domingo, 31 de dezembro de 2017

Amigo/Amiga... Generoso Leitor... Valioso Colaborador

Estaremos, em pouco tempo, começando mais uma viagem, com um tempo previsto - para todo o trajeto - de 365 dias.

Então, defina bem o seu destino, e embarque na plataforma 2018.

Quem tiver mágoas, ressentimentos, pendências e tristezas antigas na bagagem, favor descarregá-las no Balcão 2017.

Os passageiros que portarem sorriso nos lábios, coração aberto e mãos prontas a construir, terão assento preferencial ao lado da janela da felicidade.

Solicitamos a todos, então, que apertem o cinto da esperança, e recomendamos que ninguém, em hipótese alguma, utilize a saída de emergência durante a viagem.

Caso haja período de turbulência, mantenham a calma e a confiança no piloto desta aeronave: o Espírito Santo de Deus. Ele estará dirigindo esta nossa viagem, e, ao mesmo tempo, ao lado de cada um de nós, passageiros.

A todos, uma excelente viagem!

Texto: Autoria desconhecida

[Para que servem as borboletas?] Passa ano, entra ano: é a dinamicidade da vida...

Valdemar Habitzreuter

A vida nos convida a não nos acomodar no bem-bom, acho eu. Isso representaria um repouso danoso para nossa evolução pessoal. É necessário furar o bloqueio que nos prende e impede de avançar junto com o impulso vital que nos quer ver escalando a montanha da vida onde não se almeja, propriamente, o cume, mas o novo que está sendo desbravado e que serve de apoio para refinar nossa consciência na senda da evolução espiritual. O cume pode não ser alcançado porque não o avistamos e pode estar a uma distância infinita. Entretanto, convém escalar e não se entreter em piqueniques festeiros sem participar da verdadeira aventura da vida.

Participar da verdadeira aventura da vida não significa entregar as rédeas, exclusivamente, à inteligência. Ela não entende muito da vida. Não é capaz de apreender seu movimento evolutivo benfazejo. Atém-se muito à mesmidade para facilitar a vida. Tem medo de ser surpreendido pelo que o novo pode lhe afetar. Por isso quer garantia de estabilidade; de bem-estar; de segurança; de permanência do status-quo; de piqueniques prazerosos; do bem-bom assegurado...

O modo ideal de entregar-se à aventura da vida, me parece, é tê-la armazenada na alma. É desse ponto que faremos parte de sua trajetória, envolvendo-nos em seu projetar evolutivo do qual nossa consciência se beneficiará com o descarrego do peso da matéria bruta (bem-querida da inteligência) que ocorre na medida em que se sobe na escalada da evolução espiritual.

É do interior da alma, portanto, que vem o poder da compreensão da vida. É pura intuição cognoscitiva que inunda a alma de alegria e que a faz desejar patamares superiores, sem estações intermediárias, não importando a ingremidade da montanha. Ao contrário da inteligência que quer sossego ao pé da montanha e tem como absurdo sua escalda, a intuição fustiga a alma para a escalada dando-lhe a certeza da conquista de uma felicidade perene.

[Pernoitar, visitar, comer e beber fora] Viagem ao Norte de Portugal

Este que vos escreve, acompanhado de um familiar, viajou ao Norte de Portugal. Foi uma pequena viagem de uma semana. Uma viagem fotográfica.

De Massamá a

Fátima
Batalha
Porto

Vila Nova de Gaia

Vila do Conde
Póvoa do Varzim
Barcelos
Viana do Castelo

Guimarães
Braga

Mosteiro de Tibães
Aveiro

Nazaré
Caldas da Rainha
Mafra
Ericeira

Massamá.


Gostei muito. Autoestradas e estradas cinco estrelas! De Nazaré a Caldas da Rainha me imaginei dirigindo uma Ferrari ou Lamborghini (tanto faz) a, por exemplo, 280km/h, facinho, facinho...

Cidades e vilas muito limpas.

Monumentos reformados, estacionamentos fáceis, encostados ao monumento a visitar. (Não existem flanelinhas).

São Pedro foi gentilíssimo, mandando diariamente um energético sol!

[Comer e beber fora] Atualizando o título

Para enfatizar o caráter generalista da coluna atualizamos o título:

[Pernoitar, visitar, comer e beber fora]

Sim, dividiremos com os demais leitores as nossas impressões e opiniões sobre hotéis, pensões, albergarias... monumentos, museus, locais insólitos e exóticos... restaurantes, botequins, casas de pasto, bares, biroscas, barraquinhas... vinhos e cervejas...

Vamos nessa?

Charada (470)

Qual o parentesco
do José
com os
filhos
do único
filho
dos pais 
do José?

QUIZ: Pente do Vento

Que escultor basco contemporâneo criou a obra Pente do Vento?


A  – Pablo Gargallo
B  – Eduardo Chillida
C  – Julio González 
D  – Jorge de Oteiza

2017, ano saboroso

Alberto Gonçalves

Na Autoeuropa já prometeram outras greves e é certo que não descansarão enquanto os direitos dos trabalhadores não forem devidamente acautelados e os trabalhadores acabarem na fila do desemprego.

