas "otoridades" portadoras do tal "notável saber jurídico, e da não menos notável reputação ilibada," aproveitam-se para dizer o que querem, o que pensam e o que são capazes de levar a efeito.

A única, e por enquanto pequena luz, que pode ser avistada no final deste negro túnel, atende pelo digno e charmoso nome de Eliana Calmon.
Título e Texto: Luciano de Moura