A jornalista Rita Lisauskas, do Estadão,
deu mais uma mostra típica da incoerência da extrema esquerda.
mrk
Ela ficou pistola com o fato
do MBL ter denunciado a exposição no Museu de Arte Moderna, onde uma criança de
5 anos era induzida a apalpar um homem pelado.
A jornalista disse:
Pois agora veja o que ela
disse em um texto do início de 2015 intitulado “Parem de tocar Anitta nas festas de criança. Apenas parem”:
Leia:
Um dia desses fui com o meu
filho em um buffet infantil para festa de uma amiguinha. A música que anunciou
que a pista de dança estava aberta para os pequenos foi: “Prepara. Que agora. É
hora. Do show das poderosas. Que descem. Rebolam. Afrontam as fogosas. Só as
que incomodam. Expulsam as invejosas. Que ficam de cara. Quando toca”. “Show
das Poderosas”, da funkeira Anitta.
Festinha do dia das
crianças do condomínio ao lado de onde moro, ano passado. Vejo um “pula-pula”
sendo montado logo cedo. Escorregador inflável. Avisto um palhaço. Mas sabe
como soube que a festa finalmente tinha começado, horas depois? “Se não tá mais
à vontade, sai por onde entrei. Quando começo a dançar eu te enlouqueço, eu
sei. Meu exército é pesado, a gente tem poder. Ameaça coisas do tipo você.”
E comecei a pensar de onde
as pessoas tiraram a ideia de que essa música tem alguma relação, mesmo que
remota, com o universo infantil. E quero deixar claro que não tenho nada contra
a Anitta. Mesmo. Acho que ela tem seu valor, que “Show das Poderosas” deve ser
uma música ótima para dançar na balada. Mas não consigo entender como ouvir
“descem, rebolam, afrontam as fogosas” pode ajudar na formação ou no
vocabulário do meu filho ou de alguma criança deste mundo.
Mas voltemos à festa no
buffet para que justiça seja feita, afinal, não foi só a música da Anitta que
apareceu por lá. Logo começou uma “gemeção”: “Nossa. Nossa. Assim você me mata.
Ai, se eu te pego. Ai, se eu te pego. Delícia. Delícia. Assim você me mata. Ai
se eu te pego, ai, ai…”
Gosto muito do Michel Teló.
Inclusive já o entrevistei uma vez. Ele faz sucesso no mundo todo, do Brasil à
Romênia. Fez com que gente que nunca tinha falado uma palavra de português
começasse a cantar na nossa língua. Samuca logo quis saber do que se tratava
aquela letra quando assistiu ao clipe de “Ai se eu te pego” no Youtube – a
música, patrocinada, aparecia sempre antes do desenho favorito dele. Expliquei,
num susto, que o “ai se eu te pego” era sobre brincar de pega-pega. E me senti
esperta. Só que na festa eu estava alerta e com medo de não ser tão rápida no
gatilho se viesse uma próxima pergunta. Por isso logo tirei meu filho de lá com
um argumento infalível: “vamos comer um brigadeiro?”. Dito e feito. “Mulheres
na frente, os homens atrás. Mão na cabeça que vai começar. O rebolation, tion o
rebolation, o rebolation, tion, rebolation”.
Claro que esse tipo de
música não toca em todos os buffets infantis. Claro que a grande maioria de
mães e pais tem cuidado na hora de escolher o que os filhos podem e devem
escutar quando o assunto é música. Ainda bem.
Aposto que vão chover
e-mails dizendo que “não podemos colocar nossos filhos em uma redoma de vidro”.
Ou que “essas músicas tocam na rádio o dia inteiro, não há como evitar que eles
ouçam” ou que “isso é questão de gosto” e até coisas mais pesadas: “Nossa,
Rita, como você é preconceituosa! Funk é um movimento cultural e musical e… ” e
blá blá blá.
Só acho mais legal que meu
filho saiba que “com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo”. Ou que
queira “pegar carona nessa cauda de cometa, ver a via láctea, estrada tão
bonita. Brincar de esconde-esconde numa nebulosa. Voltar para a casa, nosso
lindo balão azul!”
Muito anos 80? Pode ser.
A letra da música preferida
de Samuca, menino fabricado em 2009/modelo 2010, é essa: “Acordei com o pé
esquerdo. Calcei meu pé de pato. Chutei o pé da cama. Botei o pé na estrada.
Deu um pé de vento. Caiu um
pé d’água. Enfiei o pé na lama. Perdi o pé de apoio. Agarrei num pé de planta.
Despenquei com pé descalço. Tomei pé da situação. Tava tudo em pé de guerra.
Tudo em pé de guerra”.
Ontem começou uma chuvona
dessas que caem todo fim de tarde em São Paulo. E Samuca comenta comigo, todo
feliz e sabido. “Que pé d´água, né, mamãe?”
PS: Obrigada, Palavra
Cantada – Sandra Peres e Paulo Tatit – pela graça alcançada.
Eis a típica incoerência da
extrema-esquerda.
Assim fica fácil
desmascará-los.
Título, Imagens e Texto: mrk, Ceticismo Político, 29-9-2017
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Museus e artistas apoiam o MAM de São Paulo nas redes sociais. https://glo.bo/2xRl04G
ResponderExcluir@OGlobo_Cultura
Só museus e artistas! Não pessoas!
ExcluirInstalada nova polêmica;
ResponderExcluirA promotoria da criança e juventude de são Paulo se manifestou em entrevista ao canal gnews, sobre a ida de uma criança a exposição discutida.
Diz a mesma que o estado não pode interferir na forma que os pais decidem educar seus filhos. Se a criança estava acompanhada da mãe, é porque tinha o aval da mesma para assistir o “nu artístico”.
Por outro lado esta mesma promotoria esta entrando com processo para determinar a retirada das fotos das redes sociais, sob alegação que isto sim é o crime.
Expor uma criança publicamente, sem ser o responsável pela mesma, é crime previsto em lei.
Ou seja, de acordo com a promotoria, as crianças podem assistir pornografia, desde que acompanhadas pelos pais.
O que não pode é tornar publico este fato.
O Google, facebook e youtube estão sendo instados a bloquear as imagens.
Eu não levaria meus netos a assistir, mesmo sendo legal, mas...
Paizote