Janeiro
Embora os pantomineiros do costume finjam ter visto o povo nas homenagens fúnebres a Mário Soares, a verdade é que as ditas suscitaram sobretudo indiferença. Os motivos serão diversos, mas é inegável que o dr. Soares da liberdade e da democracia fora vítima do dr. Soares antiocidental e “caudilhista” dos últimos anos, longos e humilhantes. O original falecera há muito, e ninguém o avisou. O povo, pelos vistos, estava avisado.

Fevereiro
Em países aborrecidos, as trapalhadas do governo em volta da CGD e do seu novo, e momentâneo, presidente levariam a demissões sumárias. Aqui, levaram o dr. Centeno a explicar-se nas televisões. “Explicar-se” é, claro, força de expressão, que os tremores do homem não deixaram perceber em pleno as frases sem nexo com que tentou brindar-nos. O prestígio internacional do dr. Centeno talvez tenha começado nesse instante. Por cá, a oligarquia reduziu a farsa da CGD a “tricas”, destinadas a esconder os “verdadeiros problemas dos portugueses”. Não há nada a esconder: por regra, os verdadeiros problemas dos portugueses são as criaturas que falam nos “verdadeiros problemas dos portugueses”.

Março
O país oficial indignou-se com a fuga de 10 mil milhões para “off-shores”, uma notícia requentada do “Público” que, apesar de imaginária ou em última instância irrelevante, procurava mostrar a vileza do governo de Pedro Passos Coelho. Quase em simultâneo, o país oficial não se indignou com a Grande Fome ucraniana de 1932-33, cuja condenação no Parlamento foi rejeitada com a abstenção do PS e a rejeição dos dois partidos comunistas. Salva-se a coerência “coletivista”, que prefere ver 40 milhões de pessoas sofrerem às mãos do Estado do que permitir que meia dúzia se livre dele.

Abril
Uma avioneta caiu em Cascais e foi o pretexto (como se fosse preciso um) para o prof. Marcelo irromper no local da queda e em todas as reportagens alusivas. Para a TVI, o prof. Marcelo evitou o pânico. Para o prof. Marcelo, podia ter sido muito pior. Podia, sim senhor: caso o prof. Marcelo estivesse retido numa sessão de “selfies” em Valença do Minho, os cascalenses ficariam desorientados e propensos a lançar-se à Boca do Inferno em quantidades consideráveis. Assim, só houve cinco mortos, no mínimo motivo de celebrações coletivas. E imensos afetos.

Flavio Ricco disse que jornalismo na TV ainda não tem atenção que merece. Ele está certo!

Luciano Ayan

O colunista do UOL Flavio Ricco não está satisfeito com o nível de atenção dado ao jornalismo na TV. Segundo Ricco, o jornalismo na TV ainda não tem a atenção que merece.

“De estarrecer que eles, os especializados ou que trabalham com a notícia, continuem sendo tão poucos, apenas GloboNews e BandNews, cada um dentro dos seus limites e possibilidades”, diz.

Ele prossegue: “Se considerarmos as inúmeras emissoras que integram qualquer pacote de TV paga e os tantos ananases que os compõem, iremos verificar que o investimento na área da informação, no todo, é quase nenhum. Percentualmente, baixo demais”.

Ele vê uma “luzinha no fim do túnel” com “o prometido canal de informação pela Simba”.

Bem, ele está certo ao dizer que o jornalismo na TV ainda não tem a atenção que merece, ou seja, nenhuma. O fato é que tem muita gente assistindo conteúdo que pode muito bem ser substituído por meios alternativos de informação.

Um exemplo é a jornalista Andrea Sadi [foto](citada na foto da matéria de Ricco) que quase todos os dias diz que “ouviu informações nos bastidores” a respeito de um determinado assunto. Como Trump bem lembrou, quando alguém diz que “ouviu informações de fonte não revelada” muito provavelmente está inventando a informação.


Andrea Sadi utiliza esse recurso sem parar. O nível de invenção de suas “notícias” ainda fica pendente de medição. Mas a mania por esse tipo de abordagem é notória.

É hora de abandonar o jornalismo da mainstream media de uma vez por todas. É irrecuperável. 
Título e Texto: Luciano Ayan, Ceticismo Político, 30-12-2017

Janaína detona hipócritas que fingem defender Direitos Humanos mas abandonam brasileiro preso por Maduro

Luciano Ayan

Há mais de um dia sem notícias do filho, detido na Venezuela, a mãe de Jonatan Moisés Diniz [foto], de 31 anos, vive a angústia do silêncio desde que o governo de Nicolás Maduro acusou o brasileiro de liderar a ONG Time to Change e promover atividades contra o presidente. As informações são da Globo.


Renata Diniz, de 60 anos, ficou todo dia ao lado do telefone à espera de um telefonema que a informasse o paradeiro e a situação legal do filho. Ela ligou cinco vezes para as autoridades brasileiras em busca de atualização do caso, mas foi solicitada a esperar.

