quarta-feira, 4 de abril de 2012

O elogio da loucura (II)


Foto: Bruno Simão/Jornal de Negócios
Alberto de Freitas
O deputado do PS, Pedro Nuno dos Santos, é célebre pelo: “não pagamos” – O tal que propunha pôr a tremelicar os joelhos dos credores, devida a tal ameaça. Pois a referida criatura, num colóquio no Instituto Europeu da Faculdade de Direito de Lisboa, foi um pouco mais longe: criticou o anterior governo do PS. Perante tal denúncia vinda de um socrático confesso e, perante a reação da assistência estupefacta, a criatura explicou: a crítica nada tinha a ver com as políticas e comportamentos internos, mas o facto de não ter procurado alianças com os socialistas gregos e espanhóis, numa “frente” de devedores. Assim ao estilo de associação de gastadores, para não dizer: associação de malfeitores.
Como tal nada devia mudar e os países deficitários - onde por coincidência estão no top do ranking da corrupção – transformados em “frente comum”, seriam os vencedores. Com a Europa exaurida, imagino que na cabecinha pensadora da criatura, o Brasil, China e outros, ver-se-iam na obrigação de nos financiar. Financiamento sem retorno, pois que para ele existir, algo tinha que mudar, coisa não prevista por Pedro Nuno dos Santos.
Interessa referir que tal indivíduo era (demitiu-se, segundo declarou) vice-presidente da bancada socialista. É esta gente que faz leis. É esta gente que nos tira a terrível dúvida de qual a razão de termos chegado à situação em que nos encontramos: basta ver como se comportam e ouvir o que declaram.
E esta gente faz “escola”, como se pode observar nas redes sociais, em que predomina a desresponsabilização. E a partir de agora, aparecerão as teses que tudo se resolveria se os países devedores se organizassem em quadrilha… e ai dos credores.
Título e Texto: Alberto de Freitas

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