quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Jean Wyllys quer perseguir opositores de Dilma. Kim Kataguiri responde. Mas isso tem que ser só o começo.

Luciano Henrique

O fascismo dos petistas e de suas linhas auxiliares mais uma vez demonstra não conhecer limites nem pudores. Em pleno 2015, ou seja, quase 30 anos após o fim do regime militar, o deputado do PSOL, Jean Wyllys, entrou com um requerimento na CPI dos Crimes Cibernéticos para exigir que representantes do Movimento Brasil Livre e do Revoltados Online prestem depoimento.

Atenção: não foi um convite. Foi uma requisição por depoimento. O jogo sujo é bem simples: impor um frame dizendo que os movimentos “devem explicações por estarem fazendo algo de errado”. O motivo alegado ou é demente ou é sórdido. Basta escolher qual dos dois. Wyllys quer que os dois movimentos expliquem suas fontes de financiamento. Detalhe: não há evidência alguma de ilegalidade. Logo, por que eles deveriam se explicar?

Como Reinaldo Azevedo bem lembrou, é a típica “prática do chavismo para perseguir os adversários”. Para nenhuma surpresa, Wyllys não dá a mínima para a blogosfera estatal (BLOSTA), que recebe verba desproporcional de empresas como Caixa Econômica Federal, Correios, Banco do Brasil e Petrobrás para difamar opositores.

No vídeo que veremos ao fim deste post, Kim Kataguiri responde a esse absurdo, mas eu proponho que a coisa vá além: que eles compareçam à CPI e lancem o maior shaming da história recente da política nacional sobre o deputado bolivariano. A partir de agora, Movimento Brasil Livre e Revoltados Online podem ostentar os rótulos de perseguidos por políticos totalitários, os quais se valem do poder estatal para tentar silenciar a dissidência.

Se houvesse um medidor de heroísmo, este simples ato de Wyllys teria elevado a contagem dos dois movimentos à estratosfera. Nada melhor que usar este capital político e fazer Wyllys pagar o preço de seu totalitarismo.

Em plena Câmara dos Deputados, poder denunciar perseguição política? Ter a chance de desafiar Wyllys por evidências de suas alegações? Em um momento como esse, diante de tamanha afronta de um deputadozinho que acha viver na Venezuela, as oportunidades de capitalização política surgem aos borbotões.

Em resumo, dá para fazer do limão uma limonada. Ou muitas limonadas.


Título e Texto: Luciano Henrique, Ceticismo Político, 2-9-2015

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