“Eu não saio do lado do telefone. Ele tem 31 anos, totalmente independente. Da última vez estava trabalhando em um restaurante. Eu não regulo a vida dele. É um menino trabalhador. A vida toda nunca dependeu de ninguém”, disse.

Ou seja, ele está completamente abandonado pelo governo brasileiro e pelas organizações de Direitos Humanos.

Janaína Paschoal comenta: “Não estou vendo históricos defensores dos direitos humanos abalados com a prisão do brasileiro na Venezuela. Pedir Democracia nas redes sociais virou crime? Os direitos fundamentais só importam em alguns casos? Sei bem como isso funciona: para os dissidentes, o Direito Penal!”.

Título e Texto: Luciano Ayan, Ceticismo Político, 30-12-2017

Feliz ano velho

Nelson Teixeira

É chegada a hora de nos despedirmos de mais um ano e é neste momento que devemos refletir sobre o que fizemos e o que deixamos por fazer, mas sempre com a certeza de que o que não conseguimos realizar vamos ter a oportunidade de mais um ano para nos aprimorarmos e continuar com nossos sonhos e objetivos.

Este ano que se finda foi de aprendizado e muitas realizações para todos nós, mesmo muitas vezes achando que não fizemos nada ainda assim adquirimos experiências, vivemos momentos felizes e de dificuldades e graças a Deus estamos todos aqui hoje tendo uma nova oportunidade de um novo ano que se aproxima.

Que hoje tudo o que nos fez chorar possamos agradecer a Deus, porque foi aprendizado e crescimento espiritual, adquirimos um pouco mais de bagagem e chegamos ao novo ano com mais bagagem para enfrentarmos o que está preparado para nós. Celebremos hoje a renovação, inspire a paz que está no ar e as energias positivas direcionadas pelo alto a todos nós, desta forma vamos buscando revitalizar nossas forças para mais uma vez continuar a caminhar firmes e fortes. Desejamos a todos um ano novo repleto de conquistas e vitórias.

Feliz ano novo! 

Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 31-12-2017

sábado, 30 de dezembro de 2017

Aposentados, como atrair bons fluidos para 2018

Almir Papalardo

Amigos aposentados que há vinte e um anos servem de cobaia para os governos centrais, compenetramo-nos. O momento é oportuno. Tudo indica que teremos obrigatoriamente uma Reforma da Previdência precisando da proteção divina! Limpemos então nossas mentes desse rancor que em nada nos ajuda, ao contrário, só emperra cada vez mais a nossa tão sonhada “Carta de Alforria". Esqueçamos a raiva que nutrimos contra os governos tucanos, petistas, peemedebistas e outros mais, literalmente contrários aos sagrados direitos previdenciários dos velhos e indefesos aposentados da iniciativa privada (RGPS).

Daqui a poucas horas, o ano de 2017 estará se despedindo, dando passagem para o Ano Novo de 2018. E é justamente nesse momento da virada, no tradicional e mágico “Réveillon”, que milhões de brasileiros unidos, esperançosos, contritos, vestindo indumentária branca propícia para atrair bons fluídos e sorte pessoal, fazendo toda a espécie de simpatia para conquistar graças e milagres, fazem orações fervorosas por um novo ano melhor, pedindo que Papai do Céu seja mais receptivo no atendimento as nossas súplicas.

Somos mais de nove milhões de aposentados impiedosamente perseguidos e massacrados. Unamo-nos com fé, solicitando que pelo menos um dos nossos três projetos que jazem nos fundos das gavetas da Câmara dos Deputados, seja finalmente discutido e votado. Ou, quem sabe, na última hora inseridos nessa Reforma da Previdência tão propalada! Serão milhões de almas ao mesmo tempo fazendo o mesmo pedido e acima de tudo justo e procedente, assim, teremos chances de sermos ouvidos, até porque nossos corações estarão livres de sentimentos negativos e raivosos, o que agrada a Deus. O aposentado precisa urgentemente da aprovação de um projeto favorável, antes que seja de vez pregado na cruz da maldade e insensatez!!

Que os líderes partidários do governo e seus apoiadores regressem em fevereiro mais sensíveis do recesso parlamentar, liberando os projetos do senador Paim, fazendo justiça à nossa débil categoria de brasileiros que está há muito tempo tendo os seus direitos negados e obstruídos. Que o Congresso Nacional cumpra agora em 2018 a sua obrigação legislativa, reconhecendo que os aposentados têm o direito também a uma digna cidadania. É o prêmio final pela conclusão da sua missão no mercado de trabalho, o que não pode e nem é justo, ser desconsiderado. Portanto, uma Previdência Social mais equilibrada, mais funcional, mais humana e principalmente mais amiga de aposentados e pensionistas.

Viva o Ano Novo

Nelson Teixeira

Quando nossos olhares são lançados sobre o firmamento, a grandeza do Criador resplandece na imensidão, vemos e sentimos que estamos suspensos no espaço numa órbita celestial.

