José António Rodrigues Carmo
Anda tudo aí num frenesim
porque o exército americano usou uma bomba do seu arsenal. Especialistas vários
vão à TV botar faladura, até parece que aconteceu algo de incomum, culpa do
Trump, claro.
Para começar, MOAB não é
acrónimo de "Mother of all bombs", como insistem os nossos
informadíssimos jornalistas, mas sim de " Massive Ordnance Air Blast".
Em segundo lugar, não se trata
de uma bomba "quase nuclear", na verdade tem um poder explosivo que são
meros 10% dos da bomba usada em Hiroshima, a qual, para os padrões das bombas
termonucleares atuais, não passa de uma bombinha de carnaval.
Em terceiro, não é usada por
ordem do Presidente dos EUA, mas por ordem do general que está no terreno
(General Nicholson), como acontece com qualquer outra arma, em cada escalão de
comando.
Em quarto lugar, o seu uso é
meramente táctico e, como é óbvio, o General Nicholson usou-a para resolver um
problema táctico e não para enviar mensagens estratégicas ou políticas à
Coreia, etc., coisas com as quais nada tem a ver.
Se há algo a extrair do uso
desta arma, em termos estratégicos, é que os EUA parecem querer abandonar a
estratégia de contra insurreição no Afeganistão, e optar pelo uso da força para
atacar os "bad guys", sem preocupações em conquistar corações e
mentes. Como aliás, recorde-se, era a ideia inicial do vice de Obama, o Senhor
Joe Biden.
Título e Texto: José António Rodrigues Carmo, Facebook,
14-4-2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-