quarta-feira, 4 de abril de 2012

A República dos Impossíveis

Peter Wilm Rosenfeld
- O País que, há poucos anos, alardeou ao mundo que se havia tornado autossuficiente em gasolina e em etanol, está importando quantidades cada vez maiores de ambos os combustíveis!

- De acordo com informação do jornal O Globo, em 01/04/2012, o Brasil necessita de mais 120 (cento e vinte!) usinas produtoras de etanol!

- Em saneamento básico, menos de 4% dos recursos existentes e disponíveis foram usados!

- A necessidade de médicos é tão grande que o Governo está cogitando afrouxar as regras para que médicos formados em outros países possam clinicar no Brasil! Há muitos médicos brasileiros, concursados e aprovados, esperando serem contratados...

- Um presidiário que tem família recebe um salário de R$ 915,05 por cada filho que tiver! E isso enquanto estiver preso! Mais do que um salário mínimo por filho!

- O famoso e utilíssimo Ministério da Pesca comprou cerca de 20 lanchas! Para que?

Imagem: AD
São ou não são notícias de acontecimentos supostamente impossíveis?
E há muito mais!
Somente 7% das obras dos famosos Programas de Aceleração do Crescimento I e II foram executadas até agora! E muitas obras desses programas estão abandonadas, com as partes já executadas se deteriorando a olhos nus!
Que País é esse?
E o que diz a ex-gerentona dos PACs., agora promovida a Presidente da República?
Entre tanta coisa que poderia ser dita, o ex-Presidente da Silva está caladíssimo, o mesmo ocorrendo com a Sra. Rousseff.
Há bem pouco tempo foi anunciado que o Brasil se havia tornado a 6ª. Maior economia do mundo! Que beleza! Mas em todos os índices de desenvolvimento estamos lá longe dos primeiros, mas muito longe! Então, somos pobres-ricos?
Ainda há poucas semanas, uma indústria têxtil que pretendia se instalar no estado de Fortaleza teve que desistir de seu intento por não conseguir contratar a mão-de-obra de que precisaria. Motivo: as centenas de mulheres contatadas, que haviam frequentado um curso do SESI, ganhavam mais com o Salário-Família pago pelo governo sem precisarem trabalhar. Estando desempregadas ganhariam mais do que trabalhando! Logo, para que trabalhar? Beleza pura...

Isso está acontecendo cada vez mais por este Brasil afora e as nossas “otoridades” nada fazem!
Ora, então é fácil compreender porque o Sr. da Silva continua a ser reverenciado como o verdadeiro Pai da Pátria, estando desde já eleito para outros oito anos de irresponsabilidade quando terminar o mandato da Sra. Rousseff.
A suposta oposição ainda faz o possível (e o impossível) para ajudar o PT nessa jornada.
O mais recente episódio, envolvendo o Senador Demóstenes Torres, que já deveria ser “ex”, o que não aconteceu por pura e absoluta incompetência do DEM, partido que já está na UTI há algum tempo sem se dar conta disso, cai no colo do PT e de seus aliados sem que tenham necessitado fazer coisa alguma.
Aliás, e como estava solto o famoso “Carlinhos Cachoeira”, que no primeiro ou segundo ano do governo do Sr. da Silva foi flagrado subornando o Sr. Waldomiro Diniz, braço direito do Sr. José Dirceu?
A propósito de partidos e de política, também nesse campo o Brasil vem dando um exemplo de como certas coisas não devem ser feitas em lugar algum do mundo, sendo nossa pátria amada uma exceção.
Refiro-me à quantidade de siglas que povoam nosso espectro político.
Sabe-se, por exemplos mundo afora, que para que se tenha um ambiente político tolerável e decente, não devem existir mais do que três ou quatro partidos de alguma relevância. No Brasil temos algo como trinta (não me dei ao trabalho de contar...), como estamos agora...
E isso vale para os dois sistemas de governo, e aí temos o Reino Unido (parlamentar, três partidos) de um lado e os Estados Unidos da América (presidencial, dois partidos) que confirmam o que acabo de afirmar. Mencione-se que em ambos os países o voto é distrital, como deveria ser aqui!
Em ambos os países há mais partidos, mas total e absolutamente sem significação.
E não tenho lembrança de alguma vez ter sabido sequer de rumores de sublevações ou de levantes nesses países.
Já aqui na “terrra brasilis” é um Deus nos acuda. Por qualquer besteira, funda-se um partido que, em geral, é quase do “eu sozinho”. São meia dúzia de gatos-pingados. E, pergunta-se, como sobrevivem?
Ah, com o famoso Fundo Partidário ou que nome tenha a rubrica que abriga esses fundos. Basta ser um partido registrado para fazer jus a um naco desse fundo.
Pois digo e afirmo: IMPOSSÍVEL FUNCIONAR ASSIM. Mas não somos o País dos impossíveis?
Por isso, com o perdão da expressão, mal e porcamente funcionamos...   
Título e Texto: Peter Wilm Rosenfeld, Porto Alegre (RS), 04 de abril de 2012

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