Quantos milênios? Onde a pujança do Senhor da vida nos move ao encontro da felicidade de ver ou sentir fogos, bandeiras de várias nacionalidades, roupas em alusão ao Ano Novo, transformando corações em novas oportunidades.

Nós os Cristãos, cadenciamos nossos olhares, e movidos por sentimentos de Louvor a Deus, – aos Deuses desconhecidos, ao Grande profeta dos Muçulmanos, ao Deus das religiões hinduístas, ao Deus Javé o Senhor; cujo interprete da sua vontade, reverenciou o grande enigma da vida; os Dez Mandamentos.

Cultuamos nossas crenças, damos graças, e graças ao Deus de todos nós, numa metamorfose da borboleta que num esforço renovatório sente o pulsar de uma força que a tudo transforma.
Em cada luz um olhar, em cada canto desse orbe, um sentimento de esperança, não importa sua crença, seja mais um a olhar o infinito e dizer:

Obrigado por mais um ano.

Que toquem todos os sinos, que toquem todas, as flautas, em notas altas ou baixas, em dó, ou em sustenido, em fá ou em ré, mas que, sobretudo possamos gritar: Viva o Ano Novo! 
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 30-12-2017

Prezado Amigo, Leitor, Colaborador, Visitante...



Abraços e beijos de carinho./-

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Pára de buzinar!

[Aparecido rasga o verbo] Maníacos e manias

Aparecido Raimundo de Souza

Para criar meus textos, sento de frente para o computador, a folha em branco piscando na tela. Se o sistema digitar: ‘Vamos, mexa-se’ -, eu começo a pensar que estou sonhando e, então, me debruço sobre o teclado, durmo ronco e escrevo’”.
Eduardo Adolfo autor do livro de crônicas “Além de burro é uma besta” 2017 - Editora do Autor - Curitiba - Paraná.

ACREDITE SE QUISER: o compositor alemão Ludwig van Beethoven despejava água gelada na cabeça antes de criar suas músicas. Segundo sua mãe, em entrevista recente à Rede CBN, isso estimulava os neurônios e fazia o cérebro do cidadão pensar melhor. Foi assim quando criou “Sonata para Piano nº 14”, “Abertura egmont” e “Fidelio”, entre outras obras-primas conhecidas mundo afora.

Ao contrário de Beethoven, o baiano Jorge Amado, autor de “O País do Carnaval”, “Gabriela Cravo e Canela”, “Dona Flor e seus dois maridos”, para começar a escrever seus romances colocava os dois pés numa bacia de água bem quente. Servia para relaxar o corpo, uma vez que havia lido que “todas as terminações nervosas saem dessa parte do corpo”.

Paulo Coelho, autor de “O Diário de um mago”, “Brida”, e “O Alquimista” segundo palavras de sua esposa Christina Oiticica, só se acomoda na frente do computador para trabalhar, se tiver um pé de coelho no bolso direito.

O jornalista paulista Roberto Pompeu de Toledo, autor de “A sombra da escravidão” e “Leda”, atualmente colunista da revista “Veja”, tira a calça e a camisa, fica de cueca e camiseta andando pela casa. Todavia, sempre que resolve sentar e escrever faz um ensaio.

Machado de Assis pegava o machado de seu compadre Assis e se punha a cortar árvores em seu pequeno sítio, em Mangaratiba, no Rio de Janeiro. Tal atitude abria a sua inspiração a ponto de escrever um livro em cinco dias. Para se ter uma ideia, “Dom Casmurro” saiu em dois dias, sendo seguido, logo depois, por “Quincas Borba” e “A Cartomante”.

O escritor alemão Wolfgang von Goethe produzia seus textos em pé. Para tal, mantinha na sala de sua residência uma escrivaninha alta ao lado da imensa estante de livros raros. Entre eles, “O Aprendiz de feiticeiro”.

[Para que servem as borboletas?] As benesses das religiões...

Valdemar Habitzreuter

Todas as religiões são boas em si, ao menos intencionalmente. Embora possamos admitir que são invenções humanas em que a inteligência toma à frente em celebrar um contrato de garantia de proteção e salvação com um ente abstrato Todo Poderoso, não podemos esquecer que isso é próprio do eu superficial sempre às voltas com as vicissitudes da vida das quais procura se livrar. Tal contrato estabelece um corpo doutrinário que normalmente é recheado de dogmas misteriosos relevando o lado frágil da inteligência humana e glorificando a absoluta luminosidade intelectual da suposta deidade protetora.

Essas religiões oriundas da inteligência fabuladora são, no entanto, de grande valia para um entendimento pacífico entre os homens. Quando se faz esse pacto entre o humano e a entidade divina em que a vida é orientada por normas e diretrizes a fomentar a paz e o amor entre os homens e, desse modo, esperançosos pelas graças do Todo Poderoso, isso beneficia a comunidade de prática religiosa, promovendo a tolerância e ajuda mútua.

