Acordo entre TAP e tripulantes passa por mais efectivos e progressões na carreira
A TAP e os tripulantes chegaram a um acordo prévio que conduziu à desconvocação da greve, para isso a companhia tem que aumentar o número de efectivos e aceitar progressões na carreira, proibidas pelo anterior Governo às empresas do sector empresarial do Estado.
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil suspendeu, na sexta feira passada, o pré-aviso de greve de 10 dias para junho e julho. Esta acção surge após o sindicato e a TAP terem chegado a um acordo preliminar.
"As bases do memorando prevêem a Efectivação de 200 tripulantes, garantias de progressão na carreira de cerca de 60 chefes de cabine, e entre 12 a 24 supervisores até ao final de novembro", detalhou Luis Parente, presidente do sindicato ao Negócios.
Recorde-se que o anterior Governo exigiu às empresas do sector empresarial do Estado, onde a TAP se inclui, que reduzissem 5% da sua massa salarial, inibindo as progressões de carreira.
Inicialmente, o sindicato exigia duas horas de descanso a mais, mas neste novo acordo, os tripulantes e a companhia aceitaram eliminar uma dessas horas. Assim, o pessoal de voo terá direito a um total de 13 horas de descanso.
Luís Parente esclareceu ainda que outro dos pontos do memorando prende-se com a folga antes e depois das férias e com a garantias de decisão nas cargas de trabalho e distribuição das cargas de trabalho por todos os os tripulantes.
A companhia aceitou ainda duplicar o número de viagens que os tripulantes podem efectuar com acompanhante, ou seja, anualmente estes poderão efectuar 8 viagens ao longo do ano.
Até ao próximo dia 20 de junho, tripulantes e TAP irão agendar as negociações do acordo empresa do pessoal de voo, bem como os pontos do memorando.
A paralisação convocada pelo sindicato foi marcada para os dias 18, 19, 20, 25 e 26 de Junho e para os dia 1, 8, 15, 22 e 29 de Julho.
No centro da greve convocada pelos tripulantes estava a retirada de um elemento da tripulação dos voos da companhia. Os tripulantes pretendiam, entre outras exigências, que a companhia lhes concedesse mais duas horas de descanso, um dia de folga antes e depois das férias e que lhes cedesse três lugares em executiva para descanso.
A TAP previa poupar cerca de 15 milhões de euros com a retirada de um tripulante, ganhos que seriam partilhados com os tripulantes. Já os custos da greve poderiam ascender aos 50 milhões de euros.
Imagem e Texto: Ana Pereira Torres, Jornal de Negócios, 11-06-2011, 19h23
Relacionados:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-