sábado, 16 de janeiro de 2016

Europa, Brasil e o espectro do caos

Gonzalo Guimaraens

1. Na Europa, perspectivas de convulsões sociais, até recentemente consideradas inimagináveis para a maioria da população, tornaram-se possíveis e até mesmo prováveis, inclusive pelos espíritos mais otimistas.

O General André Blattmann alertou para iminentes convulsões sociais no continente europeu, impulsionadas por movimentos terroristas

2. Os sangrentos ataques terroristas em Paris nos últimos dias de 2015 e as cenas de ataques sexuais em massa em cidades da Alemanha — sobretudo em Colônia, na celebração do Ano Novo — ante a impotência das autoridades, foram graves sinais de alerta para os riscos sociais de caotização da Europa.

3. Um relatório do Parlamento Europeu levanta a suspeita de que os terroristas de “Estado Islâmico” já dispõem de armas químicas e biológicas, bem como os conhecimentos científicos necessários para utilizá-las na Europa. O chefe do exército suíço, General André Blattmann, em extenso artigo para o jornal do país “Schweiz am Sonntag” [para ver o texto completo clique aqui], alertou para iminentes convulsões sociais no continente europeu, impulsionadas por movimentos terroristas.


4. Na América do Sul, guardadas as devidas proporções políticas e psicológicas, as preocupações se voltam para uma nação-gigante: o Brasil. Se este decisivo País sul-americano continuar tropeçando, a crise política e econômica poderá ser acentuada, incluindo a inflação descontrolada e o desemprego aumentando. Devido às proporções do Brasil, o continente poderá ser contaminado pela crise, numa proporção maior do que a Venezuela, Cuba, Equador e Bolívia juntos. Talvez não seja uma coincidência que, nos primeiros dias do ano, movimentos de inspiração anarquista e autogestionária — conhecidos como “Passe livre”, “Black-Blocks” e outros — aproveitando-se do impopular aumento de tarifa no transporte público, reapareceram nas ruas da capital paulista [foto ao lado] incitando atos de violência e vandalismo, como já tinham feito em junho de 2013. Parece evidente que esses movimentos anárquicos estão fazendo um teste para verificar potenciais combustibilidades sociais, assim como a possibilidade de eventuais reações ou a apatia do público centrista.


5. Os mencionados grupos anarquistas “black-bloquistas” começaram a se articular há muitos anos no “Fórum Social Mundial” de Porto Alegre, como eles têm confessado; e agora contam com a possibilidade de estabelecer alianças com novos movimentos estudantis, aparentemente “espontâneos”, que em São Paulo obrigaram o governador Alckmin a recuar no seu projeto de reforma estudantil. Tais alianças poderiam abranger também as novas esquerdas “gramscianas”, as correntes eco-revolucionárias, as velhas e extremas-esquerdas sindicais, os movimentos “sem-terra” e “sem-teto”, bem como os remanescentes da “Teologia da Libertação”. 

6. Pelo menos como hipótese, poder-se-ia levantar a pergunta sobre um possível eixo psicológico que passaria a retroalimentar vandalismos extremistas na Europa e eventuais vandalismos anarquistas junto com a extrema-esquerda no Brasil, no caso em que a situação política, social e econômica de ambos os lados do Atlântico continue a deteriorar-se. No Brasil, a extrema-esquerda empurraria o governo de esquerda para acelerar uma “chavização” ou “cubanização” do País. A meta revolucionária seria ir obtendo, à medida que o público tolere, a fragmentação e caotização dos respectivos países atingidos. 
Título e Texto: Gonzalo Guimaraens
Tradução: Paulo R. Campos, ABIM, 15-1-2016

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