Não resta dúvida que se pratica aí uma religiosidade externa, um comportamento de ostentação. Esse comprometimento comportamental da observância da doutrina religiosa delineia uma homogeneidade moral, fazendo com que cada indivíduo colabore para uma comunidade coesa e forte que beneficie a todos no enfrentamento das dificuldades que possam advir.

No entanto, tudo o que a inteligência projeta e planeja tem suas incongruências e dificuldades no que tange a realizar em profundidade o sentido da vida. Ela em si é egoísta e vê a vida por um viés superficial. O indivíduo, inserido no contexto da exterioridade da religião tradicional a que pertence, nada mais faz que movimentar-se junto com a boiada porque assim lhe é conveniente, fazendo-se merecedor da proteção divina, segundo o contrato assinado entre o homem e um Deus.

A triste herança lulopetista

O Estado de S. Paulo

Os petistas se jactam de ter tirado 40 milhões de brasileiros da miséria. Mas, como mostram os números mais recentes, o “milagre” não passou de empulhação


Pobreza não se cria da noite para o dia. Em geral, é resultado de anos de má administração, combinada com ideias equivocadas sobre o papel do Estado na economia. Pode-se adiar seu aparecimento, pode-se até mesmo dar a impressão de que se conseguiu erradicá-la, mas, cedo ou tarde – geralmente cedo –, os erros vão resultar em degradação da renda de parte significativa da população, que antes experimentou a ilusão da ascensão social.

Assim, não há como se dizer surpreso com a informação de que 52,168 milhões de brasileiros, ou um quarto da população total, encontravam-se abaixo da linha de pobreza medida pelo Banco Mundial em 2016 – menos de US$ 5,50 por dia –, conforme dados da Síntese de Indicadores Sociais de 2017, recentemente divulgados pelo IBGE. Já no patamar de extrema pobreza, com US$ 1,90 por dia, vivem cerca de 13,3 milhões de pessoas, ou 6,5% da população. Esse imenso contingente não empobreceu em razão de alguma guerra ou catástrofe natural, mas como consequência direta das decisões econômicas irresponsáveis tomadas pela presidente cassada Dilma Rousseff, que geraram dois anos de recessão, com alta inflação e crescente desemprego.

Os números resultam de uma nova métrica de pobreza do Banco Mundial, razão pela qual foram apresentados sem comparação com pesquisas anteriores. Mas é possível visualizar o tamanho do desastre a partir de dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o mesmo tema, segundo os quais o total de brasileiros abaixo da linha de pobreza saltou quase 20% em 2015, primeiro ano do segundo mandato de Dilma Rousseff. Há ainda outra pesquisa, do Instituto de Estudos do Trabalho, publicada pelo Valor, que mostra que, entre 2015 e 2016, mais de 9 milhões de pessoas engrossaram a fatia da população abaixo da linha de pobreza. Para os autores desse estudo, o fenômeno teve seu início em 2014.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

[Atualidade em xeque] Escroto

José Manuel

O título parece chulo. É e não é. Vamos ver:
O escroto ou bolsa escrotal é o saco musculocutâneo que contém os testículos e os epidídimos, portanto, é o órgão masculino, que detém esse nome e onde se produzem os espermatozoides humanos, que algum dia fecundarão um novo ser.

A primeira versão, e neste caso em particular, o espermatozoide saído dessa bolsa em determinado momento era aleijado e fecundou infelizmente para a humanidade um novo ser chamado gregório duvivier, assim mesmo, em letra minúscula como ele faz questão de se autoproclamar.

A segunda versão, segundo vários dicionários ao alcance de todos na internet, diz o seguinte:
O ideário popular refere-se a este adjetivo para expressar uma pessoa chula, ordinária, reles, vil, malfeita, ordinária, grosseira e vagabunda.
E novamente cai como uma luva neste personagem em questão chamado gregório duvivier.

Feitas as explicações preliminares acerca do título, e passadas já mais de quarenta e oito horas desde a publicação pelo dito cujo acima, no grupo Folha de São Paulo e, não havendo reação da comunidade eclesiástica no maior país católico do mundo, mas totalmente acéfala, nem tampouco da CNBB (conferência nacional dos bispos do brasil), título pomposo, mas sem utilidade nenhuma, resolvo eu mesmo tomar esta iniciativa que discorro a seguir.

Em tempo, quero que fique claro que não sou evangélico, católico carola, anglicano, protestante, luterano ou quantos mais nomes podem advir ou podem pensar sobre este meu artigo.

Sou apenas um ser humano normal e septuagenário, que professa a sua fé cristã, não em templos, mas na minha cabeça, no meu próprio ser, pois para mim Deus está em mim, não em obras de arte marmorizadas.

gregório duvivier
Mas, isso não parece ser, nem ao grupo Folha que por falta de conteúdo melhor jamais chegará a ser um Estado de S. Paulo, e o inacreditável é que tenha sido publicado em um Estado intelectual, político e financeiro, enfim o cérebro do país, de forma tão grosseira. No dia 25 de dezembro, ou seja, no dia de Natal. Quanto ao colunista idiota e pago para escrever o que lhe vem à cabeça sem perceber que ofendeu a minha fé e a de milhões de cristãos em torno deste planeta, nenhuma novidade.

