terça-feira, 29 de setembro de 2015

Vitória por 2-1 sobre o Chelsea, num jogo em que o FC Porto dominou por completo os campeões ingleses

José Mourinho voltou a não ser feliz no terceiro regresso ao local onde partilhou tantas alegrias com os adeptos dos Dragões. O FC Porto venceu por 2-1 o Chelsea, com golos de André André [foto] e Maicon, que deram expressão a uma grande exibição dos Dragões, especialmente na segunda parte. Os 14 jogadores utilizados por Lopetegui foram enormes e alguns deles terão feito as suas melhores exibições com a camisola azul e branca. Em 12 jogos contra equipas portuguesas, os londrinos apenas não venceram (duas derrotas e um empate) frente aos portistas, que não perdem em casa nas competições europeias há dez jogos, desde Outubro de 2013. Por sua vez, os blues não perdiam na Champions há nove jogos e eram mesmo a equipa que há mais tempo não perdia na competição, incluindo cinco deslocações. Aliás, esta é apenas a quinta derrota do Chelsea orientado por Mourinho na fase de grupos da prova, e duas delas foram frente ao FC Porto - a primeira foi também por 2-1, em Dezembro de 2004, com o inesquecível golo de McCarthy.

As duas equipas apresentaram-se com sistemas tácticos similares, em torno do 4-3-3. No caso do FC Porto, André André oscilava entre a ala direita e uma posição mais central quando o Chelsea tinha a bola. Lopetegui fez entrar quatro jogadores face ao onze que apresentou frente ao Moreirense: Martins Indi, Rúben Neves, Imbula e Aboubakar entraram para o lugares de Layún, Herrera, Corona e Osvaldo. Com o estádio quase cheio, os primeiros minutos foram dinâmicos e repartidos (50 por cento de posse para cada lado ao intervalo), até porque as duas equipas não tinham receio de ter a bola, se bem que o Chelsea apostava mais nas transições rápidas. E foi dessa forma que criou duas situações de perigo, com Casillas a travar os remates de Fabregàs e Pedro Rodríguez, que apareceram isolados aos seis e 13 minutos.

É verdade que esses foram os lances mais perigosos do primeiro quarto de hora, mas a bola rondava as duas áreas e os Dragões não eram em nada inferiores ao campeão inglês. Com o passar os minutos, o meio-campo azul e branco foi começando a carburar, com destaque para as recuperações e entregas de bola de Rúben Neves e para as arrancadas de Imbula. E, depois de uma série de remates mais ou menos ameaçadores, o FC Porto chegou mesmo à vantagem, com Brahimi a serpentear e obrigar Begovic a uma defesa para a frente; André André chegou primeiro ao ressalto e marcou o seu primeiro golo na Liga dos Campeões, apenas nove dias depois de ter marcado ao Benfica. Porém, a primeira parte terminou com um balde de água fria: Willian fez o 1-1 no último lance, na marcação irrepreensível de um livre directo à entrada da área de Casillas.

Foto: Reuters
Se a primeira parte terminou à moda de Londres, a segunda principiou à moda do Porto. Rúben Neves marcou o canto e Maicon [foto] antecipou-se, ao primeiro poste, para cabecear para o 2-1: ao 21.º jogo na competição, o brasileiro marcou pela primeira vez. Frenético voltou a ser um adjectivo correcto para o ritmo da partida: o Chelsea poderia ter empatado quase de seguida, com Diego Costa a acertar na barra, mas depois o FC Porto teve duas oportunidades para chegar ao terceiro, com os remates de Brahimi e do omnipresente Rúben Neves a ser bloqueados no último instante. Os londrinos tentavam reagir, mas os segundos 45 minutos dos Dragões foram superlativos. Poucas vezes nos últimos dez anos o Chelsea se terá visto em situações como a do minuto 71, em que Begovic salvou por duas vezes os forasteiros, face a remates de Imbula - outro dos futebolistas em foco - e Brahimi. Os ingleses nem respiravam. 

Conforme os minutos foram passando, o Chelsea foi naturalmente reagindo e o jogo deixou de estar controlado. Porém, em novo pontapé de canto, Layún cruzou para um cabeceamento à base do poste de Danilo. Azar, muito azar, mas as contas da fortuna até se poderiam ter invertido no último lance. Só que desta vez o FC Porto não se deixou empatar nos últimos instantes, o que seria tremendamente injusto. Com este triunfo no 152.º jogo de Casillas na Liga dos Campeões - é agora o futebolista com mais participações na competição, ultrapassando Xavi Hernández - o FC Porto está a par do Dínamo Kiev no topo do grupo G (quatro pontos), tendo agora pela frente duas partidas com os israelitas do Maccabi Telavive. 
FC Porto, 29-9-2015

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