Aparecido Raimundo de Souza
PARECE
QUE A MINISTRINHA – perdão, amados, deputadazinha Cristiane Brasil, resíduo
amargo de um intestino desandado, abjurou do cargo. Preferiu ficar somente com
a cadeira de deputada e os mais de 33 mil reais por mês, fora as mordomias por
debaixo das calcinhas. Seu pai, Roberto Dinamite Jefferson, do PTB (Partido dos
Trapaceiros e Bandoleiros), finalmente, depois de tantas merdas que a moça fez,
e “envergonhado” (um homem público de caráter ilibadíssimo onde nada pesa
contra a sua pessoa), e em face dos vídeos gravados que viralizaram na
Internet, o cidadão abatido e consternado, anunciou a renúncia dessa Lucrécia à
pasta desse importante ministério. Tão importante essa porra de ministério do
trabalho, quantos as outras pocilgas existentes em Brasília.
Em nosso entender, essa novela durou
bastante. Cinquenta dias, para sermos exatos. Os capítulos que fomos obrigados
a assistir, ou a engolir a força das emissoras compradas, bateram tanto no
assunto como uma hemorragia que não estanca nem com reza braba. A coisa estava
dando no saco. Diria se vivo fosse, o grande filósofo “Putão”, discípulo de
“Epicucuro Lulu Tripreis”: “A bosta, quando em dosagem acima do normal, faz
qualquer rabo perder as estribeiras. Em alguns casos, se assemelha, em gênero,
número e grau, as varizes intransigentes das veias do ânus”. Mesma banda dos
colhões lavado às pressas, sem falar nas festinhas cerimoniosas preparadas pelo
papai Temer, para as duas posses que serviram apenas para desmoralizar,
avacalhar e depravar o país, e, claro, arrancar mais dinheiro dos nossos
bolsos. Podem ter certeza, caros leitores, toda essa palhaçada, todo esse circo
armado tinha (e ainda tem) um fundo sujo, desleal, pérfido e falso. Sobretudo
falso. Escondia e ainda esconde alguma coisa de muito podre e infecta.
A título de exemplo, devemos deixar
registrado, nunca vimos um pilantra, perdão, jamais na história desse
brasilzinho de cornos e veados, tomamos conhecimento de um presidente da
re-re-pú-pu-bli-ca ter se empenhado tanto, de unhas e dentes, como urubu em
cima de carniça, para colocar alguém com tanto fervor, energia e diligência à
frente de um chiqueiro, no caso, esse curral, não outro senão o Ministério do
Trabalho. Graças a Deus esse folhetim acabou e a ministrinha Cristiane, do
brasil ficará, ou terá que se contentar apenas, como vaga lembrancinha: o
patronímico atrelado que carrega em seu sobrenome. Para finalizarmos esse
assunto, um terceiro nome foi “indicado” para ocupar o lugar da Cris. Trata-se
do limpíssimo Helton Yomura. Lembrando, senhores leitores, essa figura sem
manchas, é réu na justicinha do Rio de Janeiro, por envolvimento em ligação
clandestina de energia elétrica. Tudo leva a crer que o Yfrescura, desculpem,
Yomura, gosta de gatos. Miauuuuuu...!
Mudando o rumo da prosa, e a INTERVENÇÃO
FEDERAL, no Rio de Janeiro? Dará certo? Acreditem, num primeiro momento, fedeu
mal. Na câmara e no senado também. Nossos representes latiram, latiram, latiram
ferozmente e, no final, meterem a propininha dentro dos bolsos e ficaram
quietinhos. Foram 55 votos a favor e 13 contra e uma “abestação”, desculpem,
senhoras e senhores, uma abstenção.
Abstenção é aquele ato praticado por um sujeito (parlamentarzinho cocô)
que trepado em cima do muro, não sabe se balança as ancas para o lado de lá,
para o lado de cá ou se senta dos dois lados ao mesmo tempo em que rebola o
esqueleto. Em toda votação se faz necessário ter um salafrário que se abstenha.
Num segundo momento, entre porcos e
fodidos, a dejeção conhecida como INTERVENÇÃO FEDERAL estava em vigor desde a
semana passada. Entretanto, o governinho picareta precisava do aval do
congresso para a medida continuar valendo. Repetindo, no “ser-a-nado”, foram 55
a 13 e na cama, perdão, de novo, amados, na câmara, 340 roncaram a favor e 72
cagaram contra. A publicação do texto com a íntegra do pitoresco (Deu-cer-to
que tomou o número 9.288/2018), saiu em edição extraordinária do Diário Oficial
do dia 21, p. p, quarta-feira e os “bundas moles” fantasiados de guardiães da
boa ordem não tão boa, ficaram sob o comando do general 40 estrelas, Walter
Braga Netto. Netto com dois tês.
Em resumo, senhoras e senhores, essa
intervenção foi mais um golpe, uma facada, do chefe da gangue em nossos
costados e focinhos. No fundo, uma pré-plataforma eleitoral para Michelzinho
sair bem na foto e se reeleger para mamar nas tetas por mais alguns anos.
Afinal, faltam menos de dez meses e meio para seu mandato acabar. Dr. Michel
Jackson Temer, a bem do impossível, não quer perder a pose, tampouco a chama
azulada que durante as tempestades sob os céus do grande penico do mundo
aparece nos vitrais de seus asseclas e borra-botas como uma intimidação dos
infernos. Mesmo norte, o brasil -, sabemos de cor e salteado -, está mal das
pernas. Não só delas, dos braços, do coração, dos rins, do pâncreas, do fígado
e outros órgãos vitais. A nação caminha de pires nas mãos, calças arriadas,
mostrando seus pundonores, ou de forma mais fogueteira: a terra de Cabral bateu
de frente com o falido, com o acabado, com o arruinado, o aniquilado, o
literalmente despedaçado. Bancarrotado, carcomido... não deu outra. Desmunhecou
fundo no profundo do poço. Viva, pois, o brasil trans.
Em face do exposto, quando um rincão
poderoso como o nosso, onde “em tudo se plantando dá”, inclusive ladrões e
vigaristas, como pepinos e abacaxis, uma terra santa e abençoada, longe das
catástrofes naturais, distante dos terremotos, dos maremotos, e outras
desgraças -, amados, amadas, quando se chega nesse interstício -, visão
mitocôndria do inferno, e a pátria amada se abdica da felicidade, de não se ter
volta, nem remédio para a cura dos achaques, das mazelas e descalabros,
infelizmente nada mais há que se possa fazer. A saída anunciada se apresenta
para a sociedade ainda resistente e séria, de um só jeito: cada brasileiro de
brio e caráter, de sentimentos puros e leais, no silêncio de seu lar, meter os
dedos no fiofó e rezar, perdão, senhoras, perdão senhores, R-A-S-G-A-R.
Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, do sítio “Shangri-la”, um lugar
perdido no meio do nada. 23-2-2018
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