Feliz Natal, votos de festas sérias

Péricles Capanema

Presépio no Palácio Schoenbrunn, Viena, Áustria
Anima ouvir “Feliz Natal”! Soa agradável Natal de muita saúde e paz. “Santo Natal”, expressão afável, cada vez menos comum. Escutei sem-número de vezes votos de alegre Natal. Óbvio, jamais me deram votos de tristes festividades natalinas.

E nem de sério Natal. Cairia estranho, poderia parecer censura a um brincalhão. Pensando bem, nem tão estranho assim. Pelo menos uma vez, gostaria que alguém me tivesse dito: “um sério Natal”.

Desejar “Feliz Natal” é querer as festas em ambiente leve. “Sério Natal”, que continuem presentes as graves questões que povoam a vida de cada um de nós. Gravidade e leveza não se excluem, nunca se excluíram, complementam-se. Leveza sem gravidade despenca para a leviandade.

Gravidade sem leveza descamba para caturrice. Sábia é a pessoa que alia leveza e gravidade. Minha ambição hoje é alcandorar a seriedade, raiz da sabedoria, caminho para a felicidade. Se conseguir bem, será brilhante bola vermelha na árvore da sala, meu presente de Natal para os leitores.

Já no começo, faz falta acabar com a confusão entre alegria e felicidade. Em geral, as pessoas querem ser vistas alegres para assim parecer felizes. E é comum um abismo entre as duas realidades. Le bonheur n’est pas gai (a felicidade não é alegre), frase que retumbou mundo afora, resumia o filme Le Plaisir, baseado em três contos de Guy de Maupassant.

Continuando no tema, mudo o cenário. Li, faz pouco, o mesmo por aqui: “Sou alegre, mas não feliz”, lamento de Dadá Maravilha, o futebolista folgazão. O mais alegre dos jogadores se vê como um infeliz. Uma mãe que trabalha de sol a sol para pagar os estudos da filha aplicada pode não estar alegre, mas será intensamente feliz, animada com o cumprimento do dever e por abrir boas perspectivas para a moça.

Charada (469)

Um contabilista decidiu
testar o raciocínio lógico do seu filho.
Para tal, deu-lhe uma nota de
10€ e disse-lhe que devia
trocá-la por 100 moedas,
distribuídas por moedas de 1€,
de 0,50€ e de 0,05€.
Não poderia faltar
nem sobrar dinheiro
e as 100 moedas
deviam incluir, no mínimo,
uma de cada valor.

Como é que o rapaz
conseguiu trocar a nota, 
satisfazendo as exigências do pai? 

QUIZ: Formas de expressão

Happening, performance, environment e instalação são formas de expressão pertencentes à chamada Arte...
 
Pont Neuf, em Paris, embrulhada por Christo, 1985
A  – Camp
B  – Kitsch
C  – Pop 
D  – De ação

Mudar para melhor

Nelson Teixeira

Não deveria ser tão importante quem você é, ou quem é o outro. Importante, de verdade, é se somos capazes de, acima de toda a diferença, nos amarmos. Nos respeitarmos. E construirmos um mundo melhor, no qual habitemos em harmonia.

O Grande Mestre nada nos pediu além disso.

Nossa reforma íntima para nossa melhoria tem que partir de nós mesmos.

Antes de querer a mudança nos outros, procure fazer a mais fácil e mais perto, em você primeiro.
Lembre-se sempre que o aprendizado é coletivo, mas a prática é individual. 
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 28-12-2017

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

O ritual do Ano Novo

Almir Papalardo


Mais alguns dias a expectativa de vida renova. É espetáculo na Terra
O Ano Velho se extingui. O ANO NOVO prometendo mais luz já se anuncia
2017 cabisbaixo se despede, nada mais oferece, para ele tudo se encerra
2018 mais jovial declara maior sorte para todos e com melhor cidadania.

A Terra revigorada jura a seus habitantes mais amor e prosperidade
Mais saúde, melhor bem-estar com vivência mais tranquila e amena
Um ANO mais razoável menos violento e entre as nações só felicidade
A aura do Planeta ficará mais leve e abençoada! O PAI assim ordena!

Um deslumbre a queima de fogos! Espetáculo visual há muito esperado
Fogos de artifício com pirotecnia clareia a noite para o encanto do povo
Braços estendidos, mãos apertadas, boas vindas 2018, sejas louvado.

ANO NOVO é festa da humanidade! É da Maria, é do Pedro, é da Marion
À viva voz entoam os segundos para o seu nascimento! Eis aí o Réveillon
No mesmo tom, com beijos e abraços todos bradam:  FELIZ ANO NOVO!

