sexta-feira, 17 de junho de 2011

E nós, como ficamos?


O tempo está passando e nós, os aposentados, pensionistas e trabalhadores da ativa, futuros aposentados, não estamos vendo luz no fim do túnel.
O então Presidente Luiz Inácio fez o que quis com os direitos dos aposentados e pensionistas, vetando reajuste (PLV-18/06); embargando na Câmara o andamento dos Projetos de Lei 01/07, 3299/08 e 4434/08; vetou a derrubada do maldito fator previdenciário (MP 475) e as coisas continuam no mais tranqüilo céu de brigadeiro.
Desapareceram os senhores Deputados e Senadores que tanto alardeavam apoio à nossa classe, aliás, a eleição já passou, eles tiveram os seus mandatos renovados e nós continuamos no mesmo diapasão: Nem eira, nem beira!
Cadê o Senador Paulo Paim, cujo discurso só valeu até o resultado da eleição? Com a eleição na mão, calou-se e enterrou o seu apoio aos “velhinhos.” Terá mais oito anos para continuar na boa vida. Que saudade do Senador Mão Santa! Cadê o senador Mário Couto, que deu tantos murros na mesa do plenário defendendo a nossa causa, mas que agora, nem um pio? Cadê o Deputado Arnaldo Faria de Sá, que tanto brigou pelos nossos direitos? Que saudade do Deputado Fernando Coruja!

Cadê a OAB, a CNBB, o STF, as ONGs dos direitos humanos para nos defender? Senhores, o governo está sacrificando oito milhões e quatrocentos mil idosos indefesos e mais os seus milhões de dependentes. Têm velhinhos morrendo à míngua, pois os seus benefícios não dão nem para a alimentação e os medicamentos, que dirá para as outras necessidades básicas. Isto é ou não um caso de genocídio?
Estamos à deriva! Ninguém para nos defender desse marasmo que se tornou a vida de um aposentado do RGPS/Urbano, alias, o único Regime Previdenciário que é SUPERAVITÁRIO. O governo atual continua a nos ignorar e a manter a mesma política perversa do seu antecessor.
O Presidente da Câmara, Deputado Marco Maia, ignorando os incontáveis apelos através de nossas cartas e e-mails, não coloca na pauta os PL’s 01/07, 3299/08 e 4434/08, já prontos para votação em plenário. Nem parece que esse cidadão já foi metalúrgico e que, como sindicalista, brigou pelos direitos dos trabalhadores. Agora, no Poder, esquece as suas origens e espezinha uma classe que tanto contribuiu para o desenvolvimento deste país.
Cadê o Congresso Nacional comandado pelo Senador Sarney, que não se reúne para discutir os vetos do então presidente Luiz Inácio, aquele que só nos prejudicou, quando vetou o reajuste de 16,67% (PLV 18/06) para o salário mínimo extensivo aos aposentados e pensionistas, nos concedendo apenas 5,1%, no ano de 2006, e o veto à derrubada do fator previdenciário, além dos reajustes abaixo dos concedidos ao salário mínimo, nos defasando em mais de 50%?
Falava-se muito no déficit da Previdência Social, como o único motivo para não se dar as justas correções salariais aos aposentados e pensionistas. Hoje já está provado que os oito milhões e quatrocentos mil beneficiários que recebem acima de um salário mínimo estão sendo punidos injustamente. O Regime Geral da Previdência Social/Urbano é SUPERAVITÁRIO, sim! Nós não temos culpa de que o Sistema é mal GERENCIADO e que nos coloquem no mesmo bolo comum: RPPS/Funcionários Públicos e RGPS/Trabalhadores Rurais, estes sim, ALTAMENTE DEFICITÁRIOS.
Por que temos que pagar pelos defeitos dos outros? Por que temos que nos sacrificar até o limite do insuportável e sangrar até o extermínio da classe? Esse governo do Partido dos Trabalhadores, quando na oposição, brigou pelos direitos dos trabalhadores e hoje no Poder, vira as costas aos trabalhadores do passado e lhes aplica o golpe fatal.
Cabe ao governo reconhecer a realidade, admitindo que o RGPS/Urbano é, repito SUPERAVITÁRIO, e fazer as devidas correções para tirar da guilhotina, o pescoço da nossa classe por demais vilipendiada.
Cumpre a esse governo algoz dos aposentados e pensionistas do RGPS/Urbano, corrigir os registros contábeis da Previdência Social, separando o que é deficitário do que é superavitário e bancar com recursos do Tesouro Nacional o déficit do RPPS/Funcionários Públicos e do RGPS/Trabalhadores Rurais, até que outras medidas saneadoras possam ser adotadas para sanar tal déficit. Nós, RGPS/Urbano (SUPERAVITÁRIO) é que não podemos pagar tal conta com o nosso sacrifício, afinal, estamos no estertor de nossas vidas e merecemos ser respeitados por tudo que fizemos por este país e pelo que contribuímos pecuniariamente durante a nossa longa jornada de trabalho.
Aposentados, pensionistas e os trabalhadores da ativa que aguardam o fim do maldito fator previdenciário para se aposentar, vamos acordar, já sofremos demais! A corda de tanto esticar, já arrebentou; chegamos ao limite do insuportável! Está na hora de dar um basta nesta situação. Comecemos a demonstrar publicamente a nossa insatisfação: Nos dias de pagamento, levem cartazes para as filas dos bancos, atestando que o governo está nos desrespeitando, nos humilhando e nos vilipendiando. Vamos gritar que queremos de volta os nossos direitos surrupiados. Assim procedendo, o governo terá que dar uma satisfação para a opinião pública e quem sabe, os Senadores e Deputados possam justificar os votos que receberam e aí, buscarem, em caráter de urgência, uma solução para esse crucial problema. Afinal, trata-se de idosos indefesos, ludibriados, roubados e vilipendiados pelo governo, que, por incrível que pareça, está aí para dar-lhes apoio e lhes proporcionar segurança e o bem-estar que eles por lei merecem/Estatuto do Idoso, Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, sancionada pelo Presidente da República e altamente desrespeitado pelo próprio governo.
Demonstrem insatisfação, indignação e revolta. Em nenhum país democrata do mundo, se conhece procedimento tão indigno para com seus os idosos, principalmente, quando eles durante toda sua vida, contribuíram para um final feliz.
Parados é que não devemos ficar!
Título, Imagem e Texto: Odoaldo Vasconcelos Passos, Aposentado/Belém-PA, 16 de junho de 2011

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