“Era ainda a razão que falava;
mas o coração? Ai, o coração!...

Quando o coração é de gelo, a
razão dirige desafogada, imperturbável, em linha reta, o caminho da vida;
quando a razão abdica e o coração domina, o movimento é irregular, mas livre;
caprichoso, mas resoluto; funesto, mas incessante; porém, se o coração e a
cabeça medem forças iguais, a cada momento param para lutar; como atletas
destemidos. De qualquer lado que tenha de se decidir a vitória, será disputada,
até ao último instante, pelo contendor vencido; a pausa terá sido inevitável; a
reação, enérgica; e a crise, violenta.
Podem passar ignoradas de
todas as peripécias desse combate íntimo; mas a aparente tranquilidade exterior
mais lhe exarcerbará a crueza.”
In “As pupilas do senhor reitor”, Edição Imprensa Nacional
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