Que o ANO de 2018 aceitando este humilde e despretensioso soneto, nos dê 365 dias de paz, amor, segurança, saúde, confiança e todas as demais necessidades básicas de que o país precisa, enxugando as lágrimas do Brasil que há muito chora por golpes sorrateiros da maioria dos nossos traidores políticos! 

Para todos os brasileiros deste imenso país que ainda "Dorme em Berço Esplêndido:

UM FELIZ, MILAGROSO E PRÓSPERO ANO NOVO!

Título e Texto: Almir Papalardo, 27-12-2017

O voto da vergonha – A Alemanha contra Israel

Claudia Wild

Qualquer um pode entender através do simples acompanhamento da política atual que republiquetas subdesenvolvidas dominadas por ideologias socialistas ou islâmicas, anões diplomáticos como o Brasil e paísecos que nunca conheceram o significado da palavra democracia, votem resoluções na ONU contra Israel. Fato, digamos, corriqueiro na atualidade.

Donald Trump resolveu, há pouco, reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e mudar sua representação diplomática para a cidade.

Jerusalém Ocidental existe como capital de Israel desde 1949. O que foi reconhecido por vários presidentes americanos. Este reconhecimento existia há mais de duas décadas e o que o Donald Trump fez foi apenas executar a parte burocrática da decisão pré-existente. Todavia, as ditaduras islâmicas e suas variadas parcerias com os países camaradas, liderados pela antissemita Organização das Nações Unidas (ONU) resolveram votar uma resolução para tentar invalidar a decisão do americano Trump. E com a assistência e aprovação de quem? Dela, dela mesma! Da Alemanha.

O que a Alemanha fez é inescusável. Com a ajuda dela, e contra a decisão dos seus benfeitores americanos - que num passado nem tão longínquo assim - juntamente com os países aliados impediram que Hitler continuasse a matança de judeus e não judeus na Europa, atraiçoou o povo judeu e Israel. Pensava-se que uma nova Alemanha do pós-guerra surgiria, livre das amarras antissemitas. O vergonhoso voto dela contra Israel provou o engano.

O voto alemão surpreendeu muito. Mesmo se desconsiderarmos o fato dos alemães terem ignorado até a milenar história que liga Jerusalém ao povo judeu, o governo alemão mostrou-se que não é confiável e que não está - como já se suspeitava - do lado de Israel. A sua parceria é meramente retórica, de fachada e em nome do politicamente correto, imposto por uma narrativa hipócrita e sem qualquer compromisso com ações concretas, no sentido de mostrar um real apoio ao Estado Judeu.

A Alemanha não foi, sequer, capaz de reconhecer a soberania da robusta democracia israelense que sempre teve Jerusalém como a sua capital, além de histórica, também administrativa. Se o país é soberano pode escolher o local de sua capital e ponto final.

Capina (IV)

Haroldo P. Barboza

Ilustração: Jarbas
Nossa caminhada na trilha da democracia está comprometida pelo padrão de dirigentes corruptos que poluem nosso cenário impunemente com a nossa conivência, realçada pela passividade com que aceitamos as artimanhas montadas de forma que possam perdurar no comando pelo maior tempo possível. Algo que ficou mais fácil com o advento das urnas eletrônicas “confiáveis”. Mesmo depois de aposentado ainda devo conseguir criar atalhos em programas que só serão descobertos uns dois meses após o pleito – imaginem um rapaz entre 15 e 20 anos passando oito horas por dia em frente ao teclado.

E nossas últimas esperanças de reverter o rumo da nau Brasil estão precisando ser costuradas, pois estão esgarçadas pelo abandono por parte de nossas entidades cívicas responsáveis por mantê-las sempre em expansão. O silêncio impera entre os consagrados chefes militares que assistem à degradação moral de nossos símbolos sob a estátua de valorosos patriotas que tombaram pela tentativa de nos libertar. A mordaça também cala as vozes de literatos acadêmicos, advogados de primeiro nível, chefes religiosos influentes e líderes sindicais que assistem o rebanho sendo dizimado de dentro para fora para servir de alimento para os abutres internacionais. E assim, através da ignorância alimentada pela censura do conhecimento básico, continua proliferando o preconceito (principalmente através do salário e falta de oportunidade) que marginaliza pessoas de peles escuras, deficientes físicos, mulheres que engravidam e são afastadas do emprego, optantes por religiões diversas, idosos que cuidaram de nossa infância e crianças que andam descalças e não recebem apoio para enveredar pela estrada da oportunidade. Tudo isto agravado pela baixa compreensão de cidadania, traduzida pelos pequenos atos de nossos desleixos, que somados, trazem enormes prejuízos de desperdício, reposição e manutenção em todas as áreas de nossa sociedade doente e que ninguém tem coragem de diagnosticar e aplicar os remédios adequados. Mesmo que amargos. Quando o povo terá visão para buscar conhecimentos para contabilizar, fiscalizar, denunciar e controlar a ânsia dos devoradores de nossa dignidade?

