domingo, 16 de junho de 2013

[Greve de professores] O post que recolheu mais insultos. Acrescentado.

Ramiro Marques
Ontem, o post "O que distingue uma escola estatal de uma escola privada" foi brindado com dezenas de comentários insultuosos. Convivo bem com as ameaças e insultos. Tenho para mim que o critério mais forte para aferir da eficácia dos posts sobre política educativa é o número de insultos que eles provocam por parte da corporação. 

Confesso que o post em apreço foi não apenas o que recebeu mais insultos mas também o mais carregado de ódio. Bom sinal. Bati no sítio certo: a greve às avaliações e aos exames expôs com crueza a captura das escolas estatais pelos sindicatos de professores. E mostrou uma realidade simples: a melhor herança que os pais podem deixar aos filhos é livrá-los de uma escola capturada por sindicatos. Uma escola que, em vez de estar ao serviço dos alunos, serve os interesses particulares de um grupo profissional. Já vimos isso em muito lado com os resultados conhecidos: o abandono do público. Foi assim com os maquinistas da CP e com centenas de empresas que morreram às mãos da chantagem sindical. Nas escola estatais acontecerá o mesmo. Pode demorar algum tempo mas é inevitável. Só ficam os que não podem fugir delas. Tornar-se-ão um inferno para os que ficarem.

Outro post eficaz, a crer no número de insultos que ele provocou, foi este: "Insanidade ou ingratidão?"

Por um lado, a atual vaga de greves às avaliações e exames, com o confesso objetivo de causar perturbações graves aos alunos e pais, é fruto da insanidade de muitos que se habituaram à ideia de que o Estado tem uma fonte inesgotável de receita para distribuir por aqueles que acumulam benefícios à custa do poder de chantagem sobre governos fracos e administrações públicas irresponsáveis. Por outro, é fruto da ingratidão, um sentimento negativo muito comum entre quem se acha credor de todos os direitos e privilégios e vítima de todas as injustiças porque, por mais que receba, se acha sempre merecedor de mais.
Título e Texto: Ramiro Marques, ProfBlog, 15-06-2013

Sou professor (da escola pública e sei bem como tem razão. No caso concreto desta greve temos dois exemplos edificantes:
1) Uma greve cobarde que atenta eficazmente contra o direito ao trabalho de quem quer trabalhar (estou a referir-me à sabotagem dos conselhos de turma);
2) uma greve protegida por outras corporações, nomeadamente a dos juízes


Caro Edmundo, é preciso muita coragem para, nos dias de hoje, dizer isso de forma aberta. Felizmente, são muitos os professores que dizem o mesmo embora sem dar a cara com medo de retaliações. O medo e a intimidação voltaram às escolas e não é por causa do Governo; é sim por causa dos comunistas e extrema-esquerda que lançam a confusão para poderem controlar as escolas. Vivi situação semelhante entre 1974 e 1976. Já era professor nessa altura. São os mesmos e utilizam os mesmos métodos.

Leia no Público o panegírico aos "milhões" de professores que desfilaram hoje, sábado, 15 de junho, na Avenida Liberdade, sob a serena liderança do construtivo Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF e quadro do PCP (Partido Comunista Português) e candidato três vezes a deputado por esse partido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-