Reinaldo Azevedo
Ah, o deputado Jean Wyllys
(PSOL-RJ) não cansa de não me surpreender. Ele é membro da CPI dos Crimes
Cibernéticos e apresentou um requerimento para ouvir, entre outros, o Movimento
Brasil Livre (MBL) e o Revoltados Online. Huuummm… Não por acaso, são dois dos
grupos que convocam manifestações em favor do impeachment de Dilma.
Wyllys é um farsante político.
Se ele realmente estivesse interessado em saber quem propaga o ódio na
Internet, convocaria os sites e blogs sujos, que são fartamente financiados com
dinheiro público para difamar políticos de oposição, membros do Judiciário, a
imprensa independente, jornalistas que não se ajoelham para tocar flauta para o
governo e, claro!, grupos que se opõem ao poder de turno, como o MBL e o
Revoltados Online. Sempre lembrando que a Constituição garante o direito à
livre organização.
Mas dizer o quê? Eis Jean
Wyllys, o ex-Big Brother que era um gay local e decidiu ser um gay em rede
nacional quando isso se lhe mostrou útil, não é mesmo? Afinal, posar de vítima,
de perseguido, estava valendo uma bolada. E ele acabou levando. Tentou a vida
de artista, naufragou e preferiu a de demagogo. Elegeu-se deputado com menos de
13 mil votos e foi reeleito, aí sim, com muitos milhares. Tinha ganhado o
picadeiro.
Wyllys está interessado nas
fontes de financiamento dos que protestam contra Dilma? Ora, ora… A tática não
é nova. É a prática do chavismo para perseguir os adversários. Por que ele não
convoca para a CPI quem usa dinheiro da CEF, do Banco do Brasil e da Petrobras
para difamar pessoas? Respondo: porque a difamação feita pelos blogs sujos é do
interesse de Jean Wyllys e de sua turma. Esse cara, que decidiu ser gay
nacional por conveniência, também é psolista por conveniência: no fim das
contas, é mais autoritário e rombudo do que qualquer petista mixuruca, embora
pose de libertário
Até onde sei, esses movimentos
não recorrem ao roubo, à extorsão e achaque para se financiar. A propósito:
como ficou, Jean Wyllys, o caso da deputada estadual Janira Rocha (PSOL-RJ),
que confessou numa gravação ter desviado dinheiro de sindicato para se eleger?
É esse o partido que bate no peito em nome da moralidade?
Mas atenção: não estou aqui a
dizer que, se todos são imorais, ninguém pode apontar o dedo contra ninguém.
Nada há contra os movimentos que Wyllys quer perseguir. Mas já há uma penca de
coisas contra o seu partido. Para mais informações sobre Janira, clique aqui.
Jean Wyllys tem o péssimo
hábito de perseguir aqueles que considera desafetos. E usa a causa gay como
máscara do seu espírito autoritário. Como diz falar em nome de uma minoria
discriminada, acredita, então, que tudo lhe é permitido. Não passa de expressão
de um dos microfascismos resultantes da degeneração da esquerda. Se bem que, em
Wyllys, até isso é falso. Ele também é esquerdista por conveniência.
Um dia ele vai descobrir que
talvez nem seja gay. Vai tomar um baita susto, né? E, meus caros, convenham:
tirem desse rapaz o seu estandarte, sobra o quê? Aliás, uma boa medida para
saber se o parlamentar presta ou não presta é ignorar se ele é homem ou mulher,
preto ou branco, gay ou hétero, corintiano ou palmeirense… A questão não é
saber como parlamentar usa a sua genitália, mas que uso faz do Estado de
Direito.
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