Predadores sexuais

João Pereira Coutinho

NÃO É TODOS OS DIAS que encontramos um ator de Hollywood a pensar com clareza. Mas aconteceu. Matt Damon, sobre os escândalos sexuais que abalam a indústria, disse duas coisas que merecem aplauso.

A primeira é que nem todos os homens são predadores sexuais por definição, uma ideia óbvia que tem sido esquecida nas fogueiras recentes. Houve condutas reprováveis ou mesmo criminosas?

Sem dúvida. Mas os espíritos mais radicais gostam de vulgarizar a seguinte ideia: onde há macho, há abuso. O raciocínio parece-me tão sinistro como a afirmação inversa: onde há fêmea, há uma oportunidade.

Mas Matt Damon foi mais longe ao afirmar que, de hoje em diante acordos de confidencialidade devem ser enterrados. Antigamente, quando alguém acusava um produtor ou ator de comportamento impróprio, os grandes estúdios (ou os próprios acusados) tentavam chegar a acordo, mesmo que a denúncia fosse fantasiosa. O cálculo era simples: entre o dano potencial a um filme (e a uma carreira) ou uma espécie de "indemnização" para parar a chantagem, a segunda opção era mais rápida e barata.

Matt Damon defende, com razão, que as acusações não devem ser tratadas na confidencialidade. E acrescentou: quem acusa falsamente, deve ser processado por difamação. Essa, aliás, é a única coisa que espanta no rol de acusados: se muitos se dizem inocentes, por que motivo não respondem com os tribunais? A passividade das criaturas legitima todas as suspeitas sobre elas.

Infelizmente, Matt Damon não levou até ao fim o seu saudável raciocínio para condenar produtores ou realizadores que afastam atores simplesmente porque estes foram acusados na praça pública. Um tal gesto de cobardia não é apenas um insulto à presunção de inocência. É um princípio perigoso que se volta facilmente contra qualquer um.

O que esperar de 2018

Vanderlei dos Santos Rocha

Pois,
Lá se esvai 2017. Foi um ano nefasto.

A corrupção grassa em nossos governos federal, estadual e municipal.
As empreiteiras e seus empresários sangram a saúde, a educação e a segurança pública.
As polícias prendem e os tribunais de última instância soltam.

A corrupção infla o crime organizado.
Brasileiros morrem no sistema de saúde falido.
Morrem assassinados pela falta de segurança pública.

Morrem no trânsito pela falta de responsabilidades civis e criminais pelos motoristas bêbados e drogados.
Um milhão de brasileiros por ano são apagados do tempo pelas irresponsabilidades governamentais.

Não nos damos conta dos mutilados, dos órfãos e dos pais que perdem seus filhos.
São apenas números estatísticos.

[Aparecido rasga o verbo] Graças e milagres

Aparecido Raimundo de Souza

DEPOIS DE UMA PELADA DE MAIS DE noventa minutos, os meninos se reuniram no vestiário do clube para tomarem banho, trocarem de roupas e jogarem conversas fora.
— Samuca Banguela, termina aquele papo de ontem — gritou André Cabeludo. — Se não me engano, do seu avô que botou a mão na cabeça do seu pai e blá-blá-blá...
— Ah. Tá. Lá em casa, vovô botou a mão em cima da cabeça do meu pai e ele virou médico ginecologista.
— Isso significa dizer que o tio Aurélio trabalha naquele lugar onde os nossos se divertem quando resolvem pegar as suas respectivas esposas de jeito? — Observou picante, o Eurico Topetudo. — Acertei?
— Grande coisa, Samuca Banguela. — vociferou Eduardo Linguiça. — O meu avô botou a mão em cima da cabeça de meu pai e ele virou arquiteto. Tipo o Oscar Niemeyer. Hoje projeta prédios, casas, shoppings, supermercados, os cambaus...

— Como vocês são idiotas. — enfezou, o Maninho Beiçudo. — Meu tio botou a mão em cima da cabeça de meu pai e ele virou jornalista. Viaja o mundo inteiro, conhece gente nova, come comidas diferentes, vê quase todos os dias costumes diversos, fala um montão de idiomas...
— Vocês são mesmo uns babacas. — obtemperou Jorginho da Mandioca Fina. — Meu padrinho botou a mão em cima da cabeça de meu pai e ele virou pastor. Já comprou duas mansões num bairro nobre aqui de São Paulo, acho que no Morumbi, tem fazendas, sítios, chácaras, um barco igual ao de Roberto Carlos e recente adquiriu um jatinho executivo...

— Quer saber de uma coisa? — Acho vocês uns “bunda mole” — remendou “Lucas Tinhoso”. Meu avô foi mais esperto do que todos os seus parentes juntos. Botou a mão na cabeça de meu pai e ele virou homem casado. Como é do conhecimento geral, ele é um excelente pai de família, tem a sua vida certinha, emprego garantido, e amanhã faz uma semana que mudamos para um condomínio de alto padrão em Alphaville. Agora moramos ao lado da mansão de Fábio Jr. Tá ligado, véi?

Socialistas